Navio de Emigrantes, óleo com areia sobre tela, 230 cm x 275 cm, Lasar Segall, 1939/41, Museu Lasar Segall, São Paulo
Humberto Pinho da Silva
Apesar da natalidade em Portugal ter aumentado nos
últimos anos, ainda não é suficiente para comutar o défice demográfico. O país
carece urgentemente de imigrantes para incrementar a economia, v.g.:
restauração, hotelaria e construção civil.
A entrada maciça de imigrantes é necessidade
incontestável, ainda que possa causar ao país alguns problemas; precisa,
todavia, ser devidamente planeado, para se evitar perturbações sociais,
mormente se o imigrante não souber ou não quiser assimilar a nossa cultura ou
se recusar a ser integrado.
Diferenças culturais, morais, políticas até
filosóficas e religiosas, dificultam a rápida integração, a meu ver,
necessárias, requerendo cedências de ambos – aborígenes e imigrantes.
Existe ainda o receio natural da população
indígena, erradamente pensar que pode causar desemprego e concorrência no mundo
do trabalho, em algumas profissões.
Mas voltemos à situação demográfica do país:
envelhecimento da população e nascimento de bebés – verifica-se que em 2023
nasceram 85.764 bebés, segundo "Teste do Pezinho", alguns de mãe
estrangeira. Número considerado insuficiente, mas melhor que no ano anterior.
Como se sabe, a população em idade fértil tem emigrado em grande número, na última década mais de 850 mil saíram do país, e cerca de 30% são de idades que vão dos 15 aos 19 anos.
Segundo o "Atlas de Emigração
Portuguesa", desde 2001 abandonaram por ano a terra natal cerca de 75.000
portugueses. Só em 2013 (ano da Troika) ausentaram-se 120 mil, sendo 70%
dos emigrantes de 15 a 19 anos.
Não é de admirar que a natalidade seja tão baixa,
se considerarmos que continuam a sair jovens em busca de melhor vida e
esperança de virem a receber confortantes reformas, que lhes permita envelhecer
mais desafogadamente.
Hoje não emigram apenas humildes trabalhadores
rurais e operários, como outrora, mas igualmente licenciados, mestrados e até
doutorados.
Pelo exposto, ainda que alguns não concordem e não
desejem, não se pode recusar mão-de-obra estrangeira, mesmo reconhecendo os
inconvenientes que possam advir para o presente e futuro da nação.
Título e Texto: Humberto Pinho da Silva, março
de 2024
Você pensa ou pensa que pensa?
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Se queremos paz, eduque-se cristãmente os jovens
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