domingo, 25 de setembro de 2016

Os genoveses e o bíblico Batista

José Manuel

Cristóvão Colombo, nascido em Gênova e navegador por profissão, tentou sensibilizar genoveses e portugueses a financiar as suas viagens. Os primeiros não se interessaram pois a recessão à época era forte por aquelas bandas, e os segundos já estavam em execução de grandes esquadras com destino à globalização. Os reis de Castela então, viram em Colombo a grande oportunidade de passar a perna nos seus vizinhos ibéricos e, apostando todas as suas riquezas, lançaram-no ao mar rumo a oeste, como ele afirmava que chegaria às índias ocidentais.
Em parte deu certo, e em uma de suas tentativas acabou aportando no continente americano em 12 de outubro de 1492, mas de índias mesmo só as caraíbas e depois as astecas, toltecas, peles vermelhas etc.

Cinco séculos e alguns anos depois, um outro navegador extra profissão, também nascido em Gênova com nome que remete a laticínio também ofereceu os seus serviços a um partido político suspeito e começou a navegar em águas turvas rumo ao desconhecido, mas de final previsível. Por anos navegou entre o mar da Fazenda, a enseada do Planejamento, o oceano da Petrobras e as águas calmas do BNDES, mas sempre cercado de marujos nada confiáveis e a mando de seus armadores mal-intencionados, que fizeram a maior armação no país durante treze anos.

Finalmente, após onze anos de navegação à deriva e no escuro, no último dia 22 de setembro de 2016, mostraram ao genovês o porto de Curitiba para o qual foi empurrado por vento forte, tendo entretanto que aguardar ordem para aportar, após receber notícias de uma tempestade que se avizinhava.

A tormenta inexorável pode afundá-lo de vez e provavelmente, após navegar em diversos mares de lama, irá encontrar no fundo abissal, no lodo profundo, a carcaça de um avião da Varig, o qual ajudou a afundar.

Um dos marujos, em quem confiou a sua navegação, com antecedentes de informações privilegiadas e acostumado aos bons ventos que o embalavam desde criança, tinha como herança as minas e a energia da Viúva no qual nasceu, se criou e se apoderou. Esperto, muito esperto, tinha o apelido nada convencional de X-tudo pois batizava os seus negócios com a letra X, talvez pela influência cristã de sua descendência bíblica, quem sabe?

Além de sua herança pouco convencional, transitava com facilidade pelas páginas da Forbes, como um marujo bilionário, iludindo até peles vermelhas e caraíbas, que acreditaram nele.

Mas, o currículo de brilho irradiante do ouro dos tolos, e o vislumbre de novas negociatas a futuro, o Genovês foi acreditando e dando cada vez mais velas ao marujo considerado brilhante empreendedor.

Um dos melhores mares em que navegava com maestria, eram as águas calmas do Bndes, que por um triz não foi batizado de Bndex, posto que este se assenhoreava cada vez mais de suas águas plácidas e públicas.

A sorte dos nativos daquele país-continente, em que se passa esta história, foi que o cacique-mor de Curitiba não era como o seu colega asteca Montezuma, não caiu no conto do vigário das inúmeras X-trapalhadas, transformou o X-tudo em X-nove e, colocou o Genovês e a marujada toda a ferros, a bem da nação. 
Título e Texto: José Manuel, a tragicomédia política vai se repetindo por mares sem fim, 25-9-2016

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