Aparecido Raimundo de Souza
A paz nos renova, nos conforta, nos reanima. Faz com que todos vivamos em
sintonia meridiana com a Natureza. Cultivar a Natureza é agricultar (1) a graça
e hortar (2) a graça é ter a quietude e a mansidão para um trilhar e um
caminhar prósperos. Elevar o espírito à patamares nunca visitados nos acarreia
(3) para bem longe das intempéries, Por conseguinte, não deveríamos ser
prolixos, nem nos deixarmos vencer pelos muitos vícios que nos arrastam para o
buraco. O buraco, às vezes é raso. Em outras, nos deixa aprisionados e sem
volta. Precisamos acreditar piamente num amanhã melhor. Um porvir que revigora.
O simples acreditar, nos fortifica, nos consola e nos vitaliza por dentro. Sem mencionarmos o fato de que edificados por dentro, tudo se torna menos mal e proveitosamente mais saudável. Abonarmos de coração aberto e com Fé naquilo que está por vir, faz com que todas as coisas sejam possíveis e querençosas (4), aprazentes (5) e alcançáveis, bastando apenas que lutemos com perseverança e afinco, força de vontade irrestrita, e, sobretudo, obstinação incondicional. A teimosia (ou repetindo, a obstinação) e a contumácia, precisam ser esmeradas e literalmente obcecadas. O amor é por excelência, a ponte fixa e indestrutível que nos levará ao sucesso, que nos unirá ao futuro e, via igual, afastará de nossas vidas as horas más e repletas de melancolias.
Não existirá nada rotulado de “ruim” ou de “péssimo” para o nosso corpo,
se não quisermos, assim como não criará vida as perniciosidades, se estivermos
abertos somente para as “COISAS BOAS E AGRADÁVEIS”. As “COISAS BOAS E
AGRADÁVEIS” estão ao nosso redor, quase nos atropelando. Carecemos, sem mais
delongas, afastar o que nos tira o tino, a rota, a bússola, enfim, tudo que
atravanca e que, de alguma forma, direta ou indiretamente nos distancia do foco
e nos impede de agarrá-las pelos cabelos. As “COISAS BOAS E AGRADÁVEIS”
precisam, ou melhor, devem ser agarradas pelos cabelos.
Mesma linha, sem nós ou amarras, deveremos abrir agora, nesse momento,
todas as portas e escancararmos as janelas do mais profundo da alma para os
fluídos renovadores que vêm do espaço, objetivando que eles se acheguem e em
nós façam morada. A nossa alma é a morada do Pai Maior. É a segunda Casa do
Altíssimo. Para que tal milagre se faça concreto, basta unicamente que saibamos
destravar as Entradas do Universo pessoal que está presente em cada um de nós,
deixando que eles entrem e se espalhem e não só espalhem, ESPELHEM o que o Criador
de todas as coisas nos deu e continua nos ofertando de presente, de grado
vivificante, a cada novo amanhecer, sem nada, absolutamente nada, nos pedir em
troca.
Notas de rodapé:
1) Agricultar – Trabalhar com agricultura. No sentido do texto, cultivar
a graça.
2) Hortar – Lavrar a terra, preparando o chão para qualquer tipo de
plantação
3) Acarreia – Outro modo de dizer conduzir ou mostrar o caminho a ser
seguido.
4) Querençosas – Tudo aquilo que se torna benévolo, afetivo ou
benigno.
5) Aprazentes – Coisas agradáveis que deleitam ou satisfazem.
Título e Texto: Aparecido Raimundo de Souza, de Vila Velha no Espírito Santo, 16-9-2022
Anteriores:Fósforo queimado
Simplesmente a imensidão de estar aqui
Sobrevivência
Pela originalidade...
A amiga que se contenta com um simples toque de dedos
Tudo aconteceu no silêncio de um instante
Arcanjo renegado
Encrenqueiros
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não aceitamos/não publicamos comentários anônimos.
Se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-