Telmo Azevedo Fernandes
Com a sutileza de um troglodita e a elegância de um mamute, um comissário europeu [foto] ameaçou censurar e punir severamente Elon Musk se este transmitisse no Twitter a sua conversa com o ex-presidente dos Estados Unidos da América. Obviamente, não só a conversa entre Musk e Donald Trump teve lugar, como se registaram audiências astronómicas.
O raivoso comissário não
hesitou em usar e abusar da posição de poder da Comissão Europeia para tentar
coagir o dono da rede social X e, arrogantemente, impedir que centenas de
milhões de utilizadores tivessem acesso à informação e conteúdo que lhes
interessaria. Uma pulsão censória de fazer inveja a ditarorezecos e tiranetes
nada recomendáveis.
Mas não é só o narcisista
Thierry Breton que acha que vai salvar a plebe europeia dos supostos
ataques do dono do X. Recentemente, no Reino Unido, outros políticos
angustiados tiveram a distinta lata de afirmar que Musk estava a liderar e a
promover violência e tumultos. Estas elites dirigentes não têm coragem, nem
honestidade, nem tão pouco a humildade de reconhecer o impacto negativo e
profundamente desestabilizador das suas próprias políticas na sociedade e que
estão na origem das tensões sociais a que todos assistimos. O pavor desta
gentalha é o de que a liberdade de expressão possa levar a que uma revolta das
massas os tire do poder e das posições de privilégio assim como destrua a
autoridade que o sistema ainda garante às elites.
Mas voltando ao autoritarismo presunçoso e antidemocrático dos órgãos europeus não eleitos, será bom lembrar que o regulamento invocado para calar o pio a Musk e Trump foi o chamado «Digital Services Act». Ora, este indecente diploma foi votado favoravelmente por todos os eurodeputados Portugueses, com excepção dos do BE e do PCP. A Iniciativa Liberal e o Chega não tinham à altura deputados europeus, mas o grupo Renew Europe, onde aliás Thierry Breton é dirigente, e que a Iniciativa Liberal passou, entretanto, a integrar votou unanimemente a favor.
E mais: cá em Portugal, não
passou assim tanto tempo desde que a unanimidade dos deputados do nosso
Parlamento deixou passar a infame “carta portuguesa dos direitos digitais”, uma
espécie de transposição para a realidade nacional do regulamento invocado para
tentar justificar a atitude censória do comissário europeu contra Trump e Musk.
Ou seja: sob a ultrajante
máscara do combate à «desinformação» e ao «discurso de ódio», a regulação das
redes sociais e a determinação por via da Lei do que pode e não pode ser dito
em público tem levado a um repugnante e profundo declínio do valor da Liberdade.
A civilização é uma opção
alternativa à barbárie. Mas nem todos escolhem a primeira.
A minha crônica-vídeo de
hoje, aqui:
Título e Texto: Telmo
Azevedo Fernandes, Blasfémias,
14-8-2024
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Pedro «Catarina Mendes Adão e Silva» Duarte
[Livros & Leituras] Le Totalitarisme sans le goulag
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