Naquela década e nas décadas seguintes
era muito bem comentado. Estou me referindo ao Adegão Português, que (ainda)
fica no Campo de São Cristóvão. Atualmente tem duas filiais, no Rio Design
Barra e em Ipanema.
Poucas vezes, talvez umas três, fui ao
Adegão Português, em São Cristóvão, nas décadas de 70, 80 e 90. Uma vez por
década 😉. Mantinha uma imagem na minha mente de um
restaurante muito bom e farto, talvez um pouco caro. (Conceito subjetivo,
defendo).
Mas, mais tarde, nos primeiros anos da
década de 2000 fui várias vezes a São Cristóvão, e uma vez ao Rio Design.
Lembro de ter comentado com a demoiselle
que então me acompanhava que este, o da Barra, não era tão bom quanto o de São
Cristóvão.
E sempre que fomos ao Adegão, tanto
quem me acompanhava e eu, éramos ‘unânimes’ na tecelagem de elogios.
Pois então, na véspera do feriado de
1º de novembro, quando perguntado onde queria jantar, observado que o casal que
me acompanharia já se encontrava na vizinhança do Campo de São Cristóvão,
sugeri com entusiasmo e salivando: Adegão Português!
E fomos, o casal VG e ER e este
‘comilão’, ao Adegão Português de São Cristóvão. A expectativa era grande, como
já perceberam.
Adentramos no restaurante, por volta
das 20h, véspera de feriado. No
salão do restaurante um casal cliente.
Pedi, de entrada, dois bolinhos de
bacalhau, um para ER e um para mim. Estavam bons.
Como prato principal, VG pediu salmão
grelhado, e ER, filé de linguado com molho de camarão. Eu, arroz de polvo.
O garçom, minutos depois, regressou
informando que não havia polvo.
Então, olhando para o cardápio, com
‘trocentos’ pratos de bacalhau, encomendei um bacalhau à lagareiro.
Eis como o restaurante publicita esse
prato no seu site:
Os pratos à lagareiro (polvo,
bacalhau...) chegam à mesa nadando em azeite: “É servido regado com azeite
quente, onde deverão ter sido alourados alhos e pequenos pedaços de cebola.
Como acompanhamento, são utilizadas as batatas a murro”. O arroz com brócolis é
invenção, mas até aí tudo bem!
O meu prato chegou.
Intragável. Salgado demais. Não deu
para continuar. Chamei o garçom e comuniquei-lhe o que estava acontecendo. Ele
recolheu o prato. Voltou pouco depois concordando comigo. E informando que
iriam refazer o prato, mas com outra posta de bacalhau, habitualmente reservada
para outro prato de bacalhau... (se não estou enganado seria o "bacalhau à Zé do Pipo") etc. Concordei. Não sou uma pessoa conflituosa,
longe disso.
Enfim, concluindo: o salmão de VG
estava, na minha visão, um pouco grelhado demais, perdendo assim a maciez. ER
tampouco se extasiou com a sua escolha. E o meu bacalhau à lagareiro,
confeccionado com uma posta habitualmente reservada para outro prato, não
deixou lembranças.
Se lá voltarei? Se convidado, sim.
Afinal, de graça, até injeção na testa.
PS: Enquanto lá estivemos não entrou
nenhum cliente.
Anteriores:
Infelizmente hoje em dia não se come bem em nenhum lugar do Rio. Caro e muita pilantragem fazem parte dos cardápios
ResponderExcluirEstou aguardando para comer bem. EM PORTUGAL!
José Manuel da Rocha da Costa
O Adegão de São Cristóvão sempre foi considerado um excelente restaurante, conheço desde da década de 60 e não sabia que estava decadente...
ResponderExcluirO dono sempre estava presente na recepção, sempre preocupado com o atendimento. O que aconteceu é que abriu duas filiais, no Rio Design Barra e outra Ipanema e as duas são ruins.
Uma pena!!
Eliana Arantes