terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Trump ganha primárias de Iowa com mais votos que todos os outros candidatos


Paulo Hasse Paixão

Donald Trump obteve uma vitória esmagadora nas primeiras primárias republicanas da corrida presidencial de 2024, somando três vezes mais delegados do que o seu adversário mais próximo e mais de 50% do voto popular

Com mais de 95% dos votos contados após o caucus de segunda-feira no Iowa, Trump tinha 51% do eleitorado e 20 delegados, muito à frente dos rivais republicanos Ron DeSantis e Nikki Haley, que obtiveram 21,3% e 19,1%, respectivamente. DeSantis ganhou oito delegados e ficou em segundo lugar, enquanto Haley conseguiu sete. 


A vitória vem na sequência de sondagens favoráveis ao líder populista, com uma sondagem da NBC News/Des Moines Register/Mediacom a dar-lhe uma vantagem nas primárias de quase 30 pontos sobre os outros candidatos.

A mesma sondagem coloca a ex-governadora globalista e NeoCon da Carolina do Sul, Nikki Haley, em segundo lugar, enquanto o actual governador da Florida, Ron DeSantis, que tem vivido uma campanha recheada de equívocos e reveses, se posicionou como o terceiro candidato nas preferências do eleitorado republicano.

Antes de regressar a casa, Haley lançou uma crítica velada a Trump, dizendo aos seus apoiantes:

“Se querem avançar sem vinganças, se querem avançar com um sentido de esperança, juntem-se a nós”.

enfant terrible do Partido Republicano, Vivek Ramaswamy, ficou em quarto lugar com 7,7% dos votos. Perante a derrota, Vivek desistiu da corrida, endossando a candidatura de Donald Trump.

Desde 1972, o Iowa – tradicionalmente visto como um bastião republicano – é o primeiro estado dos EUA a realizar primárias e os seus resultados são frequentemente interpretados como reveladores da tendência do eleitorado republicano. Os candidatos deslocar-se-ão a New Hampshire para a próxima ronda de votações.

Concomitantemente com o início formal da temporada eleitoral de 2024, o ex-presidente enfrenta várias acusações criminais, incluindo acusações relacionadas com alegada interferência eleitoral, alegado pagamento de dinheiro a uma estrela porno e alegado uso incorreto de material classificado. Trump rejeitou todas as acusações contra ele, classificando-as – corretamente – como parte de uma “caça às bruxas” lançada pelos seus opositores no Partido Democrata.

Trump terá também pela frente uma importante decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a validade de decisões tomadas no Colorado e no Maine que o retiraram do boletim de voto por uma alegada participação na alegada insurreição de 6 de Janeiro.

Mas a verdade é que, aparentemente, a perseguição judicial do regime Biden ao seu opositor político só tem contribuído para um avolumar dos seus números nas sondagens, que agora se refletiram na primária do Iowa.

A vitória de Trump supera largamente a sua prestação neste estado na corrida de 2016, que acabou por ser ganha pelo senador texano Ted Cruz. De acordo com a Associated Press, a equipa de Trump

“prestou especial atenção à construção de uma sofisticada operação digital e de dados para se envolver regularmente com potenciais apoiantes”.

Apesar da atitude agressiva da campanha do magnata de Queens, as primárias do Partido Republicano estão na verdade mais que resolvidas e toda a gente já percebeu que será Trump a defrontar Joe biden, nas presidenciais de novembro deste ano.

Título e Texto: Paulo Hasse Paixão, ContraCultura, 16-1-2024

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