Valdemar Habitzreuter
Aos poucos Temer vai se
revelando a que veio. Golpista ou redentor? Aos olhos da oposição, é claro,
golpista. Mas, de repente demonstra versatilidade frente ao governo. O jantar
do domingo passado com os parlamentares da base aliada rendeu-lhe uma vitória expressiva
com a votação da PEC na câmara que limita os gastos públicos.
Eis a grande diferença entre
Dilma e Temer. Este, um negociador hábil que dá importância ao diálogo; aquela,
uma figura petrificada, inflexível e distante do bom relacionamento com os
parlamentares; e, justamente, pela sua inabilidade política ao diálogo foi
abandonada pela maioria de sua base.
Quem sabe não pinte no cenário
político, na pessoa de Temer, um redentor da pátria. Tem a faca e o queijo na
mão; a faca para golpear o pessimismo em que se transveste a sociedade
brasileira, e o queijo para dar um novo alento e vislumbrar novas perspectivas
para sair do atoleiro econômico.
Em seu íntimo, Temer já
estabeleceu sua estratégia de governo: como já descartou a reeleição, vai se
dedicar exclusivamente a editar medidas amargas e severas, de extrema
necessidade, não importando se sua popularidade se fixe em níveis baixos. E, me
parece, que sua equipe de governo, principalmente a econômica com Meireles à
frente, pega junto e demonstra empenho em tirar o país da agonia.
Temer pode passar para a
História como redentor. E a oposição terá que abdicar de sua tese de que Temer
foi golpista ou, minimamente, terá que aceitar que foi um golpista redentor...
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 11-10-2016
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