Cristina Miranda
Uma mentira repetida
incessantemente torna-se numa verdade se não for desmentida. Assim tem sido ao
longo dos tempos quando a História não é ensinada como ela de facto aconteceu,
mas sim, como é mais conveniente a quem se quer servir dela. Um exemplo disso
mesmo vem dos EUA, e a propósito desta onda generalizada de indignação
e luta contra o racismo que teve origem nos Estados Unidos, venho aqui
repor a verdade ocultada pela mídia.
Corre a convicção de que o
Partido Democrata é aquele que defende as minorias e direitos humanos. Corre a
ideia de que são eles quem mais defendem os oprimidos. Mas a História é
implacável no momento da verdade: é completamente falso.
Dizem os Democratas (a
esquerda) que os Republicanos (direita) são racistas e sexistas, no entanto,
eis o que diz a História:
O Partido Democrata
defendia a escravatura e iniciou por isso uma guerra civil
opondo-se radicalmente à Reconstrução. Fundaram o Ku Klux Klan (seu
braço armado), impuseram a segregação, protagonizaram linchamentos, lutaram
contra as leis dos direitos civis (Civil Rights Act).
Por outro lado, desde a sua
fundação em 1829 o Partido Republicano nasce como partido
anti-escravatura. Em 1857 o Supremo Tribunal declarava no caso Dred Scott
versus Stanford, que escravos não eram cidadãos, mas sim, propriedade. Os
sete juízes que votaram a favor da escravatura neste processo eram democratas,
e os restantes dois que votaram contra, eram republicanos.
A questão da escravatura viria
a ser resolvida com uma guerra civil no período de 1861 -1865.
Os democratas opunham-se tanto à abolição da escravatura que em 1860, 6 semanas
depois da eleição do presidente republicano Abraham Lincoln, a Carolina
do Sul dominada pelos democratas, votou para se separar do Norte. Dá-se
a maior e mais sangrenta guerra civil de toda a história dos EUA. Quem
chefiou essa guerra foi Abraham Lincoln, o primeiro Presidente
Republicano, o homem que libertou os escravos.
Seis dias depois da rendição
da Confederação armada, um democrata – John Wilkes Booth – assassinou o
Presidente. O vice presidente democrata Andrew Johnson tomou o seu
lugar. Mas este era opositor a Lincoln no seu plano de integrar os escravos na
sociedade. Johnson e o Partido Democrata estavam unidos na sua oposição à 13ª
Emenda (que abolia a escravatura), à 14ª Emenda (que dava direitos de cidadania
à comunidade negra) e à 15ª Emenda (que dava direito ao voto dessa
comunidade). Estas Emendas acabaram por passar apenas graças aos
Republicanos.
Durante a Reconstrução após a
guerra civil, tropas federais estacionaram no Sul para assegurar a segurança
dos recentes escravos libertos. Centenas de homens negros foram eleitos nos
estados do sul pelo Partido Republicano e assim, 22 negros republicanos
serviram no Congresso em 1900. Os democratas até 1935 não elegeram um
único negro.
Depois da Reconstrução
terminada e com a retirada das tropas federais, os democratas voltaram
ao poder no Sul. Depressa restabeleceram o “privilégio branco” na região com
medidas “black codes” (leis que restringiam a aquisição de propriedade e
de negócios por parte dos negros), e impuseram as “poll taxes e literacy
tests” (impostos e testes de literacia) usados para subverter o direito dos
cidadãos negros ao voto. E como foi isto imposto? Usando a força, o terror,
recorrendo ao Ku Klux Klan fundado pelo democrata – Nathan Bedford Forrest.
O Presidente Democrata Woodrow
Wilson partilhava muitos pontos de vista com o Klan – voltou a segregar muitas
agências federais e até estreou na Casa Branca um filme racista – “The birth of
a Nation” – originalmente intitulado “The Clansman”. A única séria oposição
ao “Civil Rights Act de 1964” veio dos
democratas. Com efeito, os senadores democratas obstruíram o processo por
75 dias até os republicanos reunirem uns votos extras para quebrar o impasse.
Quando os democratas viram
todos os seus esforços para continuar a escravizar e impedir o voto aos negros
tinha falhado, voltaram-se para outra estratégia: se os negros iriam continuar
a votar, então teriam de fazer com que votassem nos democratas. Lyndon Johnson
volta atrás no que tinha afirmado sobre o “Civil Rights Act” e declarou: “I’ll
have them N*****S voting democrat for 200 years”.
Mudam assim a estratégia
depois de anos de opressão e oposição aos direitos dos negros. Perpetuaram depois
a ideia que foi o partido republicano que foi o vilão da História quando na
realidade foram as políticas anti-negros do partido democrata que imperaram
durante todo esse período.
Na sua primeira convenção o
Partido Republicano prometeu acabar com a escravatura e a poligamia porque
essas duas premissas estavam a expandir-se nos territórios a ocidente.
Isto levou à passagem pelos republicanos da 13ª Emenda que aboliu a
escravatura, a 14ª Emenda que deu direito à cidadania dos negros e o 15ª Emenda
direito ao voto dessa mesma comunidade.
Em 1870 os primeiros senadores
e congressistas negros foram republicanos. Também a primeira mulher
membro do congresso era republicana, bem como o primeiro governador
e senador hispânico e o primeiro senador asiático.
Os republicanos foram
os defensores dos direitos das mulheres que em 1862 fizeram passar o
decreto federal “Morrill Anty Bigamy Act” que pôs termo à poligamia . Depois em 1920, após 52
anos de oposição dos democratas, foi retificada a 19ª Emenda: o direito ao
voto das mulheres graças aos congressistas republicanos que pressionaram
o Presidente Democrata Woodrow Wilson para deixar cair a sua oposição aos
direitos das mulheres. Enquanto os republicanos ganhavam a batalha
dos direitos das mulheres e a dos negros, havia ainda um longo e árduo caminho
a percorrer.
Em 1920 o Presidente
Republicano Calvin Coolidge, declarou que os direitos dos negros eram
tão sagrados como de outro qualquer cidadão. No entanto, quando anos mais tarde,
um atleta medalhado republicano – Jesse Owens – venceu 4 medalhas de ouro nas
olimpíadas de Berlim em 1936, o Presidente Democrata Franklin Roosevelt
ignorou-o, tendo convidado apenas atletas brancos na Casa Branca.
Duas décadas depois, terá sido
o Presidente Republicano Eisenhower que enviou a “101st Airborn Division” – uma Divisão Especializada do Exército –
para escoltar estudantes negros na escola "Little Rocks Central High” quando o governador
democrata do Arkansas – Orval Faubus – ignorou uma ordem judicial
para integrar a comunidade negra nas escolas.
Os republicanos tratam todos
por igual. Os democratas não: tratam mulheres e negros como vítimas
incapazes de serem bem sucedidas por elas próprias.
Por isso a estratégia de hoje
dos Democratas passa por iludi-los (com subsídios massivos sem qualquer
contrapartida tornando-os dependentes estatais), instigá-los ao ódio racial e
misógino, provocar revoltas e o caos social para no meio da anarquia aparecerem
como os “salvadores” de minorias que eles próprios alimentam e segregam. Isto é
só uma nova agenda da esquerda que nunca se importou verdadeiramente com as
minorias, como o demonstra não só o passado como o presente. A título de
exemplo basta olharem para os Estados americanos governados pela Esquerda
(democratas) em comparação com a Direita (republicanos).
Há de facto um longo
passado de racismo e sexismo, mas não é no Partido Republicano.
Porém, com a propaganda e
doutrinação ideológica da mídia, quando pensa em defesa de direitos iguais e
igualdade racial, que partido lhe vem à cabeça? Ah! pois…
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