quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Ministério do Trabalho: quando ocorrerá a ejeção do titular?


Peter Rosenfeld
Em meu artigo da semana passada, fiz referência à atuação e às diatribes do atual Ministro do Trabalho, Sr. Carlos Lupi.
Sinto-me no dever de, esta semana, fazer do assunto o único tópico de meu texto, pois o Sr. Lupi continua sendo a figura patética, além de mentirosa e vil, membro do primeiro escalão do governo da Presidente Rousseff.

Deveria ter sido ejetado logo que surgiram as denúncias! A Sra. Rousseff está aplicando em seu governo o princípio da presunção de inocência, aplicável na ministração da justiça mas que nada tem a ver com administração pública.
Já fez isso antes, com outros ministros e, com isso, protelou a solução de um problema durante várias semanas, em que o governo foi “torpedeado” de todos os lados; um desgaste absolutamente desnecessário.
Agora repete esse procedimento, com a nação estarrecida; ninguém entende a razão disso, tratando-se de alguém como o Sr.Lupi.
Vamos a um dedo de história.
O Ministério do Trabalho foi criado no primeiro governo de Getúlio Vargas, em 26.11.1930, com o nome de Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio.
O primeiro titular foi o Sr. Lindolfo Collor, que ocupou o cargo até 1932, sendo seguido pelo Sr. Joaquim M. Salgado Filho, aí já tendo a designação de Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
NB: O Sr. Fernando Collor de Mello é neto do Sr. Lindolfo Collor que, vale mencionar, era gaúcho.
Foram muitos os Ministros que ocuparam o cargo e várias as designações do Ministério, mas sempre foi uma pasta importante, eis que trata dos interesses de toda a classe trabalhadora e é a pasta que cuida, em todos os sentidos, dos sindicatos.

Como é natural, houve muitos ministros extremamente fracos, assim como houve outros extremamente atuantes e eficientes. Sempre foi uma pasta de grande peso político, como é fácil de compreender, pois mexe com a vida e os interesses dos trabalhadores.
Tivemos ministros decentes, assim como tivemos corruptos; alguns foram independentes em relação aos sindicatos e ao movimento sindical em geral, enquanto outros foram verdadeiros “capachos” dos sindicatos e, posteriormente, das federações e confederações de trabalhadores.
Penso que se pode dizer, sem medo de errar, que sindicatos, federações e, mais tarde, confederações de trabalhadores sempre cuidaram mais dos interesses de seus dirigentes do que dos interesses dos trabalhadores.
Tenho certeza absoluta, porém, que nenhum ministro do trabalho (as minúsculas são propositais) foi tão baixo, tão sórdido, tão pouco cumpridor de suas obrigações como o atual!
E tão mentiroso...
É patético vê-lo e ouví-lo em suas manifestações e declarações. O simples fato de ter que gritar, aliás, berrar, já anuncia que está mentindo (como em sua patética e ridícula declaração de amor à Presidente da República, no plenário de uma Comissão da Câmara dos Deputados).
O Sr. Lupi teve uma origem simples e, possivelmente humilde, mas isso não deslustra ninguém, muito antes pelo contrário.
Só que sua formação não acompanhou seu crescimento biológico, além de, ao que parece, ter criado uma nuvem que lhe impede de ver e entender as coisas como elas são...
Da mesma forma, não tem a menor noção do ridículo. Se tivesse, não teria feito a declaração de amor a que já me referi.
Creio que ninguém neste Brasil entende (e aprova) a atitude da Senhora Rousseff, mantendo o Sr. Lupi no Ministério.
Será que é medo de perder a ampla, muito larga maioria que o Governo tem no Congresso? Creio que, de qualquer maneira, a maioria é tão grande que excede, de muito, a bancada do PDT!
E, se fosse esse o caso; será que vale a pena, para o Governo, passar pelo vexame que está passando, perder o sincero respeito da população e, talvez, o de muitos congressistas?
Respeito verdadeiro, sincero, não está à venda! Ao contrário, há que conquistá-lo, e isso às vezes não se consegue de um momento para outro!
Como mencionei em um de meus escritos, já há algum tempo, apoiei o Sr. Leonel Brizola uma única vez, e essa foi quando resolveu criar e comandar a Campanha da Legalidade, em 1961, para garantir a posse do Sr. João Goulart na Presidência da República quando da renúncia do Sr. Janio Quadros.
Mas acompanhei bastante sua vida política. Por tê-lo feito, penso não estar errando quando afirmo que o Sr. Brizola certamente não apoiaria o comportamento e as atitudes do Sr. Lupi.
Já o teria ejetado do PDT há muito tempo!
Não entendo a razão de os atuais pedetistas não o fazerem!
Texto: Peter Wilm Rosenfeld, Porto Alegre (RS), 16 de novembro de 2011
ET: O PDT do Maranhão informa que não pagou o avião fretado para transportar o Sr. Lupi no Estado! E agora, José? Mais uma mentira para se somar às muitas anteriores! Será que, desta vez, a Sra. Presidente ejeta o Ministro mentiroso? 
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