Por quê?, por quê?... por que
comigo?... é a pergunta que certamente todos nos fazemos ao acordar todos os
dias nesses sete anos de pesadelo. Nada fizemos de errado, trabalhamos, pagamos
pela aposentadoria, pagamos… até para que ela fosse vigiada, garantida, algo
que faremos até o fim da vida mesmo sem recebê-la, pois até na compra de um pão
pagamos o imposto que pode estar indo para o salário de um funcionário da
PREVIC.
À diferença de muitos entre
nós, o José Manuel coloca a questão em termos realistas: Por que conosco? Por que
o roubo da nossa aposentadoria? Por que o calote, Dilma? Por que a injustiça,
Joaquim Barbosa?
Infelizmente, uma parcela
desses porquês vem do nosso meio. Uma classe de uniões rarefeitas por natureza,
de espalhamento geográfico pelo país e pelo mundo, não conseguiu construir uma
noção de NOSSO e de clarear em nossos corações e mentes que dependemos uns dos
outros, malgrado nossas individualidades. Com empregos e aposentadorias - com
uma Varig em bom estado - o NOSSO nem era notado, como todas as coisas que
tomamos por "normais". Mas na selva atual, cheia de predadores –
entre os quais o próprio Estado – a sensação de “normal” é a própria taça de
cicuta que nos querem fazer entornar.
Purgando a maldade de um país
injusto e mal-agradecido, o José Manuel de novo faz – de novo e com pouco apoio
– a greve da FOME que é de todos os ex-trabalhadores e aposentados da Varig.
Espero que essa FOME GERAL que nos corrói as entranhas há mais de sete anos,
desperte os que ainda sentem uma saciedade ilusória e os faça ir ao aeroporto
Santos Dumont dar ao José Manuel o que ele e a nossa causa comum tanto
precisam. Estar lá com ele, pelo menos em rodízios.
O maior aliado da injustiça é
a própria alienação dos que a sofrem.
Título e Texto: José Carlos Bolognese, 07-8-2013
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