
As padarias e os armazéns com
os caderninhos de anotações das compras mensais realizados pelos moradores do
bairro foram totalmente substituídos pelos supermercados e shopping centers, onde
nada é anotado e os pagamentos antes realizados no final do mês, com papel-moeda
ou cheques, foram substituídos pelos imediatos, com cartões de crédito que os
parcelam em várias prestações.
Surgiu o Twist, o Rock’roll,
Chuck Berry, Little Richard, Elvis Presley, os Beatles, os Rolling Stones, os
Bee Gees, os Carpenters e junto deles, as longas cabeleiras masculinas, as
calças justas, as bocas-de-sino, as minissaias femininas e muitas outras
diferenças. O festival de Woodstock foi um marco temporal, do início da prática
de sexo sem preconceitos ou compromissos e de cenas públicas de nudismo.
Em todos os setores essa
geração sobreviveu a milhares de erros, acertos, tropeços e recomeços, tanto
político-ideológicos como emocionais. Foi nela que se iniciou o uso de drogas
como maconha, LSD, heroína e cocaína, mas também foi nesse período que se
criaram as melhores músicas e os melhores livros.
Além dos já mencionados, os
cantores que ouviam eram Elis Regina, Tom Jobim e Vinícius de Morais; Aretha
Franklin, Carole King, Creedence Clearwater Revival, Elton John, James Taylor,
Janis Joplin, Joan Baez, Joe Cocker, John Lennon, Paul McCartney, Ray Charles,
Santana, Simon & Garfunkel, Stevie Wonder, Tina Turner e muitos mais que
poderiam ser aqui citados.
Os livros que leram foram de
Carlos Drummond de Andrade, Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, Jorge Amado,
Machado de Assis e Mario de Andrade; Antoine de Saint-Exupéry, Ernest
Hemingway, Gabriel García Márquez, George Orwell, Harold Robbins, Hermann
Hesse, Irving Wallace, Kahlil Gibran, Mario Vargas Llosa, Pablo Neruda, Richard
Bach e muitos outros tão importantes e competentes quanto.
Uma safra de músicos e autores
dessa qualidade jamais havia sido reunida em uma única geração.
O homem pisou na lua e depois
disso muitas viagens interplanetárias exploratórias – tripuladas ou não – foram
realizadas e a quantidade de satélites de comunicação que atualmente contornam
o planeta terra é tão grande que já preocupa os cientistas.
As separações matrimoniais
antes praticamente inexistentes tornaram-se muito comuns. Os livros, filmes e
programas de televisão falam e mostram cenas inimagináveis em décadas
anteriores, quando as preferências sexuais e o homossexualismo não eram
discutidos sequer privadamente.
No início da década de noventa
foram vendidos no Brasil os primeiros computadores de mesa, os PC’s, e só por
volta de 1994 surgiram aqueles com 512 MB de HD – poderosos e raros -, mas
atualmente os notebooks mais comuns utilizam HDs com um ou dois Terabytes de
capacidade e as crianças praticamente “nascem” brincando com equipamentos –
como os DVD’s portáteis –, bem mais potentes que os computadores daquela
década.
Muitas coisas poderiam ter
sido realizadas de outra forma, como a violência que foi utilizada em diversas
oportunidades e países ou a – na maioria das vezes – desnecessária destruição
do meio ambiente, mas no geral, essa geração foi a que mais gerou progressos
científicos, tecnológicos e na produção de alimentos.
A geração hoje sexagenária foi a que mais contribuiu para a evolução da
humanidade.
Título, Imagem e Texto: João Bosco Leal, 04-10-2013
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