sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

[Aparecido rasga o verbo] A vergonha dos assaltos em transportes coletivos

Aparecido Raimundo de Souza

PERGUNTAS:
Como resolver esse problema nos ônibus? Teria jeito de pôr fim à bandidagem?

RESPOSTAS:
As indagações acima são fáceis de responder. Qual seria a solução viável, imediatista e legítima para frear tamanhas disparidades? Em virtude da poderosa endemicidade que criou forma de maneira irrefreável (e aqui podemos, infelizmente, rotular de trágica e crônica), só existe, a nosso ver, uma saída concreta na qual necessitaríamos nos agarrar de unhas e dentes. Num primeiro momento, seria necessário que nossos representantes da segurança pública colocassem policiais militares dentro dos coletivos. Policiais  fardados. Disfarçados de passageiros, de vendedores de picolés, ou de cachorros com distintivos da guarnição, não resolveriam  a pendenga.

Entendemos que a presença constante e maciça desses servidores da ordem, inibiria, com certeza, os vagabundos que se acostumaram a pular as roletas e, pior, a assaltar e saquear os passageiros ou a lhes tirar o bem maior, a vida. Seria criada, em torno disso, uma espécie segura de atmosfera de medo ao inverso, ou seja, veríamos, num repente, o oposto dos fatos. O quadro que hoje nos amedronta, nos aterroriza, teria outra convergência na cabeça dos mundanos. Assim como os rios correm para o mar, esses meliantes (que hoje surgem do nada, refinados e donos de si) pensariam mil vezes antes de se aventurarem a meter os pés pelas mãos.



Num segundo momento, daremos como certo, alguns imbecis sob a égide desfigurada da imbecilidade galopante questionarão: mas a Polícia Militar não dispõe de um efetivo robusto e temeroso para preencher esse sonho utópico. Impossível realizar tal proeza. Vamos, então, em busca de outra alternativa, o chamado e conhecido “plano b”.  Nesse caso qual seria o “plano b”?

Para o impacto ser perfeito, o exército entraria em cena.  Sem mais delongas. Desse modo nos ônibus, em horário de rush (para quem não sabe o que é horário de rush, é o mesmo que horário de ponta, ou horário de pico) uma dupla com fuzis e metralhadoras, mudaria toda a situação. Na mesma teoria, em sistema de rodízio, cidadãos da marinha e, depois, da aeronáutica, substituiriam no mesmo trabalho de lavanderia.

Cada dia, ou cada semana, ou mês, uma dupla dessas instituições que apregoam “viver para nos defender” sairiam das coxias e se colocariam em posições de vistos e notados. Duvido que algum bandido se atrevesse a assaltar ou a pular as roletas, ou, ainda, no contra factual dos casos, a tentar qualquer artimanha como válvula de escape para não perder a viagem. Em outro olhar menos deformado, eu seria mico de circo, se essa rapaziada sem educação (que usa aparelhos celulares se aventurasse a viajar com aquelas músicas nojentas e asquerosas em volume acima do normal, melodias que nem o capeta suportaria ouvir) não debandasse em busca de outros terreiros. 


Para essa criança nascer forte e robustecida, se faria necessário que tivéssemos antes de qualquer coisa, autoridades consideradas competentes. As alcunhadas de “acima de quaisquer suspeitas”, sobretudo que honrassem os colhões no meio das pernas, que agissem como HOMEMS DE VERDADE COM AGÁS MAIÚSCULOS, e não balançassem os rabinhos, como cachorrinhos de madames, ou vaquinhas de presépios. Certamente, essas poucas vergonhas, essas canalhices ficariam, de vez, esquecidas nos cafundós do passado.

Raciocinem comigo senhoras e senhores.  Temos uma chusma de parasitas, aquartelados, Brasil afora, comendo e bebendo às nossas expensas, fazendo treinamentos. Treinamentos para quê? Sabemos que o mundo é controlado pelos Estados Unidos. São eles que ditam as ordens.  Se o sujeito, que tem sob seus cuidados, a vigia da maleta preta, acordar de mau humor, lá no meio das cuecas de Obama (porque a mulher dele não liberou a racha cheirando a perfume importado) resolver apertar o botão vermelho, o planeta inteiro irá se esborrachar em questão de segundos como se vítima de uma hecatombe. Por assim, o exército, a marinha e a aeronáutica servem para que? Entendo, em face de minha púlvia  inteligência,  exclusivamente se favorecerem esses órgãos  no sentido de ocuparem terrenos opíparos e lautos, tornando-os literalmente improdutivos. Nessas terras a se perderem de horizontes, poderiam ser construídas casas populares para pobres de baixa renda. Acabaríamos com a pobreza. Quem sabe as favelas, de roldão, deixassem de existir.  Até prova em contrário, esse trio de supostos guardiões da Nação não vai além de figuras de enfeite ornamentando as fuças de toda uma legião de abestalhados com falsas promessas de vigilância vinte e quatro horas em nossas fronteiras, para que, segundo eles, não fiquem desguarnecidas. Balela. Conversa mole.

Proliferam em nossos limites (acobertados, inclusive por quem deveria coibir esses tipos de crimes hediondos) todos os tipos conhecidos de contrabandos e descaminhos, ora entrando ora saindo do território brasileiro. As patrulhas  guardiãs fazem vistas grossas. O país está na verdade, à deriva, desviado da sua rota normal, sem rumo certo, ao sabor de quadrilhas internacionais que agem sem nenhum tipo de constrangimento. É emergencial deixar claro, as três forças existentes exército, marinha, aeronáutica, nos assessoram unicamente para que nossos filhos percam um ano inteiro trabalhando (trabalhando??!!) para um bando de pilantras da pior espécie. Uma súcia de malandros que não fazem porra nenhuma, a não ser viver como “burrocratas” encastelados atrás de belas mesas, lustrando cadeiras com suas bundas gordas, assinando memorandos, discutindo fotos de mulheres peladas de revistas nos moldes da norte-americana Playboy. A utilidade, pois, das forças armadas se constitui em resumo, num único particular: tirar do seio familiar nossos rebentos, em nome da defesa nacional de uma pátria despatriada, coberta por gangues e seviciadas por politicagens de cunhos internacionais.

Em vista disso, uma sugestão para os ilustres e pufridos fazedores de leis idiotas lá de Brasília, criadores de preceitos vazios, fomentadores de prescrições lésbicas e divorciadas da nossa realidade. Igual norte, lequeadas para os ispélicos prefeitos, para os putibundos governadores, e, claro, para o nosso querido e fuscólico presidente dessa republiqueta esdrúxula, ou outra “artoridade” aqui não mencionada, mas que se enquadre de alguma forma, se a carapuça lhe servir de cabresto. Se faz necessária uma reforma urgente em nossos ordenamentos jurídicos. É preciso por termo, de uma vez, com essas leis macias, brandas, que não fazem outra coisa a não ser favorecer a meia dúzia de larápios de colarinhos brancos.

Enquanto isso não ocorre, meus amados e amadas, coloquemos essa galera de “vadios entre parênteses” nos coletivos. O povo não aguenta mais viver esse estado de intranquilidade (quando menciono o povo, falo evidentemente de quem trabalha para ganhar o pão de cada dia). Não faço referencia aos pilantras que mamam e não só boqueteiam, vegetam, de cu pra cima, as expensas dos nossos bolsos e do nosso suor.  Se não der certo, essa teoria, ai sim, partiremos para o tudo ou nada.

E o que seria, nessa altura do campeonato, o tudo ou nada?  ARMAR O POVO. Prover o cidadão de bem, cumpridor de seus deveres,  com paus, pedras, revólveres, bolinhas de gude, garrafas, facas, garfos, pás, picaretas, estilingues, vergonha, sobretudo vergonha e coragem. Sem esses ingredientes, vergonha e coragem, os Manés da vida poderão ter um arsenal à disposição, entretanto, sem a vergonha atrelada a coragem, melhor sair de cena a francesa. Por falar nisso, a maioria dos brasileiros gosta de sair de fininho, de mansinho, calado, sem ser visto. O resto que se exploda.

Resumindo: pintou na área um assalto, puladores de roletas, infelizes com celulares em volume de agressão aos tímpanos, arregaçando nossos escutadores de novelas com aquelas infâmias vindas dos infernos, pau na cachola neles. Se tivermos a iniciativa de mandarmos esses sujeitos darem um passeio de ambulância até o hospital mais próximo, ou, dependendo do caso, oferecer uma passagem só de ida para encontrar Deus mais cedo, estaremos vencendo a bandidagem terrorista e apocalítica que nos inferniza a paz e a tranquilidade de espírito.

Quando o famigerado Zé Povinho acordar para esse estado de direito que é seu, com certeza, nenhum menor infrator (ou menor sem vergonha, safado) se atreverá a entrar num coletivo para perturbar a ordem de quem vem ou está indo para o trabalho. Eles, os vagabundos como um todo, pensarão mil vezes. Além do que, acabaremos com a ideia sédica da impunidade. Impunidade, por estas bandas, virou moda, se transformou em sinônimo de canalhice.   O Brasil, visto de fora, pelos povos mais civilizados e de primeiro, mundo, riem da nossa desgraça. Sabem que somos, sem duvida alguma, o país da eterna e indomável IMPUNIDADE.

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Título, Imagem e Texto: Aparecido Raimundo de Souza, 63 anos, jornalista, da Praça da Sé, Centro de São Paulo, 16-12-2016

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