A imprensa lusa...

A ver se entendo…

Helena Matos

“A SIC revelou hoje que o documento que esteve na base da demissão do secretário de Estado do Tesouro, Joaquim Pais Jorge, e que o Ministério das Finanças considerou forjado, teve origem na residência oficial do primeiro-ministro.”

A SIC pediu ao gabinete de S. Bento que nos seus arquivos procurasse o documento referente a esta reunião? Ou o título não deveria ser antes A SIC revelou hoje que o documento que esteve na base da demissão do secretário de Estado do Tesouro, Joaquim Pais Jorge, e que o Ministério das Finanças considerou forjado, teve origem no staff de ex-primeiro-ministro José Sócrates? Será que naquele comício dominical que Sócrates tem na RTP não podíamos ser melhor esclarecidos?

Texto: Helena Matos, Blasfémias, 08-8-2013

A manchete do Público:

SIC diz que revelou versão do documento dos swaps entregue na residência do primeiro-ministro

Hugo Daniel Sousa e Mariana Oliveira 

07/08/2013 - 23:04

Televisão de Carnaxide garante que não manipulou nada e sugere que documento revelado como original pelo Governo terá sido entregue pelo Citigroup ao IGCP. Ministério Público investiga o caso.

(…)

Agora veja a foto que ilustra a matéria, logo após o subtítulo acima:

Foto: Nuno Ferreira Santos

Só no quarto parágrafo é que é revelado de que Primeiro-ministro se trata:

“A SIC esclarece que o documento em causa, a que a SIC e a Visão tiveram acesso, foi entregue pelo Citigroup ao Governo do então primeiro-ministro José Sócrates”, acrescenta o mesmo comunicado, em que são pedidos esclarecimentos ao executivo. “O Governo deve esclarecer se houve ou não manipulação de documentos públicos, que documentos foram forjados e por quem.”

Mas mesmo assim, releia esta “O Governo deve esclarecer se houve ou não manipulação de documentos públicos, que documentos foram forjados e por quem.”

Percebeu?
Fuga ou roubo de informação, falsa ou verdadeira informação (de algo acontecido em 2005!) plantada pelo lixão “informativo”, este mesmo lixão tenta envolver o atual executivo “exigindo-lhe esclarecimentos…” sobre o (mais um) crime do outro !?

São mais do que caras de pau, são uns…!