Os segredos do Planalto sobre o 8 de
janeiro e a prisão do cacique Serere estão entre os destaques desta edição
Nesta semana, a equipe da
Revista Oeste em Brasília ganhou reforços consideráveis. Sob o
comando do editor do site Silvio Navarro, deslocado para a capital,
foram produzidas dezenas de reportagens que abasteceram diariamente os leitores
com notícias exclusivas. A reportagem de capa desta edição também é resultado
dessa incursão pelo coração do poder. Navarro acompanhou de perto os
malabarismos políticos feitos pelo Planalto na tentativa de varrer para debaixo
do tapete a atuação de Marco Edson Gonçalves Dias, ex-chefe do GSI, nos atos de
vandalismo do 8 de janeiro. O governo está com medo.
“O senador Randolfe Rodrigues
recebeu ordens de Lula e do ministro Flávio Dino para puxar o freio na CPMI do
8 de janeiro”, revela Navarro. O general conhecido como G. Dias, que trabalha
ao lado de Lula desde o primeiro mandato do chefe petista, não só adulterou
documentos para apagar alertas recebidos na véspera do 8 de janeiro (que
mostravam que Brasília poderia sofrer ataques) como tentou esconder do
Congresso essas informações. “As digitais do GSI têm potencial para implodir
a tese absurda de que o país esteve diante de um iminente golpe de Estado sem
tropas nem fuzis”, resume Navarro.
Ainda no Congresso, a repórter Rute Moraes, correspondente de Oeste em Brasília, entrevistou o senador Hamilton Mourão. Ex-vice-presidente da República, Mourão enxerga Brasília com rara clareza: o governo Lula é ultrapassado e não tem nenhum plano para o país, o Congresso Nacional só tem olhos para as emendas de deputados e senadores e, enquanto isso, o Judiciário ocupa os espaços. “A Suprema Corte está navegando na inconstitucionalidade”, afirma.
Paralelamente, o
editor-assistente Cristyan Costa investigou a situação
angustiante de um indígena esquecido no cárcere há seis meses. Meio ano. Mesmo
atormentado por dores constantes, diabetes e depressão, José Acácio Serere, o
cacique Serere, da etnia Xavante, não sabe quando (ou se) vai recuperar a
liberdade. Tampouco faz ideia do crime que cometeu. No Brasil deste 2023, isso pouco
importa. Quem determina o que é crime ou não, o que pode ser dito ou escrito,
até quais piadas podem ser contadas é Alexandre de Moraes, ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF). E foi ele quem mandou prender Serere.
“A cada dia temos um novo
capítulo de descalabro e abuso de poder”, afirma Rodrigo Constantino.
Na quarta-feira, por exemplo, Moraes tornou a bloquear as contas do
influenciador digital Monark nas redes sociais. Nesta quinta, com autorização
do ministro, a Polícia Federal invadiu e devassou o gabinete do senador Marcos
do Val. “É puro arbítrio inconstitucional, mas o medo já se espalhou”, observa
Constantino. “E assim a tirania vai avançando.”
“O Brasil, dia após dia, está
se transformando num país soviético”, afirma J.R. Guzzo. Cada vez mais
gente mede as palavras ou se pergunta se qualquer manifestação do que pensa
pode ou não causar problemas. Ou se algo impedirá que um vídeo continue exposto
na internet. Quando alguém se pergunta se alguma opinião poderá provocar
punições, algo de muito errado anda acontecendo. Este é o Brasil governado por
Lula sob o comando de Alexandre de Moraes.
Boa leitura.
Branca Nunes, Diretora de Redação, Revista Oeste, nº 169, 16-6-2023
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