Internautas criticam as ordens judiciais
expedidas por Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito das supostas fake news
contra ministros
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Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil |
Cristyan Costa
Depois da operação da Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira, 27, a mando do Supremo
Tribunal Federal (STF) contra pessoas próximas ao presidente da República, a
voz das redes demonstrou indignação.
Enquanto esta reportagem é
redigida, cinco hashtags críticas à Suprema Corte estão entre
os assuntos mais comentados do Twitter: “CensuraDoSTF”, “DitaduradoSTF”,
“STFVergonhaNacional”, “Alexandre de Moraes” e “STFInimigoDoBrasil”.
Sendo assim, o quinteto reúne
mais de 240 mil engajamentos. E cresce rapidamente.
Os perfis que mais impulsionam
o assunto nessa rede são: Allan dos Santos e Sara Winter, ambos investigados no
inquérito que apura a existência de uma suposta rede de fake news contra
os ministros do STF.
Duas publicações de ambos no
Twitter, juntas, apresentam cerca de 40 mil curtidas e 12 mil
compartilhamentos.
Dois ministros do STF violando direitos garantidos pela CF, começou pelo presidente, seguido pelo mais novo indicado e nove simplesmente assistem, ou seja, cúmplices. Violação coletiva. #CensuraDoSTF https://t.co/Kr8pq75uYi— LuIg (@ignacio_couto) May 27, 2020
Fica bem claro, que as eleições são apenas um teatro, em q o povo brasileiro acordou agora pra isso! Não importa quem vence as eleições! Quem manda no país é o STF!( OBS: não foi o povo q escolheu) FA! Kd vcs?#STFVergonhaNacional— Ederson S Porcino (@eddieporcino) May 27, 2020
No Facebook, a força maior se
concentra na página oficial do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Uma
publicação negativa sobre o Supremo tem 26 mil curtidas, 6,2 mil comentários e
19 mil compartilhamentos.
O descontentamento também
chegou com força no Instagram. Apenas a hashtag “STFVergonhaNacional” está com
188 mil perfis publicando a respeito. Enquanto isso, “DitaduradoSTF” soma 3,5
mil engajamentos.
As buscas no Google pelo nome
do empresário Luciano Hang, o Véio da Havan, dispararam no Brasil. Ele ocupa o
primeiro lugar da plataforma de pesquisas. Santa Catarina, onde ele mora, é o
Estado mais interessado.
#AlexandredeMoraesNãoMeCalarás#AlexandredeMoraesNãoMeCalarás#STFVergonhaNacional#AlexandreDeMoraesDitador— Jim Pereira (@jimpereiraRG) May 27, 2020
O que se fala na
mídia
Os sites e blogs ligados à
direita estão com índices positivos de predição. Em síntese, têm mais chances
de serem acessados no Google. Isso porque o enfoque das matérias recai no
autoritarismo das medidas do STF e no ativismo judicial de ministros, sobretudo
de Alexandre de Moraes.
Por outro lado, setores da
chamada grande imprensa ainda não ganharam terreno na disputa pela versão
dominante. Nesse meio, divulgam-se reportagens que beiram a mera divulgação do
fato e o enfoque positivo na ofensiva da corte contra o suposto “gabinete do
ódio”.
Título e Texto: Cristyan
Costa, revista Oeste, 27-5-2020, 13h30
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Raul J R Occhini:
ResponderExcluirEstranho né... no dia anterior o governador do Rio foi alvo de ação semelhante e reagiu de forma totalmente diferente. Já esses, gritam.
Jim Pereira:
Não, absolutamente não são ações semelhantes. Uma, a deste post, trata-se de cerceamento de opinião, quer se goste ou não.
A outra trata de corrupção, desvio de dinheiro público, dos brasileiros. Comparar esta com aquela revela cegueira ideológica.
Era caso de prisão direta, e não investigação, são criminosos da pior espécie, que usam um rotulo ideológico para serem pagos por crime contra as instituições,e em consequência cotra o Brasil.
ResponderExcluirChegam ao requinte de usar verbas federais,como patrocinio, através do banco do brasil.
Não se trata de cerceamento de opinião, trata-se de crime contra a pessoa, ato terrorista, incitação ao crime. vide;
https://twitter.com/i/status/1265682890014298112
Ao entrar com Habeas corpus, ampliado para estes perturbadores da ordem pública, o ministro da justiça, cria um elo entre os mesmos e o governo federal.
ResponderExcluirO ministro da justiça, não pode impetrar habeas, em favor de pessoas não ligadas ao governo.
Quem tem esta prerrogativa é o ministro da AGU!
Tá todo mundo batendo cabeça.