Peter Rosenfeld
Em meu artigo da semana passada, fiz referência à atuação e às diatribes do atual Ministro do Trabalho,
Sr. Carlos Lupi.
Sinto-me no dever de, esta
semana, fazer do assunto o único tópico de meu texto, pois o Sr. Lupi continua
sendo a figura patética, além de mentirosa e vil, membro do primeiro escalão do
governo da Presidente Rousseff.
Deveria ter sido ejetado logo
que surgiram as denúncias! A Sra. Rousseff está aplicando em seu governo o
princípio da presunção de inocência, aplicável na ministração da justiça mas
que nada tem a ver com administração pública.
Já fez isso antes, com outros
ministros e, com isso, protelou a solução de um problema durante várias semanas,
em que o governo foi “torpedeado” de todos os lados; um desgaste absolutamente
desnecessário.
Agora repete esse
procedimento, com a nação estarrecida; ninguém entende a razão disso,
tratando-se de alguém como o Sr.Lupi.
Vamos a um dedo de história.
O Ministério do Trabalho foi
criado no primeiro governo de Getúlio Vargas, em 26.11.1930, com o nome de
Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio.
O primeiro titular foi o Sr.
Lindolfo Collor, que ocupou o cargo até 1932, sendo seguido pelo Sr. Joaquim M.
Salgado Filho, aí já tendo a designação de Ministério do Trabalho e da
Previdência Social.
NB: O Sr. Fernando Collor de Mello
é neto do Sr. Lindolfo Collor que, vale mencionar, era gaúcho.
Foram muitos os Ministros que
ocuparam o cargo e várias as designações do Ministério, mas sempre foi uma
pasta importante, eis que trata dos interesses de toda a classe trabalhadora e
é a pasta que cuida, em todos os sentidos, dos sindicatos.
Como é natural, houve muitos
ministros extremamente fracos, assim como houve outros extremamente atuantes e
eficientes. Sempre foi uma pasta de grande peso político, como é fácil de
compreender, pois mexe com a vida e os interesses dos trabalhadores.
Tivemos ministros decentes,
assim como tivemos corruptos; alguns foram independentes em relação aos
sindicatos e ao movimento sindical em geral, enquanto outros foram verdadeiros
“capachos” dos sindicatos e, posteriormente, das federações e confederações de
trabalhadores.
Penso que se pode dizer, sem
medo de errar, que sindicatos, federações e, mais tarde, confederações de
trabalhadores sempre cuidaram mais dos interesses de seus dirigentes do que dos
interesses dos trabalhadores.
Tenho certeza absoluta, porém,
que nenhum ministro do trabalho (as minúsculas são propositais) foi tão baixo,
tão sórdido, tão pouco cumpridor de suas obrigações como o atual!
E tão mentiroso...
É patético vê-lo e ouví-lo em
suas manifestações e declarações. O simples fato de ter que gritar, aliás,
berrar, já anuncia que está mentindo (como em sua patética e ridícula
declaração de amor à Presidente da República, no plenário de uma Comissão da
Câmara dos Deputados).
O Sr. Lupi teve uma origem
simples e, possivelmente humilde, mas isso não deslustra ninguém, muito antes
pelo contrário.
Só que sua formação não
acompanhou seu crescimento biológico, além de, ao que parece, ter criado uma
nuvem que lhe impede de ver e entender as coisas como elas são...
Da mesma forma, não tem a
menor noção do ridículo. Se tivesse, não teria feito a declaração de amor a que
já me referi.
Creio que ninguém neste Brasil
entende (e aprova) a atitude da Senhora Rousseff, mantendo o Sr. Lupi no
Ministério.
Será que é medo de perder a
ampla, muito larga maioria que o Governo tem no Congresso? Creio que, de
qualquer maneira, a maioria é tão grande que excede, de muito, a bancada do PDT!
E, se fosse esse o caso; será
que vale a pena, para o Governo, passar pelo vexame que está passando, perder o
sincero respeito da população e, talvez, o de muitos congressistas?
Respeito verdadeiro, sincero,
não está à venda! Ao contrário, há que conquistá-lo, e isso às vezes não se
consegue de um momento para outro!
Como mencionei em um de meus
escritos, já há algum tempo, apoiei o Sr. Leonel Brizola uma única vez, e essa
foi quando resolveu criar e comandar a Campanha da Legalidade, em 1961, para
garantir a posse do Sr. João Goulart na Presidência da República quando da
renúncia do Sr. Janio Quadros.
Mas acompanhei bastante sua
vida política. Por tê-lo feito, penso não estar errando quando afirmo que o Sr.
Brizola certamente não apoiaria o comportamento e as atitudes do Sr. Lupi.
Já o teria ejetado do PDT há
muito tempo!
Não entendo a razão de os atuais
pedetistas não o fazerem!
Texto: Peter Wilm Rosenfeld, Porto Alegre
(RS), 16 de novembro de 2011
ET: O PDT do Maranhão informa
que não pagou o avião fretado para transportar o Sr. Lupi no Estado! E agora, José?
Mais uma mentira para se somar às muitas anteriores! Será que, desta vez, a
Sra. Presidente ejeta o Ministro mentiroso?
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