sexta-feira, 6 de julho de 2018

Passos Coelho é a Alternativa

Mauro Oliveira Pires

Vasco Pulido Valente, em entrevista ao Expresso, aborda um tema tremendamente interessante que tenho já desenvolvido aqui e que pessoas mais perto do meu círculo de leitores e amigos mais atentos já conhecem: Passos é o futuro do PSD. É um tema que não largo pela importância em questão da pessoa, Pedro Passos Coelho é tratado pela esquerda caviar e muita gente da “direita”, como se fosse mais um, ou aquele palito que se perdeu na palha que a cor é tão próxima que ninguém consegue mergulhar em tamanha carneirada de palha.


Mas, lá está! Passos não é igual à “manada”, foi tão diferente, irreverente e com um pensamento estruturado para o futuro do País que ninguém lhe perdoa tal indelicadeza de não fazer parte da família Oligarca Socialista vigente. Ser diferente em Portugal paga-se com isso, inveja, jogadas de bastidores, traição e falsos sorrisos. A facada final a Passos foi a mistura disso tudo e tão concentrada que o veneno se virou contra o feiticeiro.

O veneno, esse, as tais facadas, viraram-se contra Rio, se o PSD de Passos estava “amorfo”, “acabado” e o de Rio iria trazer os tais ventos de esperança, saiu talvez dos maiores flops de sempre desde Santana e Marcelo.

Rio não tem carisma, não faz oposição a Costa que é mais fácil do que se imagina, pois, para além de tamanhas calinadas gramaticais do Primeiro Ministro, digno de um ser mais recôndito e estranho lugar do planeta, Rio tinha ainda dados orçamentais que este Governo inverteu toda a sua estratégia desde o início da sua governação, Centeno cativou em vez de gastar, Centeno elaborou a mais restrita mão de ferro desde Salazar nas Finanças em 1928, Centeno controla todos os outros ministros e Centeno faz o que precisamente Vitor Gaspar fazia em anos de Troika, mas que Costa rejeitou absolutamente nas eleições de 2015 e com o apoio público que deu ao Syriza.

Tudo isto porque a direita em comunicação, em arranjos conjuntos e Marketing vale, como se diz na Amadora, BOLA! Por oposição a este PSD, ou PS II, como queiram chamar, o PSD de Passos Coelho tinha capital político quer se gostasse ou não, tinha o símbolo da resistência e garantia de independência face aos interesses, tinha o capital da credibilidade de ter salvo o País da pior crise financeira de sempre e que muitos hoje falam pouco, mal e como se tivesse sido fácil gerir com pinças um País de aventais e parasitas no poder.

Por isso, não são Sebastianismos, não é falar mal por falar, não é fazer de Maya e elaborar previsões da volta de Passos, é simplesmente constatar o óbvio, a “direita” é socialista, a “direita” não é a alternativa, porque não tem discurso, é politicamente correta, é enfadonha e pobre de espírito. Pobres ainda mais são os seus eleitores por não terem em quem votar.

Passos agregava os votos dos Liberais, alguns do centro, do CDS e até dos votantes do PS do Norte, tudo porque:” Ele até me retirou o subsídio de natal, mas levou o barco para onde quis, ou seja para bom porto“. Todos subestimaram o efeito da sua saída, até gozaram, hoje é o que se vê, um PSD a caminho de Alcácer Quibir (Obrigado, Vasco!).

A estratégia de Costa é tornar-se absoluto no poder no plano interno da governação. Depois da passagem a Primeiro-Ministro, Costa quer enfrentar Marcelo ou substituir-lhe. Este é o medo de Marcelo. Este devia ser o medo de todos nós, perpetuar o poder a um homem perigoso, de mentalidade ainda mais perigosa que só pensa no seu ENORME ego. É pena que o PSD deitou fora o único que o derrotou, sim, derrotou, Passos derrotou António Costa por mais geometrias e matemáticas que façam.

Para terminar. Se repararem, meus caros, Catarina Martins tinha ataques de gritos semanais, diários ou até à noite com Passos, a Jerónimo até lhe cresciam mais rugas com tanta mão e punho ao ar contra Passos. Já com Rio, esse para eles é uma Jarra e não falam dele, e quando falam são uns minutos. Um líder quando incomoda é porque tem valor e, como veem, Passos tinha-o.

E não, Passos não é passado, Passos é o futuro, é liberal, acredita na liberdade individual, e também é pragmático, porque sabe que num país com mais de 40 anos de socialismo a cassete não se muda assim, Portugal é um caso à parte da Europa como sempre foi, e não é agora que deixaria de ser tanto para o lado positivo como para o negativo. Não vamos encontrar outro assim, a não ser que conheçam alguém anti-sistémico e liberal ao mesmo tempo com dotes carismáticos pelo meio. Apontem-me se faz favor, é que não encontro.
Título, Imagem e Texto: Mauro Oliveira Pires, Portugal Gate, 5-7-2018

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