Agência Senado
O novo líder do governo no Congresso,
senador Eduardo Gomes (MDB-TO) [foto], afirmou que enxerga um consenso se
formando entre os parlamentares a favor de "reformas estruturais".
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Foto: Roque de Sá/Agência Senado |
— Junto com o benefício da
reforma da Previdência, que é a recuperação da economia, outras medidas
importantes serão cobradas pela população para criar um ambiente de
crescimento. O calendário não se esgota este ano, acredito que vamos ter
trabalho também no primeiro semestre do próximo — afirmou o senador.
Reformas como a tributária, a
administrativa e a complementação da reforma da Previdência (PEC 133/2019) devem ser analisadas nos próximos meses. Gomes ponderou que ainda
não há uma ordem definida para abordar cada um desses temas, e que isso vai
depender da disposição que o Congresso seguir apresentando.
— A próxima reforma vai
depender dos presidentes da Câmara e do Senado, que fazem a pauta, e da
percepção dos líderes. A visão majoritária de prioridade só fica consistente
depois. Mais do que isso seria tentar adivinhar.
Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia
se reuniram na quinta-feira (17) com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e iniciaram a discussão da pauta pós-Previdência. O líder do governo no Senado,
Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), também participou. Eduardo Gomes ainda não ocupava
a liderança no Congresso quando a reunião aconteceu. Ele substitui na liderança
a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), removida da função depois de uma crise
interna na bancada do partido.
MDB
Com a indicação de Eduardo
Gomes, o MDB passa a chefiar duas das três lideranças do governo de Jair
Bolsonaro no Legislativo — a única exceção é a liderança na Câmara, exercida
pelo deputado Vitor Hugo (PSL-GO). O MDB também ocupa um ministério de Bolsonaro:
o da Cidadania, chefiado pelo deputado licenciado Osmar Terra.
Para Gomes, esse quadro não
significa necessariamente um alinhamento do partido com a gestão de Bolsonaro.
O senador afirmou que a prioridade do MDB é se identificar com “políticas
públicas fortes”, e que a legenda passa por um processo de renovação. Segundo
ele, ainda não há questão fechada sobre onde o MDB se localiza em relação ao
governo.
— Nisso estamos submetidos à
deliberação do partido, que vai ocorrer no momento adequado. Essas decisões
serão tomadas com os governadores, os prefeitos de capitais e os líderes —
declarou.
Eduardo Gomes está no primeiro
mandato como senador, que conquistou em 2018, como o mais votado do Tocantins.
Antes disso, foi deputado federal por três mandatos.
É a primeira vez desde 2011
que o MDB lidera o governo em duas frentes no parlamento. Naquele ano, o
ex-deputado Mendes Ribeiro Filho (RS) passou pouco mais de um mês na liderança
no Congresso, enquanto o ex-senador Romero Jucá (RR) ocupava a liderança no Senado.
A dobradinha não voltou a se repetir no governo Dilma Rousseff, que tinha o MDB
na base aliada, e nem no governo Michel Temer, quando o partido assumiu a
Presidência.
Título e Texto: Agência Senado, 18-10-2019, 17h17
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