Acompanho diariamente a
política nos EUA, na Europa e, dificilmente, me atenho às políticas no resto.
Em 1975 fiquei baseado em
Lisboa. Portugal tentava livrar-se do Salazarismo.
Época difícil para
brasileiros. Éramos maltratados, nos chamavam de fascistas.
Portugal tinha outra praga que
demoramos até hoje a resolver.
A estabilidade que prejudicava
sociedade civil e pública.
Nós nos livramos da civil em
1968 e pelo que sei há estabilidade em serviços públicos portugueses. A
estabilidade nos serviços públicos brasileiros acabou apenas para os
celetistas.
Portugal e Itália são os últimos
redutos socialistas puros da Europa latina segundo alguns jornais.
Eu acho uma mentira. Estive
estudando sobre protofascismo, isso é ascendente nos restantes incluindo a
Alemanha. No Brasil toda a esquerda é protofascista.
O protofascismo é meio desconhecido
politicamente.
Ultimamente tentam ligar
Bolsonaro ao protofascismo.
Mas por que suas maiorias são
adeptos de Gramsci?
Eles escondem, mas Gramsci
aparece no Brasil nas universidades e no currículo escolar.
O povo português é mais ligado
à a família hoje em dia, é mais fiel às tradições e muitos ainda acham o
salazarismo de tempos idos muito bom.
Veja o raciocínio de Humberto
Eco:
- Para o protofascismo, os
indivíduos enquanto tais não têm direitos, e oPovo é concebido como uma
qualidade, uma entidade monolítica expressando a Vontade Comum.
Como nenhum grupo de seres
humanos algum dia seria capaz de ter uma vontade comum, o Líder finge ser seu
intérprete.
Não é assim que Bolsonaro age.
É assim que o ladrão de 9 dedos agia.
Fico com a opinião de João
Marques de Almeida do OBSERVADOR:
“A apropriação do aparelho do
Estado para fins partidários e particulares é a mais grave das heranças
salazaristas, mas não é a única.”
Muitos dirão que as heranças
que apontei não têm nada a ver com o Estado Novo, mas sim com a natureza do
país e dos portugueses. Mais uma herança do salazarismo.
Era o que dizia Salazar para
impedir a democratização e a abertura de Portugal.
Somos iguais, nós estamos
tentando ser diferentes.
Texto: Vanderlei dos Santos
Rocha, 2-10-2019
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Quando você, e família, virá (re)visitar Portugal?
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