sábado, 3 de janeiro de 2015

"O impossível se faz já; só os milagres ficam para depois”...

Valdemar Habitzreuter
É interessante a postura simplista da ‘presidenta’ frente aos desafios que a realidade brasileira, mergulhada em graves problemas borbulhantes, exige. Simples assim: “o impossível se faz já; só os milagres ficam para depois”.

Parece que ela reconhece a situação caótica em que se encontra o país. Neste caso, o slogan do título faz jus ao que vai acontecer em 2015: os problemas irão persistir e mesmo se agravar, pois o impossível, sendo impossível, é irrealizável e muito menos “se faz já”. Há aí uma confissão velada de impotência por parte dela de colocar o país nos trilhos.  

Portanto, os compromissos que assumiu em seu discurso são simplesmente relatos de intenções para satisfazer aos fanáticos petistas e à base aliada que, numa atitude de puxa-saquismo – mesmo sem saco –, irromperam em aplausos.  

É triste sermos representados no Congresso Nacional pela maioria hipócrita, coadjuvantes que são da figura impotente que pretende transformar o Brasil para melhor. Um governante fraco, mesmo revestido do poder, na maioria das vezes não realiza nem o possível e, quiçá, o impossível. A ‘presidenta’ auto revestiu-se de impotência ao finalizar seu discurso de posse: “o impossível se faz já; só os milagres ficam para depois”.

Mas, isto não é novidade a todos nós. Os quatro anos anteriores comprovaram isto: o Brasil não avançou social e economicamente. Houve estagnação no governo anterior dela. E quando se fala em estagnação, fala-se de falta de progresso.

Ao longo de seu discurso de posse – por sinal bem elaborado – o aspecto da convicção ficou pairando no mundo da lua. Parecia que a ‘presidenta’ estava flutuando acima dos problemas do solo brasileiro, seus pés não estavam fincados no chão. Sua mente parecia divagar como se estivesse alheia ao conteúdo do pronunciamento. O discurso pareceu uma ‘decoreba’ de uma aluna do ensino fundamental.  

Conclusão: o discurso era dela de verdade? Ou algum mago marqueteiro a inspirou a balbuciar palavras flatus vocis cheias de bravatas para impressionar os incautos e deixar transparecer poder que lhe falta?  

Estamos no mato sem cachorro. Mais quatro anos de incertezas. Teria sido preferível a ‘presidenta’ ter adotado outro slogan: “Só milagres nos tirarão do caos, o impossível é irrealizável".
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 3-1-2015

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