Presidente concedeu entrevista coletiva ao
lado de ministros
Pedro Rafael Vilela
O presidente Jair Bolsonaro
disse nesta quarta-feira (18) que a disseminação do novo coronavírus
(Covid-19) no Brasil preocupa o governo, mas pediu o empenho da população
para seguir as orientações das autoridades e evitar o clima de pânico no
país.
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Foto: Carolina Antunes/PR |
"Primeiro, também diria
que o pânico não leva a lugar nenhum. Repito que o momento é de grande
preocupação, é de grande gravidade, mas devemos evitar que esse
clima chegue a nós, adotando essas medidas", afirmou durante coletiva
de imprensa, no Palácio do Planalto, ao lado de oito ministros. Todos estavam
usando máscaras de saúde.
"Teremos dias difíceis,
dias duros pela frente. Agora, serão menos difíceis se cada um de vocês se
preocupar consigo, com seus parentes e com os seus amigos. Somente dessa
forma, seguindo os preceitos ditados pelo Ministério da Saúde, como, em
primeiro lugar, medidas básicas de higiene, nós podemos alongar a curva da
infecção, e de modo que nós, Poder Executivo, através dos nossos meios,
hospitais e demais órgãos de saúde, atender aqueles que necessitarem, e atender
com qualidade", acrescentou.
De acordo com a última
atualização do Ministério da Saúde, o Brasil tem 291 casos confirmados da
doença e 8,8 mil em investigação. Três pessoas morreram.
Assim como o presidente, o
ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que é
preciso ter cautela com medidas que resultem no fechamento total do
país, o que, segundo ele, pode criar outros problemas.
"É muito fácil falar:
'fecha tudo e não deixe ninguém sair', quando as pessoas têm ainda muita
informalidade, pouco recurso. Precisa ser criado planos de alternativa
econômica e eu preciso muito da equipe do Paulo Guedes. Esses fechamentos de
estrada, que alguns governadores insinuam, essa logística é de interesse
nacional, não adianta fechar tudo e falta o frango que está pronto para chegar,
porque daí você segura uma coisa e desabastece outra", disse.
Durante a coletiva, o ministro
Paulo Guedes anunciou que o governo distribuirá vouchers (cupons) por três meses para
proteger os trabalhadores informais, as pessoas sem assistência social e a
população que desistiu de procurar emprego. A medida consumirá R$ 15 bilhões,
sendo R$ 5 bilhões por mês.
O governo também anunciou que imóveis do programa habitacional Minha
Casa Minha Vida, ainda desocupados, serão reservados para abrigar pacientes que
precisem ficar isolados por causa do novo coronavírus.
Outra medida em andamento, segundo o ministro Luiz Henrique
Mandetta, é a disponibilização de um sistema de teleatendimento em saúde para a
população para responder dúvidas e dar orientações sobre o novo coronavírus
(Covid-19).
O ministro da Infraestrutura,
Tarcísio Freitas, anunciou medidas para socorrer as empresas aéreas, que
tiveram mais de 50% de redução da demanda, por conta dos fechamentos de
fronteiras e cancelamentos de voos domésticos e
internacionais.
Título e Texto: Pedro Rafael
Vilela; Edição: Narjara Carvalho – Agência Brasil, 18-3-2020, 18h20
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