“As pessoas costumam usar suas
roupas psíquicas para ocultar quem são. Precisamos aprender a despir nossas
psiques. Se queremos vencer precisamos simplesmente revelar a verdade. Fomos
ensinados que aqueles que dizem a verdade são ingênuos, otários, tolos,
principalmente a verdade sobre nós mesmos.”
O poder da credibilidade advém
da revelação franca dos nossos sentimentos e desejos. Este poder que nos
permite argumentar, ser ouvido, ser compreendido e vencer. O problema da
credibilidade, surge quando o que dizemos não expressa a nossa intenção. Nossos
detectores muitas vezes conseguem captar quando existe uma “dissonância
cognitiva” de um orador pelos músculos do corpo, pela postura, pelas palavras e
pelos olhos. “Os olhos das pessoas dignas de crédito transmitem uma mensagem
coerente com o significado das palavras pronunciadas”.
Depois de quase 900 mortes de
aposentados e pensionistas do AERUS que não viram seus direitos previdenciários
honrados e milhares de trabalhadores da VARIG que não receberam seus direitos
trabalhistas e previdenciários...
Depois de um sofrimento que
vem sendo imposto a milhares de homens, mulheres e crianças. Famílias passando
por privações, dores, sofrimentos e humilhações desde 2006...
Depois do exílio imposto a
centenas de aeronautas que tiveram que abandonar o país...
Depois de milhares postos de
trabalhos terem sido extintos, gerando desemprego e caos social...
O que poderia ser chamado de
vencer? O que poderia ser considerado como uma vitória? O que é razoável e
justo? A paz e o sossego que nos foram tirados durante este período é
irrecuperável e não nos podem devolver. São perdas incalculáveis. Então, só nos
resta indenizações por perdas e danos e o pagamento a todos o que é devido de
direito. O pronto restabelecimento da ordem do Estado de Direito e fim das
torturas é a única Justiça que o Governo pode fazer. E que seja feita já!
Em 3 de maio de 2006, o
economista Paulo Rabello de Castro, formado na Universidade de Chicago, reduto
do pensamento liberal e que assessorava os Trabalhadores
do Grupo VARIG escreveu para a Revista Istoé – Dinheiro: "Deixar a Varig quebrar é burrice".
Em 19 de março de 2006, o Senador do Estado do Amazonas, Jefferson Peres, pronunciou o seguinte discurso a favor da Varig em sessão presidida pelo senador Edison Lobão o qual transcrevo parte abaixo. O pronunciamento foi tão brilhante que recebeu apoio e apartes dos senadores: Ramez Tebet, Heloísa Helena, Eduardo Azeredo, Heráclito Forte, Flávio Arns, Sibá Machado, Pedro Simon, Marcelo Crivella, Paulo Paim, Antonio Carlos Valadares, Efraim Moraes, Ney Suassuna, Roberto Saturnino, Eduardo Suplicy e Arthur Virgílio. O discurso foi tão importante que na semana seguinte quatro Comissões do Senado promoveram em conjunto uma Audiência Pública.
“Há semanas, parte da
sociedade brasileira acompanha, apreensiva e entristecida a aflição da maior
empresa de aviação do País, a legendária Varig, que agoniza, está em situação
pré-falimentar ante a indiferença do poder público. Sei o que digo porque há
três anos, integrante da frente parlamentar de defesa da empresa, acompanhei as
negociações com o Governo Federal, por intermédio do Senhor Ministro da Defesa
– Sr. Viegas e, depois, Sr. José Alencar –, todas as tentativas de reerguer a
empresa esbarraram na má vontade da toda-poderosa Casa Civil da Presidência da
República.
Na semana passada, o Presidente da República disse uma frase cruel e infeliz: não vou colocar dinheiro público para salvar uma empresa falida. Uma frase imprópria porque a empresa não está falida, a empresa está em fase de recuperação judicial. Fosse um cidadão comum, ele poderia ser acionado judicialmente, Senador Ramez Tebet, porque, com isso, ajudou a abalar o que resta de crédito da empresa. Ele chamou de falida uma empresa em fase de recuperação judicial com um plano de recuperação aprovado; e leu o artigo publicado em 2001, em O Estado de S. Paulo intitulado “Morte Anunciada do Transporte Aéreo” assinado por Luiz Inácio Lula da Silva.
Mas que palavra é essa deste
Presidente que nós temos? Meu Deus do céu! Tudo que ele disse antes não vale
nada? Não tem importância? Senhor Presidente, a Varig não é uma empresa
qualquer. Eu não quero que se ponha dinheiro público num saco sem fundo. A
Varig não pertence nem a uma pessoa, nem a uma família. A Varig é controlada
pela FRB, que é dos trabalhadores da Varig. Porém, eu não quero que ela
continue com a FRB, que pode ser acusada de má gestão. Eu queria que o Governo
Federal fizesse encontro de contas. O Governo Federal deve R$ 4 bilhões à
Varig, reconhecidos pelo STJ. Isso é metade da dívida total da empresa. Os
Estados devem R$ 1 bilhão à Varig por ICMS cobrado indevidamente, reconhecido
judicialmente. São R$ 5 bilhões. O Governo jamais admitiu pagar essa dívida. O
poder público deve R$ 5 bilhões à Varig. A Varig não é uma empresa qualquer mas
um ícone nacional. Com faz bem à nossa auto-estima, andar nos Campos Elíseos,
em Paris, e ver a Varig Brasil, assim como na Quinta Avenida, em Nova Iorque!
Parecia o Consulado brasileiro.
Não vale nada para este
Governo. A Varig é uma empresa qualquer? São 11 mil trabalhadores suscetíveis a
desemprego, procurando ser absorvidos pelas outras empresas, indo para o
exterior. O AERUS, fundo de pensão, está naufragando, arruinando milhares de
funcionários aposentados e viúvas pensionistas. Vai virar pó tudo isso. O Partido dos Trabalhadores está no poder. Está no poder um metalúrgico, o mesmo
que gritava em favor da Varig. Que País, meu Deus!
Vou concluir o meu discurso
com este apelo do senhor cidadão, Luiz Inácio Lula da Silva (ao então
Presidente Fernando Henrique) e que, agora, é de Luiz Inácio Lula da Silva ao
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva: “Enquanto isso, empresas aéreas
brasileiras estão falindo. Milhares de trabalhadores continuam perdendo seus
empregos, divisas estrangeiras deixam de entrar no Brasil e o nosso País perde,
cada vez mais, capacidade competitiva. Até quando, senhor Presidente? Até
quando, senhor Presidente?”
Até hoje continua no ar a
mesma pergunta para o escandaloso caso VARIG/AERUS que vem impondo de forma
continuada tortura e sofrimento aos trabalhadores que não recebem suas
aposentadorias e suas indenizações trabalhistas:
Até quando senhora Presidenta? Até quando?
Título e Texto: Marcelo Lins, 15-11-2013
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SÓ UM LIXO TÓXICO COMO ESSE MOLUSCO PODERIA TER DITO SEMELHANTE ASNEIRA VAI PAGAR SEM DÚVIDA POR TUDO O QUE FEZ
ResponderExcluirALIÁS, JÁ ESTÁ SE DECOMPONDO
José Manuel ( sofre com a irradiação tóxica desse malfeitor )
Todos sofremos e estamos pagando com nossas vidas, as arbitrariedades e insanidade desses moluscos rapineiros. Infelismente. Toda dedicacao e amor investidos por geracoes inteiras, na construcao de uma legendaria empresa e industria aeronautica, de nada valeu ao cair nas maos destes manipuladores da causa propria. Somente nos restou um grande sentimento de magoa ao receber-mos ate hoje, a cruel indiferenca e desrespeito de nossa liderancas constituidas, pois legislam e executam desumanamente tudo em causa propria. Quanta vergonha sinto destes que se dizem nossos governantes...quanta tristeza, decepcao e destruicao causaram a esta importantissima parte da sociedade brasileira, que dedicaram suas vidas por geracoes, na construcao de uma Nacao respeitada e admirada nos quatro cantos do planeta. E lamantavel.
ResponderExcluirAbracos meu amigo Jose Manuel. Do sempre amigo...Mauricio Ferreira.