Lula, Ciro e Simone Tebet usam quase que exclusivamente o dinheiro dos pagadores de impostos para pagar a conta
Artur Piva
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil |
Oeste fez um
levantamento nos dados da Justiça Eleitoral e
verificou os gastos e as fontes de receitas das campanhas na disputa pela
Presidência da República. Lula já contratou quase R$ 52 milhões para usar e
reservou R$ 88 milhões do Fundo Eleitoral para a disputa de 2022.
Bolsonaro empenhou cerca de R$
15 milhões. A campanha do presidente à reeleição tem duas fontes de receitas:
R$ 10 milhões do Fundo Partidário e R$ 11 milhões de recursos privados,
conseguidos com doações. Até o momento, nenhum centavo reservado pelo chefe do
Executivo vem do Fundo Eleitoral, de acordo com os dados da Justiça
disponibilizados até esta segunda-feira, 19.
Simone Tebet (MDB) é a menos pesquisada no Google entre os quatro, apesar de ser a segunda colocada em gastos: R$ 33 milhões, praticamente. A campanha da emedebista é quase integralmente bancada pelo pagador de impostos. Do montante reservado para o custeio por ela, R$ 23 milhões vêm do Fundo Eleitoral, R$ 13 milhões do Fundo Partidário e apenas R$ 200 mil de recursos privados, doados pelo senador Tasso Jereissati (PSDB).
Ciro Gomes (PDT) é o terceiro
que mais gastou: R$ 24 milhões. Para pagar a conta, ele também conta com o
pagador de impostos, uma vez que reservou R$ 32 milhões do Fundo Eleitoral e R$
97 mil de fontes privadas.
Gastos com big
techs
As big techs aparecem
em posição de destaque entre os fornecedores nas eleições de 2022. Dessas
empresas, o Facebook tem o maior faturamento com os candidatos até o momento:
próximo de R$ 40 milhões. O segundo lugar é do Google: R$ 26 milhões,
aproximadamente.
Lula também libera nos gastos
com o Google: por volta de R$ 2 milhões. Simone Tebet gastou praticamente o
mesmo valor com o Facebook, ficando no topo de despesas com a empresa de Mark
Zuckerberg.
Simone lidera somando os
custos declarados com as duas empresas (R$ 2,7 milhões). Lula é o segundo
colocado, tendo apenas gastado com o Facebook. Ciro é o terceiro (R$ 1,4
milhão, juntando as companhias). Bolsonaro, novamente, teve o menor dispêndio:
cerca de R$ 540 mil totalmente destinados ao Google.
Título e Texto: Artur Piva,
Revista Oeste, 19-9-2022, 17h
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