Ludmilla Souza
Em maio de 2019, o custo do
conjunto de alimentos essenciais diminuiu em 13 capitais, conforme mostra
resultado da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada
mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
(Diesse) em 17 cidades.
As quedas mais importantes
foram observadas em Campo Grande (13,92%), Belo Horizonte (7,02%), Goiânia
(-4,48%) e Rio de Janeiro (-4,39%). Os aumentos ocorreram em Florianópolis
(1,17%), Aracaju (0,86%), Recife (0,20%) e Brasília (0,06%).
A capital com a cesta mais
cara foi São Paulo (R$ 507,07), seguida por Porto Alegre (R$ 496,13) e Rio de
Janeiro (R$ 492,93). Os menores valores médios foram observados em Salvador (R$
392,97) e João Pessoa (R$ 403,57).
Em 12 meses, entre maio de
2018 e o mesmo mês de 2019, todas as cidades pesquisadas acumularam alta, entre
6,49%, em Campo Grande, e 24,23% em Recife.
Nos primeiros cinco meses de
2019, todas as capitais tiveram alta acumulada, com destaque para Recife
(22,69%), Vitória (20,07%) e Natal (18,94%). A menor alta foi registrada em
Campo Grande (0,26%).
Com base na cesta mais cara
que, em maio, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação
constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para
suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação,
moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência,
o Diesse estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.
Em maio de 2019, o salário
mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria
equivaler a R$ 4.259,90, ou 4,27 vezes o mínimo de R$ 998,00. Em abril de 2019,
o piso mínimo necessário correspondeu a R$ 4.385,75, ou 4,39 vezes o mínimo
vigente. Já em maio de 2018, o valor necessário foi R$ 3.747,10, ou 3,93 vezes
o salário mínimo, que era de R$ 954,00.
Título e Texto: Ludmilla
Souza; Edição: Valéria Aguiar – Agência Brasil, 6-6-2019
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