
Como muitos sabem, o teletipo era uma máquina de escrever Olivetti onde o operador escrevia um texto, que era gravado em fita perfurada; depois, ele colocava a fita, inseria o endereço do destinatário e a fita corria transmitindo o texto em alta velocidade! Na recepção da mensagem a fita também era rapidamente e automaticamente gravada (perfurada)!
Voltando ao assunto principal:
ao passar pelo DO, vi nas listas de apresentação que estava programado um
treinamento no DC-8 (PP-PDS) com os comandantes Pinto, Bungner e Geolar e
Segundo Oficial, FE e Navro dos quais não lembro o nome. Assim, fiquei
"ciscando"por ali!
Quando a tripulação chegou
para o treinamento, me apresentei ao Comandante Pinto, cumprimentei aquele
Comandante "fora de série", competente e companheiro de verdade
perguntando "se tinha lugar para mais um"! Como já tínhamos
conversado sobre aerodinâmica, voo à vela (ele ganhou campeonato voando
planador) e, anteriormente ele havia recomendado que eu fosse voar planador com
o seu filho Fernando Pinto, que era instrutor em Nova Iguaçu, prontamente
concordou que eu fosse de extra no voo de treinamento GIG/VCP/GIG! Foi
autorizado um passe extra, que dava direito à minha caixa de lanche!
Foi uma experiência
maravilhosa participar de um voo de treinamento com o melhor comandante e uma
das melhores tripulações de DC-8 da Varig! O Comandante Pinto me mostrou como
ocorria o "stickshake" quando a pesada aeronave entrava no envelope
de "stall"; fez perdas de sustentação e, imaginem vocês, acionou os
reversos das quatro turbinas a uma altitude de mais de 20 mil pés! O
interessante é que nas quatro perdas comandadas eu soltava o cinto e chegava a
flutuar no meio da cabine! Essa era a Varig que valia a pena conhecer, com
colegas maravilhosos, amigos como o Comandante Pinto e alguns poucos da sua linhagem!
Foi uma viagem inesquecível!
Anos depois, em outra
situação, assisti no cockpit o instrutor antipático e muito presunçoso dar um
soco no braço do seu aluno, que estava na esquerda, por ter atrasado a execução
de um comando dado por ele. Esse tipo de atitude do comandante-instrutor,
felizmente modificada pelas normas CRM, foi o que causou a tragédia de Tenerife,
pois o comandante da KLM não admitia "palpites" ou observações dos
colegas!
Título e Texto: Alberto José, 08-08-2014
Delenda est PT!
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