Gustave Le Bon
O eleitor gosta que os seus
desejos e vaidades sejam adulados; há que dominá-lo pela lisonja mais
extravagante, não hesitar em lhe fazer as promessas mais fantásticas. Se for trabalhador,
não se deve nem insultar nem estigmatizar de mais os seus patrões.
Quanto ao candidato
adversário, devemos tentar esmagá-lo estabelecendo por afirmação, repetição e
contágio que ele é o último dos imbecis e que é sabido por todos que cometeu
vários crimes. É claramente inútil procurar qualquer aparência de prova.
Se o adversário sabe pouco
sobre a psicologia das massas, tentará se justificar com argumentos, em vez de
se limitar a responder a afirmações com outras afirmações; e nem terá, aliás,
qualquer hipótese de triunfar.
Título e Texto: Gustave Le
Bon, in “Psicologia das massas”, página144; Digitação: JP,
3-9-2024
“Depois de um tempo deixamos de saber de quem é a autoria da repetição e acabamos por acreditar nela”
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