Magistrada criticou decisões do STF
Cristyan Costa
A juíza Ludmila Lins Grilo [foto], do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, pronunciou-se, depois de o Conselho Nacional de Justiça(CNJ) abrir uma investigação contra ela nesta quarta-feira, 21. Em entrevista à Revista Oeste, a magistrada disse que as “investidas” contra ela “já vêm há muito tempo”.
Segundo a juíza, um dia depois
do 7 de Setembro houve uma “inspeção surpresa” do CNJ na vara onde atua. A
magistrada tornou-se alvo do órgão por participar de atos supostamente
políticos e por divulgar canais do jornalista Allan dos Santos, na mira de um
inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Os alegados motivos da inspeção são mera repetição do que já havia sido inspecionado três meses antes pelo meu próprio tribunal, a quem eu já havia enviado todas as comprovações necessárias do meu trabalho”, disse. “O CNJ, mesmo já tendo conhecimento dos documentos que eu havia apresentado comprovando produtividade regular, promoveu espetacularização do caso.”
Conforme Ludmila, o
procedimento aberto pelo CNJ é praticamente o mesmo que, atualmente, tramita no
tribunal em que ela trabalha. Para a juíza, a “investida” coincide com o “ápice
dos conflitos naturais” por causa da eleição nacional”. “Não abordo assuntos
partidários, nem defendo ou faço ataques políticos de qualquer natureza”,
afirmou.
“Embora não gostem de ser apontados
como ‘sovietes’, o que ocorre é, rigorosamente, o mesmo que previa o artigo 58,
p. 11° do Código Penal Soviético de 1926, que criminalizava qualquer tipo de
amizade com inimigos do Regime como grande delito de Estado”, observou Ludmila
Lins Grilo.
Título e Texto: Cristyan Costa, Revista Oeste, 21-9-2022, 12h23
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