Uma constituição despedaçada e jogada no lixo pelo STF

Geraldo Almendra

A decisão do STF sobre a validade das cotas nas universidades, nas suas diversas formas, mais uma vez sinaliza para a sociedade o papel deste Tribunal Superior como um agente de interesses políticos sub-reptícios e não como um agente de uma melhor formatação jurídica para o país, que respeite, ao proferir suas decisões, normas constitucionais que devem ser interpretadas quando necessário, mas nunca alteradas na sua essência normativa ou jurídica.

Na prática o Brasil está criando gradualmente uma nova Constituição gestada dentro do STF sem que seja necessário convocar uma Constituinte com a compulsória participação da sociedade.

Os togados do STF já ultrapassaram seus limites de poder e estão legislando não respeitando os interesses maiores do país, mas os interesses maiores do projeto de poder espúrio do PT.

O STF nas suas decisões finge respeitar a Constituição, mas, na verdade, e principalmente, durante os desgovernos do PT, reinterpreta seus artigos atendendo os interesses maiores do poder Executivo que já transformou os outros poderes em lacais de suas decisões políticas.

No momento que o STF decide que todos NÂO são mais iguais perante a lei podemos esperar qualquer coisa desse Tribunal Superior que tem, decisivamente, com suas decisões, contribuído para que um Regime Fascista Civil comandado pelo Poder Executivo esteja assumindo o comando do país.

A blindagem descarada ou disfarçada da turma comprometida com a máfia da corrupção – gang dos quarenta entre outros – e o papel de cúmplice qualificado do mais sórdido político da história do país já desqualificou o STF como órgão da cúpula do Poder Judiciário responsável pela guarda da Constituição.

As cotas universitárias são o resultado da falência da educação no país e mais uma das vergonhosas medidas da cesta do assistencialismo comprador de votos para o PT.

O resultado relevante da imposição de cotas será degradação do ensino universitário nas universidades públicas que já estão deixando de ter um ensino de qualidade para serem transformadas em centros de propaganda ideológica do petismo e formadoras de agentes com “formação” universitária para estruturar a retaguarda acadêmica do petismo e consolidar o aparelhamento do Estado.

Que ninguém se iluda com a CPI do Carlinhos Cachoeira, pois todos os “poderosos” e os que tiverem imunidade parlamentar, a semelhança da gang do mensalão, ficarão com seus processos de “milhares de páginas” adormecidos nas gavetas do STF por alguns anos para continuar fazendo a sociedade de idiota e imbecil com a expectativa de que os figurões da corrupção sejam punidos.

Assim como Marcos Valério, Carlinhos Cachoeira tem em seus arquivos guardados no exterior munição suficiente para provar o envolvimento de muitos políticos, assim como de togados bandidos ou bandidos vestidos de togados, em atividades ilícitas.

E assim continuamos a assistir com cara de paisagem nosso país afundar sem retorno no mar da degeneração moral e da degeneração da justiça com a preciosa ajuda de Tribunais Superiores (STF e STJ) agora com a suspeição publicada em um blog jornalístico de que os grampos autorizados pela Justiça indicam além de “novos” políticos o envolvimento de quatro togados do STF e onze do STJ com a máfia da corrupção.

O apodrecimento dos poderes da República parece exigir o mais complexo “abafa” da história da corrupção do país. Talvez falte dinheiro no caixa dois do PT, ou outros artifícios do submundo da corrupção, para continuar remunerando a proteção, ou protegendo o silêncio e a cumplicidade dos arquivos vivos.

Título e Texto: Geraldo Almendra, 04-05-2012

 

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Enviado por Jorge Cunha