Marcos Machado
Não é necessário ter “bola de cristal” ou pertencer aos altos círculos dos conciliábulos políticos ou financeiros para concluir que a atual palavra de ordem das esquerdas brasileiras é criar a confusão.
Após 13 anos amordaçando o
Brasil autêntico pelas mãos pouco limpas do lulopetismo, a esquerda foi
finalmente desbancada do poder com o impeachment de Dilma
Rousseff em 2016, o qual foi uma consequência direta das monumentais
manifestações populares iniciadas em 2013. Diante do irrevogável “tchau
querida”, a esquerda não pode senão seguir o conselho dos revolucionários e
das hostes de satanás de todos os tempos: criem e espalhem a confusão,
turvando as águas e favorecendo as pescarias suspeitas.
Velha tática comunista: a
confusão
Essa tática da esquerda não é
nova. Muitos inimigos da Igreja e da Civilização Cristã têm-na utilizado ao
longo dos séculos. Com ligeiras atualizações, reproduzo uma penetrante análise
do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira mostrando que a confusão é tática comunista.
Numa situação de inferioridade — como aquela em que se encontra hoje o petismo
—, a palavra de ordem é: criar a confusão.
“Eu vou fazer uma confusão!
Vou fazer todas as pessoas pensarem em outras coisas, dizerem outras coisas,
cogitarem de outros assuntos, brigarem entre si por outras causas, esquecendo
um pouco as razões [que nos levaram ao impeachment, esquecer os crimes do
petismo] e criar um pandemônio tal que ninguém se entenda […]. Para quem não
vence, a confusão é o melhor meio. Porque aí, dentro da confusão, leva a
conseguir o que não conseguiria normalmente por uma votação honesta”.
Nosso contra-jogo é denunciar a
confusão
O nosso contra-jogo é este:
denunciar a confusão.
“Tudo quanto está
acontecendo não é senão uma confusão, que conduz a tornar instáveis
todas as instituições, tornar precária a solidez de todas as
organizações, e facilitar a hora em que uma chacoalhada derrube o prédio que já
está rachado”.
Está descrita a tática da
esquerda brasileira nestes últimos meses, e nada indica que ela tenha outra
arma a utilizar para tentar retomar as rédeas do País.
Está descrito também o nosso
contra-jogo: saiamos a campo e denunciemos a tática petista da confusão — que
visa provocar o desânimo, o cansaço e a perda da esperança no futuro do Brasil.
Vamos recordar, pois, os
grandes males que o petismo causou ao Brasil.
“Animar, esse dever urgente”
Com esse título, escrevia
Plinio Corrêa de Oliveira um artigo na “Folha de S. Paulo”, mostrando que “a
luta contra esse pessimismo gratuito [lançado pela tática da confusão] deve ser
um dos empenhos mais contínuos dos que reagem contra o comunismo; porque dissipar
as trevas do desânimo me parece um dos principais deveres do momento”.
E quais seriam, então, as
razões de esperança para nós, brasileiros, diante de tanta confusão? A primeira
e mais importante é que todo brasileiro tem a cognição de que este
ainda será um grande País!
Por sua extensão territorial,
pelas riquezas naturais com que o dotou a Providência, pelas riquezas de alma
de nosso povo — uma rara e feliz combinação de intuição, universalidade e
bondade —, o Brasil ainda será um grande País.
Edificar o novo Brasil é o
grande desafio desta geração que se levantou contra o despotismo de governos
esquerdistas.
Petismo é fundamentalmente
antibrasileiro
Porque esquerdista, o petismo
leva em seu bojo uma acentuada nota antibrasileira. Se não fosse a ação do
clero de esquerda e de elementos de projeção na CNBB, o petismo jamais teria
alcançado o poder no Brasil. Confessaram-no Frei Betto e o próprio Lula, ao
afirmarem que os líderes da esquerda atual saíram das sacristias. Revolvam-se
os arquivos dos jornais e encontraremos Dom Claudio Hummes nas greves do ABC. E
também outros bispos esquerdistas promotores da invasão de propriedades
particulares.
Enquanto o brasileiro é dado à
cordialidade, à bondade e à compreensão, o petismo, pelo contrário, é
rebarbativo, prega a invasão, acirra a luta de classes.
Quantos antigos terroristas
pertencem aos quadros do PT? Algum deles já fez o mea culpa?
Portanto, querer impor aos
brasileiros a mentalidade petista é atentar gravemente contra a alma nacional,
é atentar contra os fundamentos cristãos de nossa nacionalidade.
Petismo atenta contra os
fundamentos da nacionalidade
Podemos classificar os crimes
petistas em três graus:
·
Em nível individual: desvios de verbas,
propinas, enriquecimentos ilícitos, vários militantes condenados pela Justiça
brasileira.
· Mais recentemente começam a sair a público os
desvios financeiros em nível internacional. O bem documentado
artigo de Aiuri Rebello no site da UOL (1-6-18), sob o título “Brasil
fez manobras irregulares para emprestar dinheiro com desconto para outros
países” — melhor diríamos: “Manobras irregulares do PT para
favorecer Cuba, Venezuela e países africanos de esquerda” —, mostra
como os 13 anos do governo PT depauperam os cofres brasileiros em favor da
esquerda nas Américas e na África.
·
Mais grave e mais profunda nos parece ser a ação
do petismo enquanto destruidor da alma brasileira, em outras
palavras, destruidor da honra, do brio, da nossa reputação no concerto das
nações.
Concluindo
Os fatos mostram que a tática
atual da esquerda é criar a confusão.
O fruto da confusão é desanimar
a reação conservadora que sai às ruas.
Nosso contra-jogo é denunciar
a tática da confusão e animar a reação conservadora, recordar as
potencialidades do Brasil e nossa missão providencial: ainda seremos um
grande País.
Para isso nos ajudem a Divina
Providência e Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil.
Título, Imagem e Texto: Marcos Machado, ABIM,
6-7-2018
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