Valdemar Habitzreuter
O time de futebol do
Corinthians exerce uma grande paixão no coração de muita gente Brasil afora. A
palavra corinthians, e o que ela representa, aloja-se na consciência e
subconsciência do torcedor apaixonado, pelas gloriosas conquistas do time; e o
grito de guerra “vai corintian!” ecoa com força nos estádios de futebol, sempre
que o time entra em campo... Nada mais entusiasmante!
Além das conquistas gloriosas,
o torcedor corintiano navega em mar de contentamento com a nova casa que
ganhou: o Itaquerão. Ganhou? Está meio confusa essa história... Sabe-se que a
construtora foi a Odebrecht e a obra foi orçamentada em 820 milhões de reais,
mas foram gastos a ‘bagatela’ de 1 bilhão de 200 milhões, dinheiro proveniente
dos cofres públicos – do BNDES, principalmente. Quando a obra foi oficializada
em 2010 o presidente da República ainda era o Lula concluindo seu último
mandato. Odebrecht e Lula, como se sabe, estão na mira da Lava-Jato.
Talvez, quando os podres do
BNDES eclodirem, saberemos a real dimensão da história da construção da arena
corintiana e seu eventual propinoduto enchendo os bolsos de corruptos; e a
dívida pendente junto ao banco, ao final, como sempre, será paga pelo contribuinte
brasileiro.
Mas, por ora, deixemos essas
controvérsias para as autoridades da Lava Jato – nossa fiel balança da justiça
- que, cedo ou tarde, darão uma cabal descrição dos fatos (que seja em power
point mesmo!) à sociedade brasileira e os ilícitos praticados sejam devidamente
reparados pelos transgressores.
Como estava dizendo, nada mais
entusiasmante um torcedor vibrando e incentivando seu time; e o torcedor
corintiano dá uma lição nesse sentido com seu ‘vai corintian’... E vimos, ao
longo da História brasileira, presidentes da República proclamarem-se
apaixonados torcedores..., não se sabe se por interesse por popularidade ou se
realmente curtiam o futebol.
Lula foi um deles, e seu time
preferido é o Corinthians. Fez até parte como conselheiro da diretoria do time,
mas nunca, ou pouco, compareceu às reuniões. Aliás, os apaixonados corintianos
já o descartam como leal torcedor - mais embromador que torcedor como também
soi acontecer em sua vida política.
Mas, parece que Lula teve
grande influência a que a obra do Itaquerão [foto] saísse do papel com os milhões de
empréstimo conseguidos do BNDES - um banco para o desenvolvimento social, e
financiar arenas esportivas foi uma prioridade (prioridade social?) face à realização
da copa do mundo no país, em detrimento de prioridades sociais mais urgentes.
Em todos os casos, o torcedor
corintiano está de parabéns pelo Itaquerão e que saiba torcer com dignidade
para o seu time, em clima de paz e amor no coração, combatendo a violência de
muitos marginais que se infiltram nas hostes dos verdadeiros torcedores. Que o
brado ‘vai corintian!’ seja um grito de paz e amor pelo Corinthians...
Em tempo: há uma cidade na
Grécia chamada Corinto – nada a ver, é claro, com com o time paulista - onde
também os coríntios torciam por algo vibrante: pela vitória da paz entre os
irmãos; e seu líder foi nada menos que o grande Saulo, ou Paulo, o místico, que
liderava a torcida advertindo e encorajando os torcedores pela conquista da
realização do amor entre eles. Vejam só seu brado de campeão:
“O Amor é paciente, é
benigno; o Amor não é invejoso, não trata com leviandade, não se ensoberbece,
não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não
suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo
tolera, tudo crê, tudo espera e tudo suporta. O Amor nunca falha...”
É o amor que nos empurra para
a vitória em todos os campos da vida!
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter e Heitor Volkart, 10.10-2016
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