Pentágono diz que,
apesar dos 310 ataques aéreos da coalizão, o califado do ISIS continua muito
potente
Após mais de trezentos ataques
aéreos contra o ISIS no Iraque e na Síria, o Secretário de Imprensa do
Pentágono, o contra-almirante John Kirby, constata que o grupo terrorista
“permanece uma força muito potente”.
Francisco Vianna
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Caças ingleses participam dos
ataques aéreos contra o ISIS no nordeste da Síria
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Kirby disse à imprensa que “sim, sem dúvida, eles mudaram algumas de suas táticas em resposta à pressão que a coalizão lhe impõe, mas que isso não torna o grupo menos perigoso ou menos violento com relação às populações civis que vai encontrando pelo seu caminho de sangue”.
"É claro que eles agora
estão tendo muitas baixas, estão se dispersando, e já não se comunicam tão
livremente como antes, o que sob o ponto de vista militar são bons resultados,
uma vez que já não conseguem agir tão livremente e conseguir seus objetivos tão
facilmente como vinha ocorrendo”, explicou o contra-almirante americano. “Mas
isso não significa que esse grupo terrorista de jihadistas islâmicos passaram a
representar uma ameaça menor ou que eles não estejam, aqui e ali, conseguindo
tomar e manter território. Ninguém disse que seria fácil ou rápido neutralizar
esse grupo e ninguém deve se iludir com um falso sentido de segurança com tais
ataques aéreos precisos e eficientes. Não cairemos nessa e não bombardearemos o
grupo no escuro”, acrescentou o militar.
“Temos afirmado de forma
enfática e repetitiva que apenas os ataques aéreos não derrotarão ou destruirão
o ISIS”, destaca Kirby. “Esta vai ser uma longa luta e precisamos urgentemente
de um senso de paciência estratégica no uso de toda a nossa força, assim como
melhorar a eficiência das operações de solo levadas a cabo pelas forças armadas
do Iraque e do Curdistão iraquiano e sírio”.
Kiby prosseguiu sua explicação
esclarecendo que "este grupo terrorista vai se adaptar e que nós teremos
que nos adaptar junto com ele, uma vez que aos ataques aéreos somente não serão
capazes de erradicá-lo da região. A coisa não funciona dessa maneira. Ataques
aéreos servem essencialmente para enfraquecer a capacidade de luta do inimigo
ao destruírem seus armazéns, arsenais, depósitos de combustíveis, campos de
treinamento, quartéis e postos avançados. No entanto, a eliminação completa do
grupo vai depender, quer queira ou não a Casa Branca, de operações de solo
eficientes e bem planejadas, caso contrário o inimigo sempre se reorganizará
para voltar a atuar”.
“Temos sido bem honestos
quanto ao fato de que a ação militar por si, até agora, não conseguirá seus
objetivos, o que não deve ser interpretado como uma admissão de falta de
eficiência, e um dos modos pelo qual sabemos que estamos tendo sucesso com ela
é precisamente porque os terroristas têm mudado suas táticas e experimentado
muito maiores dificuldades em estabelecer sua comunicação com seu comando e
controle", completou Kirby.
Título e Texto: Francisco
Vianna, (da mídia internacional), 2-10-2014
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