Roger Roberto
A informação abaixo é da
Agência Brasil:
“A Procuradoria da República
entrou com ação contra o reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), Roberto Leher, e a presidente do Centro Acadêmico de Engenharia da
UFRJ, Thais Rachel George Zacharia, por prática de improbidade administrativa
por terem promovido atos de caráter político-partidário dentro da UFRJ. Os dois
irão responder ao processo na Justiça Federal, segundo a procuradoria.
De acordo com o procurador da
República, Fábio Aragão, os dois promoveram atos dentro da universidade
contrários ao processo de impeachment de Dilma Rousseff. Um dos atos foi o
encontro UFRJ em Defesa dos Direitos Sociais, Políticos e Democráticos,
realizado no dia 29 de março de 2016, com convocação na página oficial da
universidade, para uma manifestação contra o impeachment de Dilma Rousseff. O
outro ato foi a ida da ex-presidente a UFRJ, depois de afastada do cargo.
“Durante o impeachment, eles fizeram manifestação contrária ao impeachment e
após o impeachment, a Dilma já era ex-presidente e foi lá. Eles fizeram um
evento de exaltação dela. A lei impede que se use o patrimônio público para
satisfazer interesse partidário pessoal. Ali é uma repartição pública”, disse o
procurador.
Segundo o procurador, ação foi
motivada após uma representação de um aluno que alegou que o reitor estaria
usando a universidade para interesses pessoais. “Começamos a apurar o caso e
percebemos, que, realmente, ele [Roberto Leher] é um dos fundadores do PSOL,
tem vinculação partidária e usou a universidade, que é um patrimônio público,
para defender uma bandeira pessoal e do partido, ao qual ele defende e sustenta”,
disse o procurador à Agência Brasil.
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Roberto Leher |
Na ação, o procurador requer a
notificação de Leher e de Thais Zacharia para que apresentem manifestação por
escrito no prazo de 15 dias à 21ª Vara Federal da Justiça Federal no Rio de
Janeiro. “Eles são réus nesta ação e vão ter que responder agora perante o
Poder judiciário”, disse.
Thais Zacharia responderá
ainda por ter prometido a expedição de certificados de atividades
complementares especiais, necessários à graduação, aos alunos que participassem
dos atos.”
De acordo com a nossa
legislação, o crime Improbidade Administrativa, aplicado ao servidor público
que usa seu cargo de maneira indevida, prevê como pena perda de cargo público,
suspensão de direitos políticos e multa a ser arbitrada pelo juiz, calculada de
acordo com o valor do salário do servidor.
O fato de Roberto Leher ser
reitor em uma faculdade já é evidência suficiente do partidarismo escancarado
nas universidades brasileiras, mas isso não é surpreendente. Leher está na UFRJ
desde 1988, ou seja, ele galgou esse caminho. Como já sabemos, a guerra
política é também a guerra cultural, e um sujeito desses talvez não tivesse
chegado onde chegou se, desde aqueles tempos, já houvesse algum tipo de
enfrentamento, se a direita tivesse jogado o jogo.
O importante, de qualquer
forma, é que ele foi denunciado e o MPF quer que ele seja punido. Se for, isso
poderá abrir um ótimo precedente jurídico para a direita aproveitar em seu
favor. Casos como estes precisam ser continuamente denunciados.
Marcação: JP
Felizmente, o Exmo. procurador da República Fábio Aragão, faz parte de uma minoria dos que honram o ofício dentro do MPF, praticando atos contra a baderna que impunemente "assola" o país. Ainda temos Procuradores probos neste país!
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