Resultado foi menos negativo em maio do que
em abril, mostra CNI
Kelly Oliveira
O desempenho da indústria foi
menos negativo em maio do que em abril deste ano, mostra Sondagem Industrial
divulgada hoje (19) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
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Foto: José Paulo Lacerda/CNI |
A pesquisa foi realizada entre
1º e 10 de junho com 1.859 empresas, sendo 724 pequenas, 663 médias e 472
grandes, e mostra que o pessimismo se reduziu de forma significativa neste mês,
e aparece de forma menos intensa e disseminada que nos meses de abril e maio
deste ano. Já a produção e o emprego sofreram novas quedas em maio, na
comparação com o mês anterior, ainda sob os efeitos da pandemia de covid-19.
Mas a queda é menor.
O índice de evolução da
produção subiu de 26 pontos em abril deste ano para 43,1 pontos em maio. O fato
de estar abaixo de 50 pontos indica queda, e quanto mais próximo de 50, menor e
menos disseminada é a queda. Nessa metodologia, o índice varia de 0 a 100. Só
há crescimento quando os dados aparecem acima de 50.
O número de empregados atingiu
42 pontos no mês passado, ante 38,2 pontos no mês anterior. A capacidade
instalada da indústria cresceu 6 pontos percentuais entre os meses de abril e
maio, alcançando 55%. Apesar do aumento, o percentual é o segundo menor para
toda a série histórica, iniciada em 2011, e se encontra 12 pontos percentuais
abaixo do nível registrado no mesmo período de 2019. O índice de evolução dos
estoques ficou em 46,2 pontos, indicando significativa redução dos estoques.
Segundo a CNI, a pesquisa
revela ainda que os empresários seguem projetando queda de demanda,
exportações, compras de matérias-primas e número de empregados nos próximos
seis meses. Mas o sentimento de forte pessimismo, observado nos dois meses
anteriores, diminuiu tanto em relação à sua disseminação quanto em intensidade.
Os setores de biocombustíveis,
produtos de limpeza, perfumaria e higiene pessoal, e produtos farmoquímicos e
farmacêuticos apresentaram aumento de produção em maio. Também são setores que
apresentaram evolução do número de empregados menos negativa que a dos demais e
Utilização da Capacidade Instalada (UCI) efetiva mais próxima ao usual.
No outro extremo, acrescenta a
CNI, os setores impressão e reprodução de gravações, couros e artefatos de
couro, calçados e suas partes, e vestuário e acessórios seguem com o pior
desempenho, com quedas mais acentuadas da produção e do número de empregados,
além de UCI efetiva distante do usual.
Título e Texto: Kelly
Oliveira; Edição: Graça Adjuto – Agência Brasil, 19-6-2020, 10h40
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