Foto: JP |
No topo do monte de Santo
Estêvão, o santuário é atualmente parte integrante do panorama da cidade à qual
está unido por um escadório cenográfico.
Desde 1984, o Santuário de
Nossa Senhora dos Remédios, incluindo a escadaria e parque, está classificado
como Imóvel de Interesse Público.
História
A devoção popular no local
remonta a uma capela, sob a invocação de Santo Estevão, erguida em 1361.
No século XVI, ameaçando
ruína, foi demolida (1568), iniciando-se a construção de um novo templo, por
iniciativa do bispo de Lamego. Na nova ermida foi depositada uma imagem da
Virgem com o Menino.
Com o passar do tempo, a
devoção a Santo Estevão diminuiu, substituída pela devoção à Virgem. A devoção
dos que a ela recorriam em busca de alívio para as doenças deu origem, por sua
vez, à devoção a Nossa Senhora dos Remédios.
As suas festas tradicionais,
decorrem anualmente de seis a oito de setembro.
Características
O templo apresenta, em sua
fachada, traços do estilo barroco e rococó ("rocaille"). A fachada é
ladeada por torres sineiras. Em sua construção foi empregada a pedra de
granito.
No seu interior, destacam-se o
altar-mor com a imagem da Nossa Senhora dos Remédios esculpida em madeira, e
três vitrais com as imagens de Nossa Senhora da Conceição, do Sagrado Coração
de Jesus e da Anunciação.
Os dois altares laterais são
dedicados aos pais da virgem (São Joaquim e Santa Ana). Numa das paredes do
santuário encontram-se painéis de azulejos com cenas da vida da Virgem.
No exterior, destaca-se o
escadório monumental de acesso ao santuário, com 686 degraus, desenvolvendo-se
em nove lances, ornamentados com capelas, estátuas, fontes e obeliscos. Num
desses patamares - o chamado "Pátio dos Reis" -, destacam-se as
imagens de dezoito reis de Israel, pertencentes à árvore genealógica da Virgem.
Na base do escadório encontram-se quatro figuras alusivas às quatro estações do
ano.
Árvore de Interesse Público
Desde 1940, um castanheiro (Castanea
sativa) localizado junto ao Santuário está classificado como "Árvore
de Interesse Público". Segundo o Instituto da Conservação da Natureza e
das Florestas, a árvore com mais de 700 anos já se apresenta seca e foi
embelezada por uma hera.
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