Rui A.
Como pretende Alexis Tsipras
resolver o problema do buraco financeiro em que o seu país se encontra? Através
de um conjunto de medidas que apontam, todas elas e o seu conjunto, para o
abismo inevitável: nacionalizar a banca, centralizar o controlo dos preços e
sacar o dinheiro dos «ricos», para que eles lhe paguem os seus disparates. Ora,
se Tsipras fosse um pouco mais culto e menos fanático – a confirmarem-se estas
promessas, obviamente –, ele saberia da História que nada disto funciona e que
resulta, inevitavelmente, no exacto contrário do que é suposto ele pretender.
Sobre a nacionalização da banca, por exemplo, poderá analisar os resultados do
que aconteceu em Portugal a partir de 1975, quando, nesse ano, se entregaram ao
«povo» bancos pujantes, para que os mesmos fossem devolvidos aos seus
anteriores proprietários, alguns anos mais tarde, completamente falidos.
Sobre
o controlo centralizado dos preços, há um sem fim de exemplos históricos das
consequências do disparate: bastará ir às economias planificadas do bloco
soviético do século XX, ou, se preferir aprofundar as origens da coisa, ao
«máximo» jacobino da Revolução Francesa.
Por último, quanto a aprisionar os
ricos e as suas fortunas, ele que ponha os olho no que o «son ami» Hollande
conseguiu com uma graça parecida com essa. Não tem de se esforçar muito, o
camarada Tsipras, para perceber o enredo de disparates onde está metido e onde
pretende meter o seu país.
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