A inquisição dos tempos modernos
Devemos rejeitar
qualquer forma de autoritarismo disfarçado de progressismo
Cláudio
Fonseca
Nos
últimos tempos, o termo “wokismo” se tem tornado sinônimo de uma ideologia que,
em vez de promover a verdadeira igualdade e justiça social, tem contribuído
para semear divisão e intolerância em nossa sociedade.
Esta
ideologia, que afirma defender os direitos das minorias e a inclusão, muitas
vezes se manifesta de maneira radical e autoritária, desconsiderando a
diversidade de opiniões e impondo uma visão de mundo única e dogmática.
Os “wokes” defendem a tolerância, mas se esquecem de dizer que são tolerantes
desde que se concorde com eles.
Uma
das críticas mais contundentes ao “wokismo” é sua tendência à censura e à
supressão da liberdade de expressão. Não há uma ideologia política que faz algo
parecido?
Sob
o pretexto de proteger grupos historicamente marginalizados, o “wokismo”
silencia qualquer voz discordantes, criando uma atmosfera de medo e
autocensura. Essa mentalidade totalitária não apenas mina um dos pilares
fundamentais da democracia, mas também impede o debate honesto e a busca por
soluções reais para os problemas sociais.
Pois tudo é questionável e mutável, apenas para benefício do “wokismo”, esta ideologia criada em laboratório pelas faculdades americanas, estes loucos que são capazes de negar a ciência em nome de outra ciência. Além disso, o “wokismo” frequentemente se concentra em questões superficiais e simbólicas, desviando a atenção de problemas sociais complexos e urgentes.
Enquanto o mundo enfrenta desafios como pobreza, desigualdade econômica e violações dos direitos humanos, o “wokismo” se fixa em debates estéreis sobre linguagem e representação, negligenciando questões mais prementes que afetam milhões de pessoas ao redor do mundo. Mas o que importa é dizer que obesidade é saúde e normal, e que dieta é uma imposição patriarcal. Pena que o colesterol não seja por vezes mais letal.
Recentemente,
até mesmo empresas e instituições culturais têm experimentado as consequências
nefastas do “wokismo”.
A Disney, por exemplo, viu-se no meio de polêmicas e prejuízos financeiros devido a decisões controversas motivadas por pressões ideológicas. A alteração de personagens clássicas e a adaptação de narrativas para atender demandas ideológicas específicas resultaram em críticas e boicotes por parte do público, impactando diretamente os seus resultados financeiros e a reputação da empresa.
“Curioso é que as ‘feminazis’ só se juntam para destruir carreiras de homens e agendas, não são capazes de construir nada”
A
Netflix se depara com iguais problemas com as suas produções marteladas, ou
algumas marcas de produtos avulsos, que tentam entrar nesta ideologia. Mas,
como dizem os nossos amigos brasileiros: “quem lacra, não lucra”.
Felipe
Neto, que é o maior “youtuber” do Brasil, e por isso um dos maiores do mundo,
aderiu a tudo o que seria “woke”, e agora está a cortar no “staff” que o ajuda,
por ter bebido tanto “wokismo”.
As revoluções matam sempre os
seus filhos.
Em
Portugal também temos tristes figuras, como Diogo Faro. São personagens
alimentadas por essa minoria ruidosa, mas como não passam de um bando de
crianças mimadas, estão sempre a chorar e, portanto, só se juntam para destruir
o outro lado, e nunca para construir o que quer que seja. Diogo Faro, grande
defensor da ideologia de gênero, tentou copiar a realidade americana e ir para
uma biblioteca ler livros de pessoas perturbadas e falar sobre ideologia de
gênero, em Santarém. Resultado? Cancelou o programa, pois ninguém comprou
bilhete.
Em 2018, a Nike decidiu que era boa ideia juntar-se a Colin Kaepernick. Em 2016, Kaepernick liderou um movimento de protesto contra as injustiças sociais nos Estados Unidos e irritou as faixas mais conservadoras da sociedade americana.
Desde então, o antigo “quarterback” dos “San Francisco 49ers” tornou-se num
ícone da luta das minorias, mas também em figura non grata para vários
setores, entre os quais os próprios donos da NFL, a liga de futebol americano,
onde Kaepernick não voltou a encontrar emprego.
“Sob o
pretexto de proteger grupos historicamente marginalizados, o ‘wokismo’ silencia
qualquer voz discordante, criando uma atmosfera de medo e autocensura”
Agora,
a Nike resolveu associar a imagem do antigo jogador à campanha publicitária que
assinala o 30º aniversário do slogan “Just do It”. Jogador na NFL durante seis
temporadas, Colin Kaepernick já era um atleta patrocinado pela Nike desde 2011,
mas tinha deixado de aparecer em campanhas da marca desde que rebentou a
polêmica dos protestos durante o hino americano.
Colin
Kapaernick e outros jogadores doa “49ers” começaram a ajoelhar-se antes do
início dos jogos. O movimento de protesto se alastrou a vários jogadores de
diferentes equipes e de vários desportos, provocando a ira dos adeptos mais
conservadores.
O
anúncio de que o ex-jogador seria um dos rostos da nova campanha da Nike surgiu
na segunda-feira, quando o próprio Kapaernick publicou no “X” uma imagem sua,
em preto e branco, com o logotipo da marca, o slogan “Just do It” e a frase
“Believe in something. Even if it means sacrifice everything. (Acredita em
algo. Mesmo que isso signifique sacrificares tudo).
Este
ato foi bom para Colin, que assinou contrato com a Nike, mas nunca mais jogou.
Para a Nike foi um misto: ganhou um Emmy por causa do anúncio, (mas estas
academias promovem a “wokeness”), mas desvalorizou 3% em bolsa e teve um
impacto de perda de quatro bilhões de dólares.
No
meio disto tudo, a Nike ainda pensou abandonar Colin, mas o mal já estava
feito…
A
Disney é outro exemplo de danos por abraçar o “wokismo”. A Disney não é agora a
mesma das nossas infâncias. Antes tínhamos uma história, uma moral. O príncipe
a salvar a princesa, o cavalheirismo. Agora é o empoderamento e princesas que
são lésbicas e vai de casar a princesa do norte frio, com o sul quente.
Estamos no cinema, lugar de privilégio para descansar a cabeça e esquecer o mundo lá fora. A Disney é o mundo encantado, a fantasia; é impossível ir a um parque da Disney e estar triste, a felicidade é total… até encontrarmos o Mickey LGBT.
Mas
até a Disney tem direito a “backlash”, pois a Disney é um grupo com vários
conteúdos. No último trimestre de 2022 perdeu dois milhões de subscritores e
cerca de 20 milhões ao longo do ano de 2023. Mas perder subscritores é mais do
que isso.
A
India Disney+, à conta desta doença que é o “wokismo” e de fazer as pessoas
engolirem ideologia, perdeu o direito de transmitir a Primeira Liga Indiana de
Cricket, desporto rei na Índia. É um rombo nos cofres do grupo Disney. Mas
agora pedem à Capitã Marvel, de etnia indiana, para resolver o problema.
E
este é que os filmes de heroínas não rendem, porque fazem um filme no feminino
para criticar o “patriarcado” e o “machismo”. Curioso é que as “feminazis” só
se juntam para destruir carreiras de homens e agendas, não são capazes de
construir nada. Olha, não são capazes, roí-te agora Rita Ferro Rodrigues.
Por que não vimos estas “feminazis” de peitos à mostra para celebrar de
felicidade a Dinamarca ter decretado o serviço militar obrigatório para os dois
gêneros?
Ah!
Pois! Apenas querem algumas igualdades. Isso feminismo falsificado, do pior
lote chinês.
Esses
eventos deixam claro que o “wokismo” não apenas prejudica o debate público, mas
também tem impactos tangíveis na economia e na sociedade como um todo.
Diante
desse cenário é fundamental resistir aos excessos do “wokismo e defender os
valores democráticos de liberdade, diversidade e pluralismo. Devemos rejeitar
qualquer forma de autoritarismo disfarçado de progressismo e lutar por uma
sociedade onde todas as vozes sejam ouvidas e respeitadas, independentemente de
sua afiliação política ou ideológica.
É
crucial compreender que o “wokismo” muitas vezes se mascara de comunismo,
apresentando-se como uma luta por igualdade e justiça social, mas, na prática,
promove uma agenda autoritária e divisora.
Ao
adotar uma retórica de oprimidos versus opressores, o “wokismo” busca dividir a
sociedade e criar conflitos irreconciliáveis, minando assim os valores
democráticos e a coesão social.
Em
resumo, o “wokismo” representa uma ameaça real aos princípios fundamentais da
democracia e da liberdade de expressão.
É
hora de desmascarar esta ideologia divisora e buscar uma abordagem mais
equilibrada e sensata para resolver os problemas sociais que enfrentamos como
sociedade. Somente assim poderemos construir um mundo verdadeiramente justo,
inclusivo e livre.
Digitação: JP, 15-4-2024
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