As recentes manifestações
ocorridas no Brasil contra esse factotum
de Lula da Silva, a «presidenta» Dilma, são reveladoras da perversão que
constituem os sistemas de governo ditos presidencialistas fora dos EUA,
sobretudo em países de fraca tradição democrática e institucional, como o
Brasil.
Na verdade, o presidencialismo
exclui a responsabilidade política do presidente, que só pode ser destituído em
razão de actos pessoais que envolvam responsabilidade criminal, devidamente
comprovada num processo de impeachment.
Ora, não se tendo chegado, por
enquanto, aí, e tendo Dilma Roussef sido eleita sem qualquer verdadeira
legitimidade democrática, mas por um sistema de coronelismo à General Tapioca
(em homenagem à personagem de Hergé), de alianças promíscuas entre novos e
velhos coronéis, de conluios ilegítimos em torno dos grandes interesses
estatais e pela míngua da sopa dos pobres, eleitoralmente manipulada graças ao
voto obrigatório, as oposições tentam a força das ruas para retirar a mulher de
um sítio onde nunca a deveriam ter posto.
Qualquer que seja a saída,
nunca será boa para o país, menos ainda para o regime instituído pela
Constituição de 1988, que criou um falso federalismo num país de dimensão
continental. O que conviria fazer quando Dilma cair, e é inevitável que caia,
era reformar a Constituição e criar um verdadeiro federalismo onde, por
enquanto, apenas existe um estatismo centralista disfarçado. Essa seria a única
maneira de civilizar o «presidencialismo» brasileiro e evitar que ele seja
pouco mais do que um regime de coronéis escondidos atrás de instituições ditas
democráticas, que verdadeiramente não existem.
Título e Texto: Rui A., Blasfémias,
16-8-2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-