Foi a 28 de junho de 1892 que
Lisboa viu ser inaugurado o Ascensor da Bica, o
terceiro do seu tipo construído na capital. É composto por duas carruagens,
cada uma com três compartimentos desnivelados e de acesso independente, com
capacidade para transportar 23 passageiros, (9 sentados e 14 em pé).
O Ascensor da Bica difere dos
seus congéneres
pela maior proximidade ao rio Tejo e pelos atributos cénicos da zona onde se
loclaliza. O trajeto começa num prédio setecentista próximo do Cais de Sodré
(no ponto onde a rua de São Paulo se cruza com a Rua da Bica de Duarte Belo),
para enfrentar uma íngreme encosta até ao Largo do Calhariz, na entrada do
Bairro Alto.
A curta viagem proporciona uma
vista ímpar sobre o rio, ao mesmo tempo que atravessa um bairro de
características populares e tipicamente lisboetas.
Projetado pelo engenheiro
português, nascido no Porto, Raoul Mesnier de Ponsard, o Ascensor da Bica funcionava inicialmente com máquinas
a vapor, tendo sido eletrificado já no século XX, corria o ano de 1916. No
entanto, nesse mesmo ano, um grave acidente acabaria por ditar a paragem
prolongada do ascensor. Durante os trabalhos de assentamento de um dos carros
sobre os carris, os travões terão falhado e o ascensor precipitou-se pela
calina, despedaçando-se de encontro à estação da Rua de São Paulo. Esteve
parado até 1927.
De regresso às subidas e descidas que lhe dão vida, o Ascensor tem continuado a fazer a sua história na capital, continuando a ser, até hoje, uma das principais atrações turísticas da cidade, a par dos Elevadores de Santa Justa, da Glória e do Lavra.
Fonte: Via Lx, nº 6
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