Rivadávia Rosa
<rivadaviarosa@...> escreveu:
O breve e direto comentário do
PLÍNIO 'emplacou'.
Grato, caro Rivadávia Rosa
Creio que tem mesmo que
EMPLANCAR.
E agradeço também a Sueli
Silva e Jim Pereira pelas considerações.
Mas, ainda que possa render
mais um pouquinho...
Permitam-me:
Creio que é um absurdo um
território tão rico e bonito como o brasileiro tenha caído e permanecido em
mãos dessa gentalha que habita os gabinetes. Bem como disse o amigo Otacílio M.
Guimarães em outro comentário: “O Brasil é como um colar de diamantes no pescoço
de uma macaca. Os absurdos estão por todos os lados e o problema não é só a
corrupção, pois esta, quem sabe? um dia, pode ser resolvida com cadeia para os
corruptos. Mas ninguém pode resolver o problema de cérebros atrofiados e a
maioria dos brasileiros sofre desse problema.”
E um exemplo que ilustra muito
bem o comentário de Otacílio: Menos mal do que as bravatas dos corruptos
querendo se passar por dignos, Neymar também é o auê auê da vez nos canais
informativos, está ganhando três milhões de reais por mês. Ganhar essa fortuna
por mês apenas para correr atrás de uma bola é algo que eu não consigo
compreender.
![]() |
Neymar, foto: Sergio Savarese |
Stevens Rehen, carioca de 40
anos, trabalha em um prédio decrépito da Universidade Federal do Rio de Janeiro
e não ganha nem 5 mil reais por mês. É completamente desconhecido do povo e
somente os do seu círculo o conhece no Brasil. Entretanto, é conhecidíssimo da
comunidade científica internacional. O que faz este abnegado? À frente de um
grupo de quarenta pesquisadores ele realiza pesquisas com padrão de qualidade
internacional e de cujos resultados podem surgir tratamentos revolucionários
para transtornos mentais como a esquizofrenia e o mal de Parkinson. Ele acaba
de fazer o anúncio de uma descoberta extraordinária que repercutiu em todos os
centros neurocientíficos do mundo, ou seja, a de que os neurônios de pacientes
esquizofrênicos consomem o dobro do oxigênio do que os de pessoas saudáveis.
Stevens Rehen é considerado pelos seus pares internacionais como um dos
melhores neurocientistas da atualidade. Está no Brasil fazendo favor, pois
poderia estar nos Estados Unidos, onde se formou, ganhando dez vezes mais.
Apesar disso, suas pesquisas são frequentemente interrompidas por falta de
reagentes importados retidos na alfândega devido a alguma estúpida barreira
burocrática.
Enquanto isso, o Neymar, ao
voltar de um jogo no exterior, pode trazer as suas malas abarrotadas do que
quiser que nem serão vistoriadas na alfândega.
Este notável cientista nunca
foi agraciado com nenhuma medalha, enquanto tantos energúmenos são homenageados
com as mais importantes comendas, como foi o caso desse peladeiro-pagodeiro
Ronaldinho Gaúcho e Wanderley Luxemburgo.
Lembro que quando Sarney virou
imortal pela total falta de um inseticida literário a sua obra
"Marimbondos de Fogo". Ego enciumado, Ulysses Guimarães também queria
uma cadeira na ABL - valendo-se de seus inúmeros discursos.
Mas agora mais do que nunca, a
Academia bestifica a medalha Machado de Assis
Nesse vídeo (abaixo) da cerimônia em
que Ronaldinho Gaúcho recebe a medalha, a matéria o descreve, em metáforas,
como o cara que tem a modéstia dos grandes escritores e a semelhança não para
por aí: sua letra é certeira e a sua linguagem serve como um convite à imortalidade.
Realmente, o Brasil é como um
colar de diamantes no pescoço de uma macaca. Os absurdos estão por todos os
lados.
Bom feriadão!
Abraços,
Plínio Sgarbi
Roberto D'Ávila entrevista o
Neurocientista Stevens Rehen, diretor do Laboratório Nacional de Células-Tronco
Embrionárias - Unidade RJ (LaNCE-UFRJ).
Parte 1 de 5
Edição: JP
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