sábado, 30 de novembro de 2013

O xadrez e suas peculiaridades...

Jonathas Filho
Como jogo, sua prática envolve táticas e estratégias para obter-se o famoso xeque-mate. Temos Rei, a Rainha e respectivos vassalos que são o Bispo, a Torre e o Cavalo. Os demais são apenas peões. “E peões são apenas peões, nada mais do que peões e mesmo que em número igual à totalidade dos outros, ali estão para servir na frente de batalha, contra outras peças... os oponentes, diria o nobre Bispo”.


Cada um tem um modo de andar e pensar diferente. Ouso dizer que tem comportamentos diferentes dentro de uma regra. Características à parte, nada impede de, numa licença poética, mostrar um drama que não é ficção, mas realidade pura. Trata-se de um jogo de xadrez no escuro e no silêncio. Confabulam os vassalos, numa tentativa de se criar uma nova situação que agrade um pouco aos peões mas que agrade sobremaneira, ao Rei e à Rainha.

As tratativas são inúmeras e a multiplicidade de assuntos demandam um tempo que até os cronometros se irritam. Expandem o tempo, tornando espaços vazios sem comentários de como pretendem resolver nesse tabuleiro a movimentação dessas outras peças, no caso, os peões.

Relincha o Cavalo mostrando seu ponto de vista mas “murcha as orelhas” ao se ver ostensivamente criticado pelo olhar do Bispo. A Torre balbucia, contorna, respira e entre um ehhh e um ãhnnn, não incorpora nada à estratégia. Os cronômetros tilintam e como já é tarde, deixam tais medidas para a semana que vem... para o bem de todos e felicidade geral do xadrez.

Os peões, por sua vez, sem voz nesse tabuleiro, ainda aspiram com o cheque “matador” e assim continuam na esperança, que esse tabuleiro que tem as casas divididas de forma igual, mas com cores diferentes, os induza a uma solução rápida, sem maiores “cercalourencismos”.

Mas é complicado esse tal de xadrez, depende muito do começo... dos meios e dos fins. Será que o fim justificará os meios? Tudo depende de interesses, vaidades, situações... Depende de conhecimento... e à boca pequena se dizia que uma das peças tinha um bom trânsito no tabuleiro, será? Não acredito, pois se tivesse... esse jogo de xadrez já teria tido o tão sonhado cheque que mataria a vontade dos peões em mais de 8 vezes.
E a Rainha... não fala nada... nada mesmo!
Aguardemos então, mais uma rodada... faz parte do jogo. Nesse jogo, 900 peças de raro valor já se perderam por tanto esperar… Esse jogo, de fato, é de matar.
Título e Texto: Jonathas Filho, não é enxadrista mas conhece bem essas “peças”... 30-11-2013

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