Rodrigo Constantino
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Foto: Elijah Nouvelage/Getty
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Na sequência da polêmica em
torno do cancelamento do discurso de Ann Coulter na Universidade da Califórnia,
em Berkeley, um “senador” universitário que definiu o discurso de Coulter como
uma “conversa violenta”, disse ao jornal da escola que a presença policial no
campus é “traumatizante” para as minorias.
Juniper Angelica Cordova-Goff
disse ao Daily Californian em um e-mail que a “presença contínua, reforçada da
polícia traumatiza novamente estudantes que vêm de comunidades com complicadas
relações com o estado”.
“Eu não acho que a segurança
do campus deve contar com a polícia”, disse ela. “Eu acho que [a UCPD] deve ser
ativa no reconhecimento do trauma que sua presença por si só traz para alguns
alunos e trabalhar para limitar sua visibilidade, permanecendo um recurso
aberto para aqueles que optam por usá-lo”.
A UCPD alocou mais de 300
oficiais em torno da área do campus como uma medida preventiva após o discurso
programado de Coulter na UC Berkeley ser cancelado quarta-feira por causa das
ameaças de violência. Coulter originalmente insistiu que iria falar no campus
de qualquer jeito, autorizada ou não, mas acabou recuando da ideia depois que
dois patrocinadores conservadores retiraram seu apoio.
Segundo a Heat Street,
Cordova-Goff também disse ao LA Times que estava contente pelo discurso ter
sido cancelado porque a retórica de Coulter prejudica as minorias e os grupos
LGBT que têm o direito de “se sentir seguros” em seu próprio campus.
“Eu não acho que a liberdade
de expressão de ninguém está sendo prejudicada”, ela disse na época. “Acho que
às vezes a emenda da liberdade de expressão é usada como uma forma de enquadrar
conversas violentas como uma questão de liberdade de expressão”.
“Conversas violentas”, ou
seja, com viés conservador, não podem, para não “ofender” as minorias. Presença
policial no campus não pode, para não “traumatizar” as minorias. Já minorias
mascaradas e armadas com pedras, bastões ou mesmo coquetéis molotov, isso pode,
pois são “movimentos sociais” em luta por “justiça social” e “reparação”. São
umas vítimas mesmo. Tadinhos!
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