domingo, 20 de novembro de 2011

China silencia assassinatos do passado


Causou espanto o livro oficial sobre a História do Partido Comunista Chinês, 1949-1978, publicado por ocasião dos 90 anos do partido. Ele silencia dezenas de milhões de assassinatos cometidos para a implantação da utopia socialista. “Não menos de 60 milhões”, disse Frank Dikötter [foto], da Universidade de Hong Kong. Entre dois e três milhões de proprietários foram mortos em 1949-51 em decorrência da reforma agrária e de reformas análogas. Na Campanha Anti-Direitista de 1957, mais de 550 mil intelectuais foram torturados e enviados para campos de trabalho onde muitos morreram. O novo livro ensina que esses morticínios foram “necessários e corretos”. Sobre o Grande Salto Adiante, de 1958-62, o livro só constata que a população caiu em 10 milhões de habitantes. O presidente da China, Hu Jintao, apadrinhou a equipe encarregada de suprimir fatos ou interpretações indesejáveis dessa história. Essa é a China que hoje tenta seduzir o Ocidente.
Texto: Agência Boa Imprensa, 19-11-2011

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