Ana Paula Henkel
Furando o bloqueio contra o politicamente correto
Quem participa do debate público nas
redes sociais sabe que parte do tempo é gasto lidando com gente que, muitas
vezes escondida pelo anonimato de perfis falsos, xinga, grita e dá chilique
achando que com isso vai intimidar. No meu caso, é muito raro passar um dia sem
ler “e as cubanas?”, como se lembrar daquela semifinal que abriu caminho para a
histórica medalha de bronze olímpica em Atlanta fosse motivo de constrangimento
e não de orgulho para qualquer atleta daquela geração.
Claro que competi para vencer e
adoraria ter conquistado o ouro naquele ano, como entre outras tantas realizações
que superaram os sonhos mais inimagináveis quando saí de Lavras para ganhar o
mundo pelo esporte. Tenho uma vida hoje repleta dessas realizações, planos
futuros e expectativas de trabalho entre Brasil e EUA. Nesta semana que se
comemora o do Dia de Ação de Graças aqui na América, sei que tenho muito a
agradecer. E uma das sortes que eu tive, com certeza, foi não ter nascido e ser
uma refém da ditadura cubana.
Todos esses pensamentos, emoções e
lembranças vieram à tona nestes últimos dias quando nosso presidente eleito
condicionou a continuação do programa Mais Médicos, vejam vocês, a que os
agentes de saúde cubanos passem por um teste de validação, o mesmo que
brasileiros formados no exterior têm que passar, que possam trazer suas
famílias e que possam ficar com seus salários. Cuba não aceitou. Lendo alguns
artigos e matérias da imprensa brasileira sobre o assunto, ficamos com a
impressão de que o Brasil está caminhando para virar uma ditadura porque o
próximo governo não quer ser sócio e patrocinador de uma ditadura brutal. Faz
sentido? Só para os desonestos que continuam empurrando narrativas vazias para
um debate sério.
Posso dar meu testemunho pessoal de
quem conviveu com as atletas cubanas. Sei o que ouvi delas sobre Fidel Castro
se apropriar de suas premiações, da falta dos itens mais básicos para consumo,
de como várias vezes compramos pasta de dente, sabonete e remédios para elas,
produtos que depois eram levados para Cuba escondidos para não serem
confiscados. Por mais competitivo que fosse o clima, não tive como não me
emocionar quando ouvi de uma bicampeã olímpica que ela trocaria tudo, todos os
seus títulos e medalhas, pela oportunidade de poder viver fora de Cuba com sua
família, longe daquela ditadura horrorosa, daquela miséria absoluta num país
que já foi um dos mais ricos e desenvolvidos do continente.
Sei que é óbvio, mas não custa
lembrar: os elogios das atletas cubanas aos ditadores e ao regime para a
imprensa durante as competições não eram espontâneos, evidentemente. Todas
viviam sob a mais alta pressão e sabiam das consequências para elas e seus familiares
se ousassem fazer qualquer crítica pública. Eram declarações tão verdadeiras
quanto o sorriso da torcida norte-coreana nas coreografias robóticas exibidas
nos Jogos Olímpicos de Inverno deste ano em Pyeongchang. Tenho calafrios só de
pensar na vida daquelas pessoas tão sorridentes.
Você não precisa confiar no meu
depoimento sobre Cuba se não quiser. Se você ainda não conhece, vale a pena dar
uma olhada no blog da jovem cubana naturalizada brasileira Zoe Martínez, seus
vídeos são muito esclarecedores sobre o que é viver na ilha dos Castro, dito
por quem nasceu e viveu lá e hoje, morando no Brasil, pode dizer a você com
todas as letras, sem medo de represálias, o que parte da imprensa não conta,
quer você seja agente de saúde, atleta ou apenas um cidadão comum que teve o
infortúnio de nascer por lá sob o regime atual.
Não há dúvidas de que há regiões no
Brasil desassistidas em tudo e a presença destes agentes de saúde pode, caso
não prescrevam tratamentos equivocados, ser melhor que nada, mas um erro não
justifica o outro. A incompetência do país de prover condições de atendimento
médico para a população mais necessitada não pode servir de pretexto para o
envio de bilhões de reais para uma ditadura sanguinária e genocida, usando
seres humanos como mulas. É preciso que tenhamos uma grande discussão nacional
sobre como levar atendimento médico a todos e ela começa com o envolvimento dos
profissionais de saúde do Brasil, os mais qualificados para liderar o debate e
propor soluções viáveis e eficientes.
A histeria atual que cerca tudo em
relação ao nome de Bolsonaro e que critica tudo e todos apenas pela mesquinhez
de vencer o debate precisa ser combatida. O próximo governo precisará de apoio
e também de críticas construtivas, o buraco negro em que o PT nos colocou com
anos de desgoverno é devastador e não temos tempo a perder. Torço para que o
próximo governo enfrente as grandes e complexas questões que envolvem a saúde
pública com o devido respeito e seriedade, sem o sequestro por agendas
políticas inconfessáveis.
Regla Bell, Mireya Luis e Magaly
Carbajal, entre outras, foram ícones do vôlei da minha geração, ganharam tudo,
mas nunca tiveram nada. Duvido que qualquer um criado numa democracia tenha
inveja das dificuldades que enfrentaram na vida. Elas são exemplos de
superação, talento e força, representaram Cuba brilhantemente e todas as nossas
eventuais desavenças daquela época foram mais que superadas. Tive o prazer de
encontrar Mireya nas Olimpíadas de Atenas em 2004 e no Rio em 2016. Almoçamos e
relembramos a eterna rivalidade que fez parte de nossas vidas e de tantos fãs
do vôlei brasileiro e mundial. Entre uma risada e outra (e algumas lágrimas de
ambas) ouvi, mais uma vez, o testemunho de que muito pouco havia mudado para os
atletas na ilha da família Castro, e que muitos que foram jogar na Europa
pediram asilo político e simplesmente não voltaram.
Quem vê os recentes vídeos nas redes
sociais de médicos cubanos relatando como o programa Mais Médicos é injusto
para eles, não pode se abster da honestidade nesse debate apenas por não gostar
de Jair Bolsonaro. A eleição do novo presidente desnudou não apenas a demagogia
e a hipocrisia de muitos que se diziam a favor da liberdade (mas que agora
mostram seus verdadeiros esqueletos no armário), mas também como muito bem
escreveu o jornalista Alexandre Garcia em um de seus recentes textos: “a
oposição mais sutil não virá do PT, mas das castas e dos privilegiados que não
vão querer deixar de mamar no estado brasileiro”.
Quem via as atletas cubanas pela TV
não tinha como conhecer as histórias por trás de cada uma, do que tiveram que
passar para estar lá e como elas e suas famílias sofreram e sofrem. Quando me
perguntam, em desnecessário, agressivo e mesquinho tom de deboche “e as
cubanas?”, eu sinceramente, de coração, só espero que elas estejam bem.
Título e Texto: Ana Paula Henkel, O Estado de S. Paulo, 21-11-2018
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A miserável medicina comunista em Cuba é tão “boa” que quando o tirano Castro em 2006, quase morreu logo chamou um médico “capitalista” espanhol que salvou sua vida! O vice-ministro de Cuba, Abelardo Ramírez, viajou para França para se tratar de câncer gástrico! O chefe do Centro Médico-Querúrgico, melhor hospital de Havana só para a elite comunista, viajou para Inglaterra para operar os olhos! Rene Pérez, mulher do ex-presidente do banco nacional de Cuba fui se tratar na “capitalista” Miami nos Estados Unidos! É um vomito de mentiras que Cuba seria uma “potência medica” e ainda da “primeira qualidade”, mas todos os altos funcionários da tirania comunista de Castro, vão todos para se tratar no Ocidente “capitalista” que os próprios comunistas combatem e, o Ocidente degenerado recebe esses assassinos, em vez de mandá-los de volta em Cuba com sua “medicina avançada”! Medicina cubana, um mentiroso e perverso sucesso de marketing… e mais uma das graves mentiras desses esquerdopatas primitivos; médicos cubanos que são formados em 3 anos!!??Sendo que o primeiro ano inteiro é apenas voltado a doutrinação marxista e após mais dois de “Ciência”? Em dois anos no Brasil se consegue formar apenas Bons Técnicos de Enfermagem! Tão grande é a mentira do criminoso ditador da Dinastia Comunista de Castro sobre os “avanços” da miserável ilha na área médica que quando o próprio ditador nonagenário e geriátrico foi acometido de uma Peritonite (grave infecção intestinal) em Dez/2006, ele não foi salvo por sua medicina “avançada”; foi necessário que o Médico espanhol Dr.JoséLuis García Sabrido acompanhado de um Médico assistente seu, fossem a Cuba para salvar aquele sanguinário ditador. Assim cai por terra mais essa criminosa mentira comunista sobre a medicina cubana de blá, blá, blá, de mentiras do comunismo primitivo para enganar os Otários Bundófilos!
ResponderExcluirMais uma informação só para o gado babante esquerdopata que adora CUba, mas não tem culhões pra viver lá!
ResponderExcluirJuanita Castro, nascida em 1933 é a irmã de Fidel e Raul Castro, fugiu de Cuba em 1963! Alina Fernandez-Revuelta é a Filha de Fidel Castro e fugiu de Cuba em 1993, disfarçada de turista espanhola, usando uma peruca e um passaporte falso, e voou para a Espanha para fugir da tirania comunista em Cuba, não é apenas mais uma dissidente cubana — ela é a filha de Fidel Castro, hoje vive nos Estados Unidos. Canek Sánchez Guevara(1974-2015) Neto de Che Guevara! O próprio neto de Che, Canek Sánchez Guevara, não escapou da perseguição e preferiu fugir de Cuba. O NETO DE CHE GUEVARA - O cubano Canek Sanches, só pelo forte parentesco com Che é que ganhou o raro direito (privilégio) de entrar e sair da Ilha quando quisesse. Mesmo assim, declarou o seguinte; Não posso viver sob um governo que te diz o que tens que fazer, o que tens que comer, o que tens que pensar. Ele saiu de Cuba em 1995 e viveu no Mexico, onde morreu em 2015. Glenda Murillo Diaz, Filha do Viceprersidente de Cuba, Marino Murillo. A filha do vice-presidente de Cuba desertou para os Estados Unidos e vive agora em Tampa. Glenda Murillo Diaz, filha do vice-presidente cubano Marino Murillo fugiu de Cuba em16 de agosto de 2012”. Svetlana Iosifovna Alliluyeva- 1926-2011- Filha de Stalin. Gente, o comunismo é tão “bom”, que até a própria filha de Stalin, Svetlana, fugiu da miserável União Soviética em 1967, exato quando o comunismo soviético completava 50 anos!
Fidel Castro e Che Guevara não só lutaram pelo bloqueio econômico como o considerávam a principal razão da revolução de 1959. Che repetiu diversas vezes que o objetivo era “cortar todos os laços de Cuba com o capital internacional”. Em Argel, em 1965, ele disse que os países socialistas que estabelecerem relações com os capitalistas “são, de certo modo, cúmplices da exploração imperialista”. Por isso,”os países socialistas têm o dever moral De pôr fim à sua cumplicidade tácita com os países exploradores do Ocidente”. O "bloqueio" americano contra Cuba é vomito de estercorários esquerdopatas! Por acaso a Europa,Ásia, África, Austrália, América latina bloqueiam Cuba? Alem disso, Cuba importa 80% dos seus alimentos do “capitalismo” americano! Porque o Favelão Socialista Cuba, não é capaz de produzir nem comida para os cubanos! Cuba miserável a mais atrasada Republiqueta de Bananas da América Latina, junto com o Haiti, só produz Rum, Caharutos e Camisetas com a cara do Burguesão-Comuna-Caviar Che Guevara, metido a “revolucionário pobre”!