quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Coalizão sente que apenas ataques aéreos não destruirão o ISIS

Pentágono diz que, apesar dos 310 ataques aéreos da coalizão, o califado do ISIS continua muito potente

Após mais de trezentos ataques aéreos contra o ISIS no Iraque e na Síria, o Secretário de Imprensa do Pentágono, o contra-almirante John Kirby, constata que o grupo terrorista “permanece uma força muito potente”.
Francisco Vianna

Caças ingleses participam dos ataques aéreos contra o ISIS no nordeste da Síria

Kirby disse à imprensa que “sim, sem dúvida, eles mudaram algumas de suas táticas em resposta à pressão que a coalizão lhe impõe, mas que isso não torna o grupo menos perigoso ou menos violento com relação às populações civis que vai encontrando pelo seu caminho de sangue”.

"É claro que eles agora estão tendo muitas baixas, estão se dispersando, e já não se comunicam tão livremente como antes, o que sob o ponto de vista militar são bons resultados, uma vez que já não conseguem agir tão livremente e conseguir seus objetivos tão facilmente como vinha ocorrendo”, explicou o contra-almirante americano. “Mas isso não significa que esse grupo terrorista de jihadistas islâmicos passaram a representar uma ameaça menor ou que eles não estejam, aqui e ali, conseguindo tomar e manter território. Ninguém disse que seria fácil ou rápido neutralizar esse grupo e ninguém deve se iludir com um falso sentido de segurança com tais ataques aéreos precisos e eficientes. Não cairemos nessa e não bombardearemos o grupo no escuro”, acrescentou o militar.

“Temos afirmado de forma enfática e repetitiva que apenas os ataques aéreos não derrotarão ou destruirão o ISIS”, destaca Kirby. “Esta vai ser uma longa luta e precisamos urgentemente de um senso de paciência estratégica no uso de toda a nossa força, assim como melhorar a eficiência das operações de solo levadas a cabo pelas forças armadas do Iraque e do Curdistão iraquiano e sírio”.

Kiby prosseguiu sua explicação esclarecendo que "este grupo terrorista vai se adaptar e que nós teremos que nos adaptar junto com ele, uma vez que aos ataques aéreos somente não serão capazes de erradicá-lo da região. A coisa não funciona dessa maneira. Ataques aéreos servem essencialmente para enfraquecer a capacidade de luta do inimigo ao destruírem seus armazéns, arsenais, depósitos de combustíveis, campos de treinamento, quartéis e postos avançados. No entanto, a eliminação completa do grupo vai depender, quer queira ou não a Casa Branca, de operações de solo eficientes e bem planejadas, caso contrário o inimigo sempre se reorganizará para voltar a atuar”.

“Temos sido bem honestos quanto ao fato de que a ação militar por si, até agora, não conseguirá seus objetivos, o que não deve ser interpretado como uma admissão de falta de eficiência, e um dos modos pelo qual sabemos que estamos tendo sucesso com ela é precisamente porque os terroristas têm mudado suas táticas e experimentado muito maiores dificuldades em estabelecer sua comunicação com seu comando e controle", completou Kirby. 
Título e Texto: Francisco Vianna, (da mídia internacional), 2-10-2014

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