sábado, 12 de novembro de 2011

Romário, Ronaldinho Gaúcho e Stevens Rehen


Rivadávia Rosa <rivadaviarosa@...> escreveu:
O breve e direto comentário do PLÍNIO 'emplacou'.

Grato, caro Rivadávia Rosa
Creio que tem mesmo que EMPLANCAR.
E agradeço também a Sueli Silva e Jim Pereira pelas considerações.
Mas, ainda que possa render mais um pouquinho...
Permitam-me:
Creio que é um absurdo um território tão rico e bonito como o brasileiro tenha caído e permanecido em mãos dessa gentalha que habita os gabinetes. Bem como disse o amigo Otacílio M. Guimarães em outro comentário: “O Brasil é como um colar de diamantes no pescoço de uma macaca. Os absurdos estão por todos os lados e o problema não é só a corrupção, pois esta, quem sabe? um dia, pode ser resolvida com cadeia para os corruptos. Mas ninguém pode resolver o problema de cérebros atrofiados e a maioria dos brasileiros sofre desse problema.”
E um exemplo que ilustra muito bem o comentário de Otacílio: Menos mal do que as bravatas dos corruptos querendo se passar por dignos, Neymar também é o auê auê da vez nos canais informativos, está ganhando três milhões de reais por mês. Ganhar essa fortuna por mês apenas para correr atrás de uma bola é algo que eu não consigo compreender.
Neymar, foto: Sergio Savarese
Stevens Rehen, carioca de 40 anos, trabalha em um prédio decrépito da Universidade Federal do Rio de Janeiro e não ganha nem 5 mil reais por mês. É completamente desconhecido do povo e somente os do seu círculo o conhece no Brasil. Entretanto, é conhecidíssimo da comunidade científica internacional. O que faz este abnegado? À frente de um grupo de quarenta pesquisadores ele realiza pesquisas com padrão de qualidade internacional e de cujos resultados podem surgir tratamentos revolucionários para transtornos mentais como a esquizofrenia e o mal de Parkinson. Ele acaba de fazer o anúncio de uma descoberta extraordinária que repercutiu em todos os centros neurocientíficos do mundo, ou seja, a de que os neurônios de pacientes esquizofrênicos consomem o dobro do oxigênio do que os de pessoas saudáveis. Stevens Rehen é considerado pelos seus pares internacionais como um dos melhores neurocientistas da atualidade. Está no Brasil fazendo favor, pois poderia estar nos Estados Unidos, onde se formou, ganhando dez vezes mais. Apesar disso, suas pesquisas são frequentemente interrompidas por falta de reagentes importados retidos na alfândega devido a alguma estúpida barreira burocrática.

Enquanto isso, o Neymar, ao voltar de um jogo no exterior, pode trazer as suas malas abarrotadas do que quiser que nem serão vistoriadas na alfândega.
Este notável cientista nunca foi agraciado com nenhuma medalha, enquanto tantos energúmenos são homenageados com as mais importantes comendas, como foi o caso desse peladeiro-pagodeiro Ronaldinho Gaúcho e Wanderley Luxemburgo.
Lembro que quando Sarney virou imortal pela total falta de um inseticida literário a sua obra "Marimbondos de Fogo". Ego enciumado, Ulysses Guimarães também queria uma cadeira na ABL - valendo-se de seus inúmeros discursos.
Mas agora mais do que nunca, a Academia bestifica a medalha Machado de Assis
Nesse vídeo (abaixo) da cerimônia em que Ronaldinho Gaúcho recebe a medalha, a matéria o descreve, em metáforas, como o cara que tem a modéstia dos grandes escritores e a semelhança não para por aí: sua letra é certeira e a sua linguagem serve como um convite à imortalidade.
Realmente, o Brasil é como um colar de diamantes no pescoço de uma macaca. Os absurdos estão por todos os lados.
Bom feriadão!
Abraços,
Plínio Sgarbi


Roberto D'Ávila entrevista o Neurocientista Stevens Rehen, diretor do Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias - Unidade RJ (LaNCE-UFRJ).
Parte 1 de 5
Assista às demais partes da entrevista no canal do Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias da Universiadade Federal do Rio de Janeiro (LaNCEUFRJ): http://www.youtube.com/user/LaNCEUFRJ

Edição: JP
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