Rodrigo Constantino
O esquerdismo virou o refúgio
dos maus perdedores. Basta pensar que sempre que alguém faz alguma coisa
errada, logo puxa a cartada de vítima, invertendo os papéis e acusando os
outros de “moralistas” ou apontando algum bode expiatório para seus
“malfeitos”. O típico esquerdista é aquele que jamais assume seus próprios
erros.
Vejam o caso da tenista Serena
Williams. A jogadora fez um papelão no US Open após ser pega trapaceando. Em
vez de reconhecer o desvio de conduta, confirmado por seu técnico, preferiu
xingar o árbitro, chorar, quebrar a raquete e, não satisfeita, bancar a vítima.
Alegou que se fosse um homem não sofreria tais consequências, o que é absurdo,
e depois ainda insistiu: fez o que fez para lutar pelos “direitos” das
mulheres. Transformou a atitude infantil de quem não sabe perder em ato de
coragem feminista. E os esquerdistas engoliram!
A vergonhosa postura da
tenista foi imediatamente comparada àquela de Hillary Clinton na política.
Perdeu as eleições em 2016 basicamente por ser uma péssima candidata envolvida
em diversos escândalos, e depois passou a culpar os russos, o FBI, Trump, seu
partido, todos, menos ela mesma. A cartada sexista também esteve presente,
claro. Perdeu por ser mulher, alegou. E escreveu um livro todo só para se
justificar, sem procurar no espelho a verdadeira responsável pela derrota.
Os esportes, assim como a
política, demandam dos participantes o “fair play”. Mas ele não vem de forma
natural. Ele precisa ser incutido desde cedo, pela formação de caráter. Lembro
de como tinha de me desgastar com minha filha pequena durante nossos jogos,
pois ela só curtia mesmo quando estava vencendo, querendo abandonar o jogo no
meio quando perdia. Aprender a perder com dignidade, admitir a superioridade e
o mérito do adversário, aprender com os próprios erros, essas são atitudes que
devem ser ensinadas.
O que a esquerda tem feito é
justamente o contrário: fornece de modo demagógico aos perdedores uma válvula
de escape. Começa negando a existência do melhor e do pior, do próprio mérito
individual. Depois diz a todos que estão em baixa que sua situação se deve ao
sucesso alheio. O esquerdista é o rico que diz aos pobres que sua pobreza é
culpa dos outros ricos, e que por isso deve ser eleito para tirar desses
“exploradores” e dar aos “explorados”. Um truque barato, mas que muitas vezes
funciona.
Em casos extremos, o desespero
da derrota iminente é tão grande que só resta ao esquerdista apelar para a
violência. Eis onde surgem movimentos como o MST, o Black Lives Matter e a
Antifa. E, no limite, aparece um “maluco” como o psolista que esfaqueou
Bolsonaro, o líder das pesquisas eleitorais. A esquerda precisa aprender a
perder dentro das regras do jogo.
Artigo originalmente publicado pela
revista IstoÉ
Título, Imagens e Texto: Rodrigo Constantino, Gazeta do Povo, 17-9-2018
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