Sob uma intensa comoção
nacional, Israel procedeu aos funerais e ao sepultamento dos três estudantes
adolescentes judeus assassinados na Cisjordânia por membros da organização
terrorista palestina HAMAS, depois de terem sido sequestrados há cerca de uma semana.
Francisco Vianna
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Milhares de pessoas e todas as autoridades israelenses presentes ao funeral dos três adolescentes assassinados depois de raptados por membros do HAMAS na Cisjordânia |
Os corpos dos rapazes jazem
juntos na cidade de Modiin, no centro de Israel e a meio caminho entre
Jerusalém e Tel Aviv, conforme concordaram suas famílias.
Uma multidão, estimada pela
polícia, como sendo de cerca de cinquenta mil pessoas e provindas de todo o
território israelense, participou da cerimônia de alto grau de solenidade em
que o Primeiro-Ministro do país, Benjamim Netanyahu, definiu como “dia de luto
nacional”.
Após as cerimônias privadas de
suas famílias nas residências dos três moços assassinados, na cerimônia pública
no cemitério da pequena cidade, pode-se ver a presença de toda a liderança
israelense, desde o Presidente da República, Shimon Peres, ao recém-eleito
Reuvén Rivlin, além dos ministros do governo e até os dois rabinos-chefes de
Israel.
Netanyahu foi contundente ao
declarar: “Um abismo moral nos separa de nossos inimigos”, com uma voz
carregada de emoção e com lágrimas que não procurava conter ou disfarçar. “Eles
celebram a morte, enquanto nós celebramos a vida. Eles exaltam a crueldade e
nós a piedade”, referindo-se assim aos responsáveis pelo triplo sequestro
seguido de homicídio. “Esta diferença é a base da nossa força”, destacou o
Primeiro-Ministro.
O Presidente Peres fez questão
de dizer que “o terrorismo é como um bumerangue, que agora nos atinge, mas que
logo se voltará contra quem o usou”, como se estivesse prometendo caçar às
últimas consequências os assassinos.
O Ministro da Defesa, Moshé
Yaalón, referindo-se ao HAMAS, disse que “Eyal, Gil-Ad e Naftali foram
sequestrados e assassinados apenas pelo fato de serem judeus por um punhado de
covardes da pior espécie e que não devem estar vivendo. Foram mortos a sangue
frio, sem qualquer chance de defesa, por aqueles que defraudam a bandeira de
uma guerra de desgaste diária contra o povo judeu”.
Após o emocionante funeral,
Netanyahu convocou de novo seu gabinete para continuar debatendo sobre as
possíveis represálias de Israel e que poderão oscilar entre ações menores de
castigo a até uma nova ofensiva contra a Faixa de Gaza, com o fim de retomar
esse pequeno território praiano onde se aloja a liderança do HAMAS.
Uma coisa parece certa,
enquanto perdurar a situação atual, é de se esperar que novos atentados como
esse voltem a acontecer contra a população civil israelense e talvez o Knesset
se veja na situação de ter que considerar a retomada militar da Faixa de Gaza,
o que faria com que houvesse milhares de presos representados basicamente pela
população da cidade de Gaza.
Netanyahu explicou que sua
prioridade de governo, agora, tem três metas: “encontrar os assassinos e todos
os que participaram direta ou indiretamente do sequestro, dar um golpe no HAMAS
que o torne amplamente inoperante, mesmo que isso envolva um grande castigo à
população de Gaza”. “Quem quer que esteja envolvido com o sequestro e
subsequente assassinato dos rapazes pagará por isso e sofrerá suas severas
consequências. Não descansaremos nem abandonaremos esse objetivo antes que
tenhamos capturado o último desses facínoras, esteja onde estiver escondido.
Nós os encontraremos, pois é nosso dever primeiro e haveremos de
cumpri-lo", prometeu.
“Vamos enfraquecer o HAMAS na
Cisjordânia e em Gaza nem que para isso tenhamos que fazer uma guerra total e
capturar toda a população palestina para saber quais dessas pessoas querem
realmente viver em paz conosco e quais a que não querem, para que possamos dar
um sumiço a estas ou lançá-las à masmorra e dar fim a essa indústria de
foguetes de Gaza financiada pelo Irã e possivelmente Síria e pelo grupo
terrorista libanês Hezbollah. Estenderemos a operação militar até ao ponto em
que isso for exigido para conseguirmos o nosso objetivo”.
O Ministro da Defesa disse
ainda que “Israel, até hoje, nunca tomou a iniciativa da guerra e sempre se
defendeu, vencendo, todavia, todas as guerras. O fato se repete e a guerra já
foi declarada. Cabe a nós vencê-la de novo e de tal maneira que os palestinos
definitivamente não queiram voltar de novo a essa degradante aventura”.
Título e Texto: Francisco Vianna, (da mídia
internacional), 03-07-2014
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