quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Taxistas contra a Uber


QUIZ: O Oitavo Passageiro

Como se chama a gigantesca nave espacial onde decorre o enredo de Alien – o 8º Passageiro?


A – USS Enterprise
B – Nostromo
C – HAL 9000 
D – Millenium Falcon

Charada (366)


Quatro amigos estão no cinema.
Madalena está sentada ao lado
de Ricardo, e não ao lado de
Catarina. Se Catarina não está
sentada ao lado de Duarte, então 
QUEM está ao lado de Duarte?

Uma evidente violação da liberdade de expressão

Pedro Afonso
A decisão censória do governo francês está bem distante do sofrimento das pessoas e das angústias de uma mãe ao saber que o seu bebé tem trissomia 21. O vídeo “Querida futura mãe” não propaga mentiras

A 11 de Janeiro de 2015, como homenagem às vítimas dos atentados realizados ao semanário satírico Charlie Hebdo e do assalto a uma mercearia judaica em Paris, cerca de 50 chefes de Estado e de Governo desfilaram em silêncio em Paris. O Presidente francês, François Hollande quis desta forma mostrar ao mundo que a França repudiava o terrorismo e não admitia qualquer limitação à liberdade de expressão.

Curiosamente, foi o governo francês que há dias deu um sinal de absoluta contradição, na defesa deste direito inegociável, ao proibir um anúncio em que várias crianças com trissomia 21 explicam a uma futura mãe que não deve temer pelo facto de o seu filho, ainda por nascer, ter sido diagnosticado com essa anomalia.

Para assinalar o dia mundial da trissomia 21 foi criado um vídeo chamado “Querida futura mãe”, no qual várias crianças e jovens de diversos países falam de tudo o que o seu filho vai poder alcançar, apesar da doença e de algumas dificuldades, transmitindo uma mensagem de esperança e otimismo às futuras mães.


Numa altura em que há cada vez mais abortos de bebés com o diagnóstico pré-natal de trissomia 21, o objetivo das associações de doentes é tentar explicar que tem havido avanços da medicina que proporcionam melhorias nos cuidados prestados aos portadores de trissomia 21, garantido um aumento da longevidade e uma maior autonomia destas crianças e jovens.

Autoritarismo de Jean Wyllys contra Arthur do Val dá demonstração de fascismo

Luciano Ayan


Ok. Não é surpresa, ou não deveria ser, que Jean Wyllys é um daqueles proto-fascistas que se vê aos montes nos dias de hoje. Ele é certamente alguém que, se tivesse poder para tal, mandaria opositores para um paredão ou para uma cela, no mínimo. O vídeo abaixo mostra uma postura que é, no mínimo, execrável, mas que nem por isso deixa de ser bem comum:


O primeiro ponto é que o deputado apelou a uma mentira para tentar intimidar seu opositor. Ele é deputado, e este é um cargo público. Tudo o que deputados fazem no exercício da função, especialmente dentro do Congresso, é de interesse público. Filmá-lo, portanto, não requer nenhum tipo de autorização. Ele usou essa carta para tentar intimidar Arthur do Val.

Milicianos pró-PT queimaram carro da mãe de filho de Temer. E isso é péssimo para eles…

Luciano Ayan



Sempre precisamos nos lembrar de uma das regras táticas de Saul Alinsky: “Se você for longe demais, a maré pode se virar contra você”.

Pois a extrema-esquerda foi longe demais nesta terça (29). Os milicianos que lançaram o terror sobre Brasília vão ter uma baita dor de cabeça pela frente.

Acontece que, conforme diz o Radar Online, o carro incendiado durante o protesto pertence a Erica Ferraz, jornalista com quem Michel Temer teve um relacionamento e mãe de um dos filhos do presidente da República.

Isso não costuma pegar nada bem para os movimentos da extrema-esquerda, pois isso significa agora que eles estão oficialmente praticando violência contra o presidente, ou seus familiares. É praticamente uma declaração de guerra, a qual permitirá que Temer reaja de acordo.

Temer agora está moralmente autorizado a retaliar. 
Título, Imagem e Texto: Luciano Ayan, Ceticismo Político, 30-11-2016

Normalidade vende-se. Costa compra. Portugal paga

Helena Matos
Todas as semanas o Governo vai ao mercado e compra normalidade. Em troca Catarina diz-se tranquila e Jerónimo satisfeito. O preço político da normalidade celebrada por Costa ainda vai no adro.

António Domingues apresentou finalmente a demissão. Pressuroso o PCP logo nos informou que “não vê necessidade de Centeno assumir responsabilidade”. E se o PCP, esse reduto moral da Pátria, “não vê necessidade”, logo a Pátria se sente desobrigada de fazer qualquer pergunta ao dr. Centeno. Sim, porque a Pátria há muito, muito mesmo, que delegou na esquerda, quanto mais radical melhor, a insigne tarefa de funcionar como uma espécie de conselho deontológico da nação. E assim se Jerónimo não vê mal, se Catarina Martins acha que não temos razão para nos apoquentar, se Louçã considera aceitável e se a ala esquerda do PS aprova, só por perfídia, ignorância ou má fé se pode duvidar da bondade do facto em questão. Caso esta espécie de reserva moral da Lusitânia não se indigne não há propriamente caso, não há grandoladas nem manifestações à porta. Na verdade, até parece mal falar do assunto, como aconteceu e acontece com a inenarrável figura de José Sócrates que, como ele muito bem sabe e não esquece, só deixou de ser primeiro-ministro porque teve o azar de em 2011 Mario Draghi não andar por aí a comprar dívida. Caso contrário aí estaria de pedra e cal, ele, Sócrates, a anunciar diariamente um cheque-bebé, outros choque tecnológico e mais um combate ao tremendismo, sob o olhar cúmplice dos socialistas.

Mas em 2016 o BCE compra e garante que vai continuar a comprar. Logo a normalidade deixou de ser em Portugal uma aspiração ou uma fugaz oportunidade para se tornar num negócio. Todas as semanas o Governo vai ao mercado e compra normalidade. A transação explica-se brevemente: perante qualquer facto que outrora teria colocado o país à beira do apocalipse, Jerónimo de Sousa diz que não está impressionado, Catarina Martins esclarece que não está chocada. Costa sorri e anuncia que recuperámos a normalidade. E logo os jornais maravilhados escrevem sobre a ausência de conflitualidade. Os observatórios entretanto já não observam, os activistas não activam e os indignados desinflamaram. Em troca desta expressiva criação de normalidade, os industriais do sector recebem o que pedem. Ou seja poder e alvíssaras.

Um sucesso com precedentes

Alberto Gonçalves
Enquanto saía à rua a celebrar o abençoado governo que Deus (e o dr. Costa) nos deu, o pagamento antecipado de dois mil milhões ao FMI e um crescimento de 0,8%, o povo não reparou que o reembolso estipulado no início do ano era de quase sete mil milhões e que a vertiginosa subida do PIB, pouco inferior aos dois e tal ou três e tal previstos pelo dr. Centeno, se deveu:
a) ao turismo;
b) à retoma de trabalhos na refinaria de Sines, parada no trimestre anterior;
c) à venda de uns aviões F-16 à Roménia.

Sobre o turismo, convém rezar para que os apetites em "regulamentá-lo", ou afogá-lo em taxas e proibiçõezinhas, não o estrafeguem de todo. Sobre a petrolífera, julgo que não há hipóteses de reabrir uma refinaria por trimestre a benefício das exportações. Sobra o exemplo dos F-16, que pode substituir com vantagens a falhada aposta no consumo interno enquanto novo paradigma económico: vender pechisbeques usados a países ainda mais pelintras do que o nosso.

Não estou a par das relíquias disponíveis, mas é plausível que haja por aí motorizadas dos anos 1980 para transaccionar com o Níger, frigoríficos e torradeiras em segunda mão para enviar à Albânia, máquinas de fax para impingir à Bolívia e, claro, os computadores Magalhães do eng. Sócrates (Deus o tenha) para quem os quiser. Em matéria de sucata, temos para dar e, de preferência, vender.

O importante não é só manter o crescimento "em alta" (desculpem o jargão): é manter a ilusão de que assim o país é viável. É manter os avençados, perdão, os politólogos a decretar o sucesso da frente de esquerda. É manter os media entusiasmados com o tipo de "boas notícias" que serviam de paródia no tempo de Pedro Passos Coelho. É manter a convicção de que a "teimosia" de Pedro Passos Coelho é o único obstáculo a que o PSD adira à União Nacional dos Afectos. É manter a fezada de que a "Europa" durará sempre. É manter a ilusão de que sem esmolas alheias iremos a algum sítio que não o abismo. É manter o povo a cantar e a rir no caminho. É acreditar como nunca na fraude de sempre.
Título e Texto: Alberto Gonçalves, Diário de Notícias, 27-11-2016

terça-feira, 29 de novembro de 2016

QUIZ: Realizador britânico

Obras como Chuva de Pedras, Terra e Liberdade ou Ae Fond Kiss… fizeram deste polémico realizador um dos estandartes do cinema social e de esquerda. De quem se trata?


A – Ken Loach
B – Mike Leigh
C – Robert Carlyle 
D – David Cronenberg

Charada (365)

Descubra
um tempero
culinário
que é um anagrama
de um país da 
América Central.

domingo, 27 de novembro de 2016

QUIZ: Martin Scorsese

Que filme do realizador ítalo-americano Martin Scorsese causou um grande escândalo?


A – A Última Tentação de Cristo
B – Tudo Bons Rapazes
C – Taxi Driver 
D – Touro Enraivecido

Charada (364)

De acordo com o padrão
definido, qual destas palavras:
Praia, Maré, Toldo, Solário,
Areia, Água e Naval,
completa a seguinte
SEQUÊNCIA:

Barco
Calor
Marujo
Duna
Onda


sábado, 26 de novembro de 2016

Acho que o blogue está de parabéns!

E, por tabela, o blogueiro!


Nem aí!
26 de novembro de 2016

União pela desunião

Péricles Capanema

Foto: Paulo Roberto Campos
Fatores de desunião e a necessária união nacional
No momento em que a América espanhola se esfacelava em dezenas de repúblicas, a sensatez da Casa de Bragança (Dom João VI e Dom Pedro I) assegurou a unidade nacional, debaixo de uma só coroa no Brasil. Mesma língua, mesmo povo com três sangues principais — o branco, o negro e o índio — religião largamente predominante, facilitavam a coesão.

Desde o Império — deixo de lado o que antes possa ter ocorrido —, contudo, proliferaram agremiações separatistas, sob diferentes razões. A Constituição de 1988 virtualmente fechou a porta a seu êxito. Reza no artigo 1º: “A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal”. Contudo, tais agremiações voltaram a se manifestar. Julgam que, mesmo no presente quadro institucional, existe brecha para legalmente dividir o Brasil em vários países independentes.

O jornal “O Estado de S. Paulo” anunciou no dia 13 de novembro que, com o objetivo de abrigar sob o mesmo teto as entidades separatistas, está sendo fundado o partido Aliança Nacional. Seu presidente é o prof. Flávio Rebello, que também preside o São Paulo Livre. Já aderiram ao novo partido, além do São Paulo Livre, O Rio de Janeiro é o Meu País, o Grupo de Estudo e Avaliação Pernambuco Independente – GEAPI, Roraima é o Meu PaísEspírito Santo é o Meu País. Separatistas de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Ceará podem seguir o mesmo caminho. O Sul é o Meu País (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) recusou formar parte, pois julga prematuro.

Na Moita do Ribatejo, o peão é tratado como cão


Passeio Livre
A Moita é uma vila portuguesa pertencente ao Distrito de Setúbal, região de Lisboa e sub-região da Península de Setúbal, com cerca de 17 600 habitantes e uma saciedade indomável por parte dos seus automobilistas para estuprarem criancinhas ao pequeno-almoço e o espaço pedonal ao almoço. É sede de um município com 55,26 km² de área, 66 029 habitantes (2011), e cerca de 9,13 milhões de automóveis, estando subdividido em 4 freguesias. O município é limitado a norte, através de baixios do estuário do Tejo, pela área principal do município do Montijo, a nordeste também pelo Montijo, a sudeste e sul por Palmela, a oeste pelo Barreiro e a zénite pela sede do ACP.

Na Moita pode-se infringir o código de estrada à vontade porque pura e simplesmente não existe fiscalização nenhuma, o escasso policiamento que existe está-se a borrifar para quem anda a pé ou para quem tenha mobilidade reduzida, a câmara de vez em quando lá vai montando uns pilaretes à conta dos impostos dos contribuintes, e os ruminantes que colocam os seus carros em qualquer lado sem olhar a quem já se aperceberam que podem colocar os carros onde lhes apetece que não são multados por isso. Nestes últimos anos é vê-los cada vez em maior número espalhados por tudo o que é passeio, passadeira e até a vedar o acesso das pessoas às suas habitações, por incrível que pareça na maioria dos casos nem é por falta de lugares de estacionamento, é mesmo para ter o veículo encostado à porta de casa ou da tasca onde estão a mamar uns copos ao final da tarde. Isto tudo vai acontecendo sem que a GNR da Moita tenha qualquer intervenção no sentido de acabar com isto, os mais frágeis que se lixem.

Charada (363)

Analisando as palavras
de cada alínea,
descubra os títulos
de três filmes famosos:

a) Mutismo – Absolvidos.
b) Bondoso – Insurreto.
c) Rei Felino – Astro.

QUIZ: Rambo

Que romance serviu de inspiração para o filme de culto Rambo – A Fúria do Herói?


A – O Último Despertar
B – O Totem
C – Blood Oath 
D – First Blood

Bom final de semana!

Eu estava dirigindo no Rio de Janeiro, indo para casa, era um mês do ano de 2004, quando ouvi esta música no rádio do carro. Não tive dúvida, nem hesitação, embiquei o carro para o BarraShopping. E lá comprei o CD.


Nossa! a música é antiga, hein? Não importa, a mulher arrasa nesta e em outras canções do CD e, claro, na sua (dela) carreira! 😉


Bom final de semana!

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Até quando as meias verdades na História recente de Portugal?

José Milhazes

Não se vai assinalar o 40º aniversário do 25 de Novembro da mesma forma que se celebrou o do 25 de Abril. Cabe perguntar: porque quer o PS fazer-nos acreditar que o PCP é hoje diferente do de então?

Enquanto o 25 de Novembro não possuir o mesmo estatuto do que o 25 de Abril, andaremos a admitir a existência de meias verdades na História recente de Portugal. Se celebramos a queda de uma ditadura de direita, por que razão é que não fazemos o mesmo em relação à data em que foi travada a imposição de uma ditadura da extrema-esquerda?

Não há dúvida que a maioria dos portugueses deve muito ao movimento dos capitães de Abril, que entrou na História como uma forma exemplarmente pacífica de pôr fim a uma longa ditadura de direita, dando origem à construção da democracia no país. Mas também é verdade que alguns desses militares, apoiados por um grande leque de forças políticas, travaram a queda de Portugal no precipício da ditadura comunista opondo-se a outros militares “de Abril”.

Livrámo-nos de uma ditadura e alguns de nós queriam meter-nos noutra (aqui emprego nós porque, naquela altura, eu estava do lado dos que queriam lançar Portugal numa perigosa experiência política e social). Só por isso, o 25 de Novembro merecia igual tratamento do 25 de Abril. Mas como há alguns que continuam a considerar que não é assim porque fascismo e comunismo são coisas diferentes, tendo este último regime um “carácter mais humano”, até “progressista”, coloco a pergunta: qual a ditadura comunista do século XX menos sanguinária do que o regime que caiu em Portugal com o 25 de Abril?

Podem acusar-me de querer rever a História de Portugal e aceito essa acusação se se considerar que é preciso pôr fim a esta e outras meias verdades, acabar com o “partidarismo” da História, conceito defendido pela extrema-esquerda comunista para deturpá-la e justificar as maiores barbaridades. Aqui deve apenas haver um critério: a verdade dos factos.

Charada (362)

Analisando
as palavras
de cada alínea,
descubra os
títulos de três
filmes famosos:

a) Intelecto – Radioso.
b) Baile – Cães Ferozes. 
c) Terra - Símios

Precisamos falar sobre misoginia, machismo e taxistas

Liana Carreira
Ontem tive o desprazer de viver uma situação de risco, que poderia ser muito pior do que foi. Voltando de São Paulo, peguei um táxi credenciado no aeroporto Santos Dumont. Antes de entrar no táxi, perguntei à mulher que organizava a fila se a tarifa cobrada seria a normal, pelo taxímetro. Ela disse que sim. Entrei no táxi e informei ao motorista Marco o meu endereço. No curto trajeto entre o SDU e o bairro do Flamengo, onde moro, vivenciei uma das piores experiências dentro de um táxi da minha vida.


Logo que saímos do aeroporto, o motorista me perguntou se eu costumava pegar táxi frequentemente. Respondi que sim, às vezes, e perguntei o porquê. Ele respondeu que, como eu havia perguntado à moça da fila sobre a tarifa, deveria desconhecer sobre o sistema de táxis do Rio e quis me dar uma aula sobre Constituição (primeira vez que ele sugeriu que eu era burra). Eu disse que perguntei apenas para me precaver e não ter uma surpresa desagradável. Ele disse que não via motivo para eu me surpreender, pois os táxis com tarifas normais são amarelos e os outros são coloridos (mais uma vez insinuando que eu era burra) e também insinuou que eu estava lhe chamando de ladrão. Mais uma vez, tentei explicar que perguntei apenas para me precaver, pois já peguei muitos táxis amarelos que não seguiam o taxímetro e cobravam mais (nessa hora deu o exemplo dos táxis da rodoviária).

Do nada, ele disse que eu era preconceituosa e arrogante, pois estava generalizando a classe. Eu rebati, explicando que eu só dizia isso pois já tinha passado por experiências ruins e inclusive tinha sofrido assédio de taxistas mais de uma vez (dando uma indireta pro escroto parar). Nessa hora eu entendi que o grande lance dele era me intimidar de todas as formas. Ele disse que por eu ser mulher, "não poderia me vitimizar toda hora", pois a Constituição garantia os mesmos direitos para ambos os sexos, blá-blá-blá…

Treme a velha carcaça socialista europeia

Nelson Fragel


A eleição de Donald Trump apavorou a esquerda europeia. Na Itália ela ainda treme. Treme mais do que o solo de suas cidades abaladas pelos vários e recentes terremotos. A esquerda italiana foi profundamente sacudida. Seus círculos dirigentes fazem um reexame de ideias e programas. Não é difícil. Esse exame é forçosamente superficial e expedito, pois de ideias o socialismo europeu, e em particular italiano, há muito caiu na indigência do pauperismo ideológico: nada tem de novo a apresentar. Repetem os surrados slogans de fracassados programas de um século atrás.

O mais importante jornal italiano, “Corriere della Sera”, fez abertamente campanha por Hillary Clinton. Embora se dizendo imparcial — é claro —, como todo grande órgão da imprensa, sua subserviência à esquerda vai bem além da mera simpatia. No entanto, em sua edição de 18 de novembro, à primeira página, um artigo de fundo escreve que os socialistas de todos os matizes, incapazes de compreender as aspirações da opinião pública, se dilaceram em conflitos internos. Comunistas acusam socialistas. E estes, com esquálidas lideranças incapazes de discernir novas perspectivas, se atolam no pântano de teorias peremptas. Em outras palavras — e em termos brasileiros — eles estão como os líderes do PT, embora fora da cadeia.

Poucos dias depois, o mesmo “Corriere della Sera”, à mesma primeira página, volta a verter lágrimas bem quentes sobre a sepultura política de Hillary e da esquerda europeia.  Um de seus mais cotados jornalistas se incumbe de lançar um pouco de fumaça sobre a ruína esquerdista alegando a concomitante desgraça da direita atuante no Velho Continente. Ambas, diz aquele jornalista, não sabem o que fazer neste momento. Devem inventar novos argumentos, se quiserem ainda manter vínculos com seu eleitorado. Ambas estão em processo de desagregação dos laços que ainda mantinham com a opinião pública. Afirmações estas que, na pena de um simpatizante socialista, tomam o sabor de amarga confissão. Trata-se, sobretudo, do esvanecimento da velha esquerda. A direita entrou no artigo como fumaça a embaciar a visão. Pois os conservadores europeus vêm obtendo contínuas vitórias nas urnas e plebiscitos: a saída da Grã-Bretanha da União Europeia, a oposição da Holanda, Áustria e Hungria ao socialismo europeísta, a Suíça em sucessivos plebiscitos se distanciando da União Européia, a recente vitória na França do mais conservador dos pré-candidatos à eleição presidencial pelo partido centrista confirma a tendência antissocialista.

Profissão: proibicionista

Alberto Gonçalves

Como identificar um espírito autoritário?

Basta, por exemplo, atender aos subscritores de uma petição contra a visita do Papa a Fátima.

Não sou crente, não acredito em milagres e nem aprecio o sr. Bergoglio, mas, enquanto os católicos não desatarem a explodir-se em lugares públicos, nunca me passaria pela cabeça tentar proibir-lhes os rituais.

Nos sujeitos da petição, e no repulsivo tipo de gente que representam e que acredita em patranhas muito piores, as proibições são um apetite constante. E se os proibíssemos a eles? Já se peticionava qualquer coisa.
Título e Texto: Alberto Gonçalves, Sábado, nº 656, 24 a 30 de novembro de 2016
Digitação: JP

Relacionados:

Adivinha quem não vem para jantar

Alberto Gonçalves

Pela Europa fora, são diversos os partidos totalitários que participam no arranjinho. Cá dentro (Portugal), conta com diversas filiais, todas subsidiárias da extrema-esquerda e principalmente do BE

Um restaurante no Porto foi vandalizado porque o seu proprietário ignorou um “apelo” e participou num festival gastronómico em Telavive.

Foto: Leonel de Castro/Global Imagens

Podíamos pegar no lado cómico da coisa, como no facto de um dos subscritores do “apelo” ser uma organização contra a “lesbigaytransfobia” (?) que, na prática, abomina uma das nações mais tolerantes na matéria e defende sociedades onde a dita fobia é obrigatória por lei – a possibilidade de a Pantera Rosa integrar um único homossexual autêntico ou sem perturbações mentais é idêntica à de Luther King ter liderado o KKK.

Mas a coisa não tem graça. Atacar as montras de judeus ou de “cúmplices” de judeus não é uma proeza caída do céu. Caiu diretamente de 10 de Novembro de 1938, quando milhares de lojas na Alemanha e na Áustria foram destruídas ou alvo de insultos pintados nas fachadas [fotos]. Incomparável na dimensão, o que aconteceu na rua Mouzinho da Silveira da Silveira é uma citação consciente da Noite de Cristal e um acto de homenagem ao nazismo.

Black Friday


QUIZ: Robert Zemeckis

“O único miúdo do mundo com problemas ainda antes de nascer.”
De que filme de 1985 de Robert Zemeckis é retirada esta frase?

A – Regresso ao Futuro
B – Quem Tramou Roger Rabbit?
C – A Morte Fica-vos Tão Bem 
D – Forrest Gump

Charada (361)

Cada página deste livro reúne pintores
com uma particicularidade comum.
Porém, na primeira página está um pintor
que pertence à segunda e na segunda está
um pintor que pertence à primeira.



Nadir Afonso
Henri Matisse
Maluda
Marc Chagal
Juan Miró
Pablo Picasso
Júlio Pomar
Diego Rivera
Mário Cesariny
Abel Manta
José Malhoa
Claude Manet
Paula Rego
Salvador Dalí

Eu também te amo!


Os felizes

Maria João Avillez

Mas se um dia, por causa do estado do país, da agonia do ocidente ou da inquietante saúde do mundo, for preciso inverter a marcha e mudar de vida, onde ir buscar o discernimento, o ânimo, para actuar?

1. Fala-se por aí em apatia, letargia, acomodamento, mas em todo o caso, oh quão alegre. Há muito que não me lembro de tanta leveza, quase me apetece dizer “viva tão deslizante felicidade!” Não há preocupações, nem aflicções, não há sombras, nem nuvens, céu limpo, horizonte aberto, bom passadio. Folgada, a vida flui, por entre enganos e equívocos mas que importância se há palpitação, felicidade e “estabilidade”? Enfeitada por de um número astronómicas de automóveis nas ruas, movida, estreias, acontecimentos de “prestígio”, festivais, fama, Portugal na moda. É óbvio que também usufruo de uma cidade que embora desmazelada está mais cosmopolita e sedutora mas o ponto não é porém esse. É a pouca sustentabilidade de vida assim folgada. E nesse sentido vida impossível mas acreditada e praticada como realidade possível: haverá maior irrealidade (e maior desresponsabilização) do que viver com o dinheiro dos outros como se fosse nosso (ou fruto de produção nossa?). Estranhamente é como se o amanhã não fosse connosco, logo se verá. Ou como se não tivéssemos que deixar herança sólida e o futuro – o futuro do país, o da comunidade, o dos nossos – nada importasse. Ou nada significasse ao pé desta onda tão envolvente de facilidades e afectos – traiçoeira até mais não, claro está – produzida, lembremo-lo, pelos timoneiros políticos deste país das maravilhas. Com a viva simpatia com que se evocam “direitos” e a pouca queda com que se cumprem deveres (e responsabilidades e obrigações), como resistir ao suave balanço da onda?

2. O dinheiro parece que circula (mas não é nosso) os sindicatos hibernaram, ou fazem de conta; não há greves, nem manifestações, nem paralisações, exit ameaças e chantagens. As chatices foram riscadas da ordem do dia e não é verdade que até há a tão cantada “estabilidade”? Descobrir alguém que queira trocar este encantador estado de coisas por vida mais responsabilizada é descobrir agulha em palheiro.

3. A “estabilidade” é sui generis, bem entendido. Lembra-me sempre aqueles algodões de açúcar das feiras que parecem resistentes e de repente se desfazem mas faz um jeitão de engana-tolos ao Executivo, que a exibe como um troféu. (enquanto sabiamente “faz horas” para a trocar por modelo mais gerível e digerível, mesmo que diga que não). Enquanto isto, sobre a tal “estabilidade” caiem também as benções do alto, Deus livre Belém de confrontos ou desfechos que exijam ruptura ou fractura. Com o seu verbo compulsivo e aquela alegria demasiado constante, o Presidente prefere ser bonzinho com os portugueses.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

QUIZ: Batman

Coincidindo com o 50º aniversário da criação da personagem Batman, em 1989 estreou o filme homônimo realizado por Tim Burton.

Que ator interpretou o papel de Batman no filme de Tim Burton de 1989?


AMel Gibson
B – Dennis Quaid
C – Kevin Costner 
D – Michael Keaton

Charada (360)

Num só dia, um veterinário tratou
9 cães de raças diferentes.
Descubra, nesta sopa de letras,
as raças dos 9 cães
que foram tratados.


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