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Foto: Amanda Garcia/Jovem Pan |
O presidente nacional do PSDB,
senador Aécio Neves, participou nesta quinta-feira (13) do programa Os Pingos
nos Is, da Rádio Jovem Pan. Ele foi entrevistado pelos jornalistas Reinaldo
Azevedo, Mona Dorf e Patrick Santos, e destacou que o processo eleitoral criou
“um Brasil novo, que é o grande vitorioso dessas eleições”.
O senador abordou também
assuntos como a gestão econômica do governo Dilma Rousseff, reforma política e
o escândalo do ‘petrolão’, entre outros temas.
Aécio afirmou que a oposição
estará conectada com a sociedade mobilizando especialistas em diferentes áreas
da gestão pública para acompanhar a condução do governo do PT.
“O PT vai ter a oposição mais
qualificada que qualquer governo brasileiro já enfrentou. Será uma oposição
conectada com a sociedade. Os brasileiros não aceitarão mais tanta
irresponsabilidade e serviços de má qualidade. A mesma determinação, coragem e
amor ao país que levaria à Presidência da República eu levarei à oposição”,
disse Aécio.
Legados
O senador afirmou que as
eleições presidenciais deixam dois legados ao país, um negativo e um positivo.
De negativo, na avaliação de Aécio, houve a “utilização sem limites da máquina
pública, o terrorismo eleitoral e a mentira” por parte dos petistas. Como ponto
positivo, Aécio citou a mobilização dos brasileiros.
“Uma marca muito boa é que a
população foi às ruas. Os brasileiros participaram, há um Brasil novo, que é o
grande vitorioso dessas eleições”, declarou.
Perguntado por Reinaldo
Azevedo sobre as medidas contraditórias tomadas pelo governo Dilma após o
término das eleições – como elevação dos juros e aumento do preço dos
combustíveis -, Aécio apontou a incoerência da campanha do PT.
“Eu denunciei tudo isso ao
longo da campanha. Fiz uma campanha dizendo a verdade. Esse governo já nasce
com um sabor de final de festa. A percepção que temos no Congresso é a de quem
ganhou fomos nós. O PT está envergonhado da campanha torpe e indigna que fez”,
declarou.
Terrorismo eleitoral
O presidente do PSDB lembrou a
declaração de Dilma de março de 2013, quando a petista disse que “poderia fazer
o diabo durante as eleições”. O ‘diabo’, ressaltou o presidente do PSDB, se
materializou com as informações inverídicas divulgadas por petistas sobre
programas sociais como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida.
“Em algumas cidades, colocaram
carros de som dizendo que, se a pessoa
votasse no 45, seria descadastrada do Bolsa Família. Brasileiros receberam
mensagens dizendo que o voto no 45 tiraria a pessoa do Minha Casa, Minha Vida.
Eles [petistas] não se preocuparam sequer com o terrorismo que levaram às
famílias”, disse Aécio.
O senador destacou ainda que é
autor de projeto de lei que transforma o Bolsa Família em programa de Estado.
Assim, o projeto passaria a integrar o Orçamento da União e não estaria mais
sujeito às decisões pontuais dos governantes. “Mas o PT quer um programa para
chamar de seu”, disse.
O jornalista Patrick Santos
citou resolução aprovada pelo PT poucos dias após as eleições que mencionou a
busca do partido por hegemonia política e outros temas controversos como a
regulação da mídia. Aécio afirmou que a proposta do PT é “aloprada” e enfatizou
que, durante a campanha, o PSDB teve como um de seus principais valores a
defesa das liberdades individuais e da liberdade de imprensa.
Gestão pública
Aécio disse que a proposta
enviada pela presidente Dilma para mudar as regras do superávit primário é um
“atestado definitivo de fracasso do governo”. Para Aécio, a iniciativa petista
passa o recado de que os governantes não precisam mais cumprir a lei – basta
modificá-la, utilizando a base aliada para isso.
O tucano lembrou que sua
atuação no governo de Minas Gerais foi aprovada pela maioria da população e era
pautada pela meritocracia. “Minas se tornou o único estado brasileiro em que
100% dos servidores públicos são avaliados de acordo com o seu desempenho”,
disse.
A prática da gestão Dilma,
para Aécio, é oposta: “a lógica do governo é a do ‘QI’, do atendimento a
circunstâncias”.
O senador disse também que a
ideia de reforma política defendida pelo PSDB foi apresentada por ele durante a
campanha e é baseada em três pontos: a cláusula de desempenho para os partidos,
o voto distrital misto e o fim da reeleição. “Se eu tinha dúvidas sobre a
desmoralização do instituto da reeleição, Dilma acabou com elas”, afirmou.
Petrolão
As denúncias de
superfaturamento e pagamento de propina na Petrobras foram definidas por Aécio
como “um escândalo que ganhou vida própria”. O senador destacou que
investigações internacionais e atos de órgãos de Estado como Ministério
Público, Advocacia-Geral da União e Polícia Federal devem frear as tentativas
do governo do PT de impedir o esclarecimento dos fatos.
“Podemos esperar, sim,
desdobramentos que vão abrir muitos constrangimentos a esse governo”, declarou.
Aécio encerrou a entrevista
dizendo que sua meta é “reunificar o Brasil em torno de um projeto de
desenvolvimento” e “fazer com que a meta da administração diária da pobreza
seja substituída pela meta da superação da pobreza”.“O Brasil merece mais do
que está tendo”, concluiu.
PSDB, 14-11-2014
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