
2. Falou de seu governo, dos avanços sociais, de que tudo estava indo bem, que o Brasil com ela era uma maravilha. E ainda – de cima para baixo- propôs um convênio com o Papa para que o Brasil transferisse ao Papa sua experiência em programas de inclusão social. Um vexame. O Papa riu levemente, com o canto do lábio, no final.
3. Nesta semana veio ao Brasil
o Secretário de Estado (ministro de relações exteriores) dos Estados Unidos,
John Kerry. Reuniu-se com o nosso ministro Antônio Patriota.
Inacreditavelmente, o Embaixador Patriota, diplomata de carreira do Itamaraty,
recebeu um script da turma de Dilma e o cumpriu a risca, sem pestanejar.
4. De forma deselegante,
mostrou certo anti-imperialismo petista ao discursar ao lado de Kerry. Deu seu
recado para..., o Jornal Nacional. Disse que em função do caso divulgado,
aliás, para vários países do mundo, de invasão de privacidade na internet pelos
serviços de inteligência dos Estados Unidos, as relações do Brasil com os EUA
passaram a uma “área de sombra”, onde a “confiança do Brasil nos Estados
Unidos” estava abalada.
5. Mais grave que o ridículo
internacional foi o oportunismo. Juntando-se ao esforço de recuperação da
imagem de Dilma, deixou-se usar de forma a que todos, nos jornais das TVs à
noite, pudessem ver e ouvir através dele o protesto anti-imperialista de Dilma.
Algo grotesco que só fez afetar – pelo oportunismo político- a imagem externa
do Brasil, que já não vai bem há algum tempo.
6. Os dois discursos para a TV
e para os jornais da TV apenas mostraram a fragilidade de Dilma neste momento,
que apela para qualquer coisa para voltar a se tornar competitiva em 2014,
tentando evitar o desmonte eleitoral progressivo.
Título e Texto: Cesar Maia, 15-8-2013
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