domingo, 4 de junho de 2017

Mario Monti: Resultados de Portugal “são bons”, graças a Passos Coelho

O antigo primeiro-ministro italiano reconhece, ainda assim, que "não há apenas uma fórmula política para governar".

A atual situação económica de Portugal é “bastante interessante” e deve-se aos “esforços consideráveis” feitos pelo governo de Passos Coelho. A opinião é de Mario Monti [foto], antigo primeiro-ministro italiano, que, em entrevista ao Expresso (acesso pago), admite também que “não há apenas uma fórmula política para governar os países”.

A recuperação da economia portuguesa é, para Mario Monti, “melhor do que o esperado”. “O país saiu de tempos muito difíceis, os resultados das eleições e a situação política não foram tão simples como se poderia imaginar, mas apesar disso os resultados são muito bons, construídos a partir dos esforços consideráveis realizados no governo de Passos Coelho”, diz o também economista e professor.

"Os critérios usados pelas agências são bastante complexos, mas a melhoria da situação financeira, oficializada pela revogação do PDE, terá com certeza efeito.”
Mario Monti
Antigo primeiro-ministro italiano

Assim, espera Mario Monti, não faltará muito para que Portugal consiga uma revisão em alta do rating atribuído pelas agências de notação financeira. “Lá chegaremos. Os critérios usados pelas agências são bastante complexos, com muitas variáveis, mas a melhoria da situação financeira, oficializada pela revogação do Procedimento por Défice Excessivo, terá com certeza efeito”, afirma, alertando, ainda assim, para rácio da dívida em relação ao PIB, que “ainda está muito alto”.

Seja como for, “o quadro global de Portugal está a melhorar” e Mario Monti admite estar “bastante confiante” em relação ao país.

Apesar dos elogios a Passos Coelho, Mario Monti reconhece que Portugal cresce agora com uma política diferente da que foi implementada pelo anterior governo. “É interessante do ponto de vista dos economistas e políticos. Mostra que não há apenas uma fórmula política para governar os países. Provavelmente, o que é mais importante é uma determinação clara e a necessidade de coerência ao longo do tempo, a estabilidade. É crucial para os investimentos internos e externos”, conclui.
Título e Texto: eco – economia online, 3-6-2017

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