Bolsonaro defendeu o diálogo pelo fim da guerra na Ucrânia
Andreia Verdélio
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Foto: Brendan McDermid/Reuters |

Em seu discurso, Bolsonaro
citou as obras do projeto de transposição do Rio São Francisco e a adoção de
novos marcos regulatórios, como o do saneamento básico, o das ferrovias e o do
gás natural. Além disso, falou sobre projetos que visam à melhoria do ambiente
de negócios, como a Lei de Liberdade Econômica e a Lei de Start-ups.
“A economia voltou a crescer.
A pobreza aumentou em todo o mundo sob o impacto da pandemia. No Brasil, ela já
começou a cair de forma acentuada. Os números falam por si só. A estimativa é
de que, no final de 2022, 4% das famílias brasileiras estejam vivendo abaixo da
linha da pobreza extrema. Em 2019, eram 5,1%. Isso representa uma queda de mais
de 20%”, disse.
O presidente também celebrou a queda no preço dos combustíveis e da energia elétrica. “Quero ressaltar que o custo da energia não caiu por causa de tabelamento de preços ou qualquer outro tipo de intervenção estatal. Foi resultado de uma política de racionalização de impostos formulada e implementada com o apoio do Congresso Nacional”, disse.
Em junho, foi sancionada a lei que prevê a incidência,
por uma única vez, do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)
sobre combustíveis, inclusive importados, energia elétrica, comunicações e
transportes coletivos.
Segundo Bolsonaro, diante
desse “esforço de modernização da economia brasileira”, o país está avançando
para o seu ingresso como membro pleno da Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Desenvolvimento sustentável
Ao falar sobre meio ambiente,
o presidente destacou a transição energética promovida pelo Brasil e os
crescentes investimentos na produção de energia limpa. “O Brasil começou sua
transição energética há quase meio século, em reação às crises do petróleo daquela
época. Hoje, temos uma indústria de biocombustíveis moderna e sustentável.
Indústria que contribui para a matriz energética mais limpa entre os países do
G20”, disse.
Segundo ele, o país tem
capacidade para ser um grande exportador mundial de energia limpa. “Contamos
com um excedente, já em construção, que pode chegar a mais de 100 gigawatts
entre biomassa, eólica terrestre e solar, além da oportunidade, ainda não
explorada, de eólicas marítimas de 700 gigawatts, com um dos menores custos de
produção do mundo. Essas fontes produzirão hidrogênio verde para exportação.
Parte desta energia 100% limpa abre a possibilidade de sermos fornecedores de
produtos industriais altamente competitivos, especialmente no Nordeste
brasileiro, com uma das menores pegadas de carbono do mundo”, destacou.
Conflitos internacionais
Para o presidente brasileiro,
a solução para o conflito na Ucrânia será alcançada pela negociação e pelo
diálogo. “Nas Nações Unidas e em outros foros, temos tentado evitar o bloqueio
dos canais de diálogo, causado pela polarização em torno do conflito. É nesse
sentido que somos contra o isolamento diplomático e econômico”, disse,
destacando sua preocupação com as consequências do conflito, como a alta nos
preços mundiais de alimentos, de combustíveis e de outros insumos.
“Esses impactos nos colocam a
todos na contramão dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Países que se
apresentavam como líderes da economia de baixo carbono agora passaram a usar
fontes sujas de energia. Isso configura um grave retrocesso para o meio
ambiente”, disse. “Apoiamos todos os esforços para reduzir os impactos
econômicos desta crise. Mas não acreditamos que o melhor caminho seja a adoção
de sanções unilaterais e seletivas, contrárias ao direito internacional. Essas medidas
têm prejudicado a retomada da economia e afetado direitos humanos de populações
vulneráveis, inclusive em países da própria Europa”, completou.
O presidente defendeu uma
reforma da ONU, especificamente do Conselho de Segurança. “Após 25 anos de
debates, está claro que precisamos buscar soluções inovadoras”, defendeu. No
biênio 2022-2023, o Brasil ocupa um assento não permanente na entidade.
Bolsonaro chegou na noite de
ontem (19) a Nova Iorque para o debate geral anual, ocasião em que líderes
mundiais se reúnem na sede da ONU para discutir questões globais. As sessões de
alto nível vão até a próxima segunda-feira (26).
Tradicionalmente, cabe ao
presidente do Brasil fazer o discurso de abertura da Assembleia Geral. O tema
deste ano do debate geral e da 77ª sessão da assembleia é “Um momento divisor
de águas: soluções transformadoras para desafios interligados”. Antes da sua
participação, Bolsonaro se reuniu com o secretário-geral da ONU, António
Guterres, e se encontrou com o presidente do Equador, Guillermo Lasso. Ainda na
agenda desta tarde, está uma videoconferência com empresários do setor de
supermercados. A previsão é que o presidente deixe Nova Iorque com destino a
Brasília no fim da tarde.
Título e Texto: Andreia
Verdélio; Edição: Fernando Fraga – Agência Brasil, 20-9-2022, 13h06
Discurso do Presidente Bolsonaro na ONU, 20 de setembro de 2022
Soraya pede ao TSE que Bolsonaro seja impedido de usar discurso na ONU em campanha
ResponderExcluirO Deputado Gabriel Mithá Ribeiro apoia Jair Bolsonaro. #CHEGA #gabrilmitha #jairbolsonaro #PorPortugalPelosPortugueses. Vejam o vídeo: https://fb.watch/fGBg0lzi-8/
ResponderExcluirMaria Ivone Rodrigues
Valeu! Obrigado pela participação!
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